#diversifica

No 1 – Pág. 24 jornalismo profissional, lançado em junho do ano passado. Ela abre o texto lembrando a história real de uma apresentadora negra que “bateu na porta” de uma emissora à procura de uma oportunidade e ouviu como resposta que “eles já tinham uma apresentadora negra”. “E isso foi muito recente. É incrível que a pessoa não tenha nemficado constrangida. Por isso ressalto que faço parte dessa engrenagem, que é geral e não de uma empresa específica. É uma engrenagemdomundo e eu faço parteme utilizando dela para denunciar isso, e tudo o que acredito que não é correto. Por isso gosto tanto de citar a Elisa, porque o primeiro passo é causar esse constrangimento. É quando você sacode a pessoa e fala: acorda!” Diversidade também nos altos escalões Por ser uma profissional que construiu toda a carreira em televisão, é natural que Luciana traga com mais frequência os exemplos das dificuldades e conquistas de pessoas negras no meio televisivo, mas ela alerta também para a importância de que a diversidade esteja acessível a lugares de poder em todas as redações e empresas. “Sabemos que a pauta de inclusão é atual, moderna. Todo mundo fala em ESG, muito lindo, mas desde que não chegue aos grandes cargos, aos commaior remuneração, maior poder. Essa pauta vai ficando cada vez mais rara conforme se sobe na hierarquia da empresa. Em todas empresas em que estou, instigo sempre essa pauta”, alerta Em comparação a outros países, ela acredita que o Brasil, além de mais atrasado nessa pauta, enfrenta outras dificuldades específicas: “A pauta de ESG já é muito mais avançada em países da Europa e nos Estados Unidos. Recentemente viajei para os Estados Unidos e para a Noruega e pude ver como as empresas lá estão tratando a questão da inclusão, e eles estão muito à frente de nós. Temos desafios específicos. Primeiro, porque aqui é tudo muito Confira a íntegra da entrevista com Luciana Barreto no YouTube e nos principais tocadores de podcast: Spotify, Orelo, Google Podcasts e Amazon Music. misturado, e, além disso, volto a bater na tecla de que temos um problema muito grave, talvez o maior deles, que é o racismo estrutural”. Para ela, esse racismo estrutural faz com que a luta brasileira seja tambémmais intensa, pois ela encontra barreiras no medo dos atuais líderes de perderem seus privilégios. “Esse é o nosso desafio. Porque quando conseguimos trazer essa diversidade e subir na hierarquia da empresa, é ummovimento muito grande. Muitas pesquisas mostram que as empresas conseguem aumentar os seus lucros com essa diversidade, mas às vezes parece que nem o lucro anima quando falamos em inclusão e diversidade. É como dizia Martin Luther King: ‘Ninguém abre mão do seu privilégio sem luta’”. sonhos e vidas alimentando ESTAREMOS ONDE O(A) CLIENTE ESTIVER. No GPA, acreditamos no poder da transformação. Apoio temático:

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