#diversifica

No 2 – Pág. 6 cobrando. Cada vez mais as pessoas estão vendo que existe jornalismo de qualidade sendo feito de outra maneira, mais inclusivo, com liberdade editorial e sem interesses políticos e econômicos. Muito disso se deve ao jornalismo independente”. Para os profissionais de comunicação que atuam “do outro lado do balcão”, a questão da diversidade apresenta desafios e obstáculos próprios, porém com um denominador comum às redações: equipes muito homogêneas, que ainda não representam a diversidade da população brasileira. Some-se a esta realidade uma pressão empresarial pela contratação de profissionais que acumulam cursos, especializações e fluência em línguas, que muitas vezes sequer são necessários e que só afastam ainda mais a presença de profissionais diversos, que em grande parte não tiveram condições adequadas de aperfeiçoamento profissional. Depois de dez anos de carreira, tendo nesse período passado por diversas agências de comunicação e atendido a outros tantos clientes dos mais variados tamanhos, Ellen Bileski sentia esse incômodo. Segundo ela, mesmo apresentando algumas evoluções, omercado seguia extremamente elitista. “Ele não era só muito branco e muito masculino nas lideranças”, relembra. “A gente faz comunicação e tem que se comunicar com o povo brasileiro, e não dá pra fazer isso com um time homogêneo, com experiências de vida muito parecidas. Eu enxergava que isso não era o ideal, até do ponto de vista da entrega técnica”. Foi por causa desse incômodo, e do desejo de começar um tipo de agência em que gostaria de ter trabalhado, que ela fundou em 2012 a Ecomunica. Hoje com mais de dez anos de mercado, a agência conta com uma equipe de aproximadamente 50

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