+Premiados da Imprensa 2022

4 Muito além da subjetividade Como funciona o cálculo que aponta os +Premiados da Imprensa? Para chegar aos resultados que apontam os jornalistas, veículos e grupos de comunicação mais premiados do Brasil − em 2022 e na história –, foram consideradas, entre iniciativas nacionais e internacionais, os resultados de 183 premiações jornalísticas. Um universo extremamente amplo, repleto de particularidades e que há mais de oito décadas reconhece a excelência do jornalismo brasileiro. Do Maria Moors Cabot entregue em 1941 ao casal Paulo e Sylvia Bittencourt, do Correio da Manhã, até o anúncio dos vencedores do Prêmio Prefeitura de Fortaleza, entregue em 21 de dezembro de 2022, mais de dez mil jornalistas brasileiros, ou que atuam no Brasil, receberam ao menos um prêmio de jornalismo. Dentre as publicações, o número supera a marca de 1.100 veículos reconhecidos. Mas em um universo tão amplo e distinto, com particularidades e níveis de prestígio variados, como classificar e atribuir números frios a algo tão subjetivo como é o valor que um reconhecimento tem para alguém? Segundo Fernando Soares, coordenador da pesquisa, o caminho encontrado foi classificar as premiações de acordo com suas amplitudes temáticas e geográficas, e distribuir as pontuações dentro de cada grupo de prêmios. “Na prática, quanto mais ampla for a possibilidade de participar de uma iniciativa, mais pontos ela renderá ao jornalista premiado”, explica. Para ele, foram anos de estudos, ajustes e análises de centenas de premiações jornalísticas para se chegar ao modelo atual, que desde 2019 segue inalterado: “O sistema de pontos, se não é perfeito, é extremamente justo e orientado pelo desafio de dar objetividade a algo tão subjetivo como é o valor que a conquista de um prêmio tem para alguém”. Quanto vale cada prêmio? Dentro do formato adotado, o Ranking dos +Premiados da Imprensa atribui de 10 a 100 pontos para cada prêmio vencido por jornalistas e seus veículos. Apenas conquistas de 1º lugar são consideradas pela pesquisa, deixando de fora possíveis reconhecimentos para 2º e 3º colocados ou menções honrosas. No caso dos profissionais, esses pontos são considerados na totalidade para conquistas individuais, e pela metade para trabalhos em equipe. Já para veículos e grupos, cada conquista é única, independentemente da quantidade de profissionais da equipe que conquistaram o prêmio, e sua pontuação considerada de maneira integral. Ao ser cadastrada na pesquisa, uma premiação é classificada levando em consideração os aspectos Geográfico e Temático, cada um com subdivisões próprias: Paulo Bittencourt com a placa do Maria Moors Cabot Sob o pseudônimo de “Majoy”, Sylvia Bittencourt registrou a Segunda Guerra Mundial, cobertura que também lhe rendeu o primeiro prêmio a um jornalista brasileiro de que se tem conhecimento Levantamento agrupa premiações de acordo com suas variações temáticas e geográficas para chegar a um sistema de pontuação mais justo e objetivo

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