Jornalistas&Cia 1532

Edição 1.532 - pág. 63 ANOS Rio de Janeiro n Marceu Vieira morreu na noite de 29/9, aos 63 anos, de um câncer no pulmão, que ele tratava há dois anos. Internado no hospital Quinta D’Or com uma crise respiratória, foi sedado e quando a sedação foi retirada, não voltou mais. Ele deixa três filhos. Nesta quarta-feira (1/10), das 9h às 11h, houve uma despedida no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu. Das 13h às 16h, despedida na ABI, com a participação da Roda de Samba do Bip Bip, bar que foi tema de um dos livros de Marceu. E às 17h, cerimônia apenas para a família no Crematório da Penitência. u Nascido em Nova Iguaçu, formouse pela UFF (Universidade Federal Fluminense). Começou na extinta Tribuna da Imprensa e passou às redações de O Nacional, Veja, O Dia, Jornal do Brasil, Extra e revista Época. u Ainda no JB, nos anos 1980, conheceu Ancelmo Gois, com quem viria a trabalhar, marcando sua passagem pelo Globo: “Em 2001, quando cheguei ao Globo, Marceu foi o primeiro jornalista que convidei para a coluna. (...)] Foi Marceu quem ajudou a coluna a celebrar o Rio, mesmo com todas as suas mazelas”. Ali, ele chamou a atenção dos leitores para o renascimento cultural da Lapa e do carnaval de rua, e criou bordões que marcaram, como Beija eu. u No Globo, foi repórter e, mais tarde, como editor de Esportes, cobriu a Copa do Mundo de 2014. Ultimamente, era redator do programa Conversa com Bial, na TV Globo. u Movido por múltiplos interesses, Marceu se definia, em seu perfil profissional, como jornalista, compositor, ficcionista e roteirista. No verbete dedicado a ele, o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira acrescenta ainda: letrista e cantor. u Teve cinco livros publicados, entre eles a coautoria com Franklin Martins, Suely Caldas, Fernando Molica e Emir Sader em Betinho, no fio da navalha. Com o parceiro Tuninho Galante, com quem fez mais de cem canções, lançou o CD Edição do autor e apresentou-se nos shows Geral e Minha escola vai desfilar. Compôs ainda com outros autores, como Teresa Cristina e Paulo Aragão, músicas gravadas por diversas vozes. Um dos fundadores do bloco Imprensa que eu gamo, para o qual compôs alguns sambas-enredo, foi ainda autor de sambas que animaram outros desfiles de blocos de rua do Rio, como o Simpatia é quase amor. u O mesmo Ancelmo sintetiza as despedidas: “Com sua morte eu perco um querido amigo e o jornalismo perde um dos melhores profissionais de sua geração. Mas quem nos deixa é acima de tudo um ser humano adorável, dotado de sentimento e generosidade que tanta falta faz nestes tempos azedos”. Morre Marceu Vieira, que fazia jornalismo com samba nas veias Marceu Vieira Curtas-RJ n A ABI convida para um ato público em memória das vítimas do regime militar, para marcar os 50 anos do assassinato de Vladimir Herzog. O então diretor de jornalismo da TV Cultura foi preso e morreu sob tortura, como inúmeras outras vítimas, que também serão lembradas. No dia 24/10, às 17h, na sede da entidade (rua Araújo Porto Alegre, 71 − 9º andar, no Centro), a homenagem vai reafirmar o compromisso que Vlado defendeu com a própria vida: a liberdade de imprensa e a democracia plena. n Edney Silvestre lançou nesta semana O último Van Gogh. Ganhador do Prêmio Jabuti de melhor romance, o livro cruza a história de Van Gogh no século XIX com a vivência de um jovem brasileiro contemporâneo, que se envolve em uma trama de suspense, crime e redenção pela arte. No protagonista, o autor representa as pessoas invisíveis, os excluídos da sociedade. Comunicação Corporativa-RJ n Renata Fraga começou na CDN. Ela acaba de completar seu doutorado em Comunicação/ Jornalismo pela PUC-Rio. Renata Fraga

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