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13 Foto do trabalho Distopia Amazônica, tirada em Altamira (PA), em 2019. A imagem mostra um menino ribeirinho na comunidade de Paratizão, às margens do Rio Xingu, próximo à represa de Belo Monte nos Estados Unidos, e as crianças doentes, com fome, e eram milhares todos os dias. E tudo isso para chegar no muro, pois a parte pior é a parte do México, pois lá tem muita violência, então muitos ainda estão no meio do caminho, é uma situação angustiante. Foi uma das coisas que mais me tocou nesses últimos trabalhos. J&Cia/PJ – O que você gostaria de fotografar mas ainda não fotografou? Lalo – Acho que gostaria de fotografar mais a América Latina. Sair um pouco do Brasil. Já fotografei um pouco, mas quero fazer mais registros da América Latina, principalmente nos países andinos. Achar histórias nesses lugares interessantes. Quero sim continuar fotografando questões socioambientais, eu me interesso muito por essa relação entre o homem e o ambiente, mas queria sair um pouco dessa zona. J&Cia/PJ – Você tem alguma marca registrada nas fotos, algo que você sempre faz questão de mostrar nos seus trabalhos? Lalo – Acredito que não, mas, inconscientemente, acabo sempre mostrando nas minhas fotos essa questão de a paisagem ser muito presente, e o ser humano não ser o sujeito principal, quase que um elemento dessa paisagem. Meu trabalho mostra muito dessa relação homempaisagem e homem-ambiente, e às vezes a foto só do ambiente, sem o personagem, conta mais do personagem do que se ele estivesse na foto. Acho que meu trabalho é muito isso. Às vezes pessoas acham meio frio, por estar meio distante das pessoas. Mas nem todo trabalho é assim, claro, mas acredito que tenho muito essa questão de destacar o ambiente, de colocá-lo no lugar de sujeito principal. Lalo descendo em um garimpo de ouro ilegal dentro da Reserva Nacional do Cobre (Renca), no Pará

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