#diversifica

No 2 – Pág. 12 Ellen Bileski Citadas pela primeira vez em 2004, em uma publicação do Pacto Global da ONU em parceria com o Banco Mundial, as práticas ESG surgiram com a proposta de cobrar respostas dos bancos sobre como integrar princípios ambientais, sociais e governamentais ao mercado de capitais. No Brasil, porém, as discussões demoraram quase 15 anos para entrar na agenda das empresas. A virada de chave para muitos aconteceu em 2019, como reação às políticas predatórias do governo brasileiro na gestão Jair Bolsonaro. Foi nesse mesmo período que a imprensa brasileira passou a abordar o tema de maneira mais efetiva, em especial com foco nas questões socioambientais. Além dos atributos positivos de imagem, a adoção dessas práticas traz inúmeros benefícios para a avaliação das empresas. Organizações que adotam o ESG ganham visibilidade, refletem boa reputação pública e se beneficiam inclusive em competitividade mercadológica. E esses benefícios não se materializam apenas na parte técnica, em relatórios muito valiosos para acionistas, mas que nem sempre fazem sentido para o público. Fato é que, além de ser a coisa certa a ser feita, investir em diversidade traz uma série de benefícios e lucro para as empresas. Em artigo publicado no Valor Investe, a colunista e especialista em Sustentabilidade Sonia Consiglio apontou alguns números que corroboram essa premissa, entre eles o de que a probabilidade de empresas com diversidade de gênero superarem a performance financeira de suas concorrentes é de 93% (Fonte: Mckinsey, 2020); e 19% a mais de receita é gerada por equipes de gestão diversificadas devido à capacidade de inovação (Fonte: BCG, 2018). “Eu sou muito idealista, mas também sou uma pessoa de negócios, e a maioria das empresas, para aumentarem sua pontuação de ESG, em qualquer sistema de verificação, precisa cuidar de sua cadeia de fornecedores”, explica Ellen Bileski, da Ecomunica. “As empresas que tem um impacto ESGmaior conseguem contratos melhores. Hoje temos clientes que celebraram o fato de termos conseguido a nossa certificação, porque a gente entrou em um outro patamar de prestador de serviço dentro dessa empresa”. Além do aspecto técnico, o domínio do conhecimento sobre as melhores práticas de inclusão fez da Ecomunica uma referência na prestação de serviços como criação de manuais e treinamentos para inclusão direcionados a pessoas com deficiência. Apesar do Se não for pelo social, faça pelo lucro

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