Edição 1.498 - pág. 9 Nacionais n Controlado desde 2011 pelo Grupo XP, o portal InfoMoney, de acesso gratuito, segue com o pé na tábua. Na contramão do mercado acionário, que amargou queda de 10,36% em 2024, com base no índice Ibovespa, a plataforma digital de informações de economia, finanças e negócios fechou o último ano com a marca recorde de 95,2 milhões de usuários, registrando um crescimento médio mensal de público de 37% na temporada e mantendo a liderança de audiência num grupo de 33 plataformas do gênero, com uma fatia de 16,2% em dezembro. O desempenho nas redes sociais não ficou atrás: o total de seguidores aumentou 23%, para 8,3 milhões, ao passo que o alcance (total de pessoas que visualizaram posts) e o engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos) somaram, respectivamente, 3,1 bilhões (+374,26%) e 60 milhões (+404,12%). Não por acaso, o InfoMoney alcançou, em novembro, o topo do ranking geral de veículos (1o no Facebook e Instagram, 2o no X, 5o no YouTube) da sétima edição do relatório FInfluence, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que leva em conta critérios como popularidade (seguidores), engajamento médio e o volume de postagens. u “Dois fatores contribuíram de forma decisiva para a boa performance em 2024: a reformulação de nossa estrutura interna e a oferta de novos conteúdos de gabarito e canais para púbicos específicos”, diz o jornalista Matheus Lombardi, sócio e CEO do InfoMoney e da XP Educação. u Executada no início do último ano, a referida mudança organizacional consistiu na cisão da redação, composta por cerca de 30 profissionais, em duas equipes: a de conteúdo editorial, sob o comando de Mariana Segala (ex-Exame, InfoMoney bate recordes, prepara lançamentos e contratações Por Dario Palhares, especial para J&Cia Matheus Lombardi Mariana Segala Thales Calipo Brasil Econômico e Agência Estado), e a de multiplataforma, dirigida por Thales Calipo (ex-UOL, Band, CNN e Google). Ambas, claro, seguem trabalhando de forma integrada, mas com autonomia para definir estratégias e conteúdos apropriados para seus públicos, que têm gostos distintos. Um exemplo é o canal do portal no WhatsApp (766 mil seguidores), desenvolvido pela área de multimídia e lançado há um ano. u “As notícias do InfoMoney no WhatsApp atendem às expectativas dos usuários dessa rede: são curtas e diretas”, diz Lombardi. “Ao contrário de outros veículos, não pretendemos atrair o público das redes sociais para o portal. A intenção é oferecer bons conteúdos em vários canais”. u Com base no mesmo princípio, o time de multiplataforma empunhou a tesoura e abreviou os vídeos postados nas redes sociais, que passaram a ter, no máximo, três minutos de duração. A decisão contribuiu para um crescimento de 408,82% nas visualizações dessas produções, que somaram 346 milhões em 2024. Pautas e assuntos que pedem abordagens mais profundas são candidatos à grade de programas da casa, que apresenta, entre outras atrações, o telejormal InfoMorning, de segunda a sexta; a Liga dos FIIs, voltada a investidores em fundos imobiliários; Do Zero ao Topo, sobre empreendedorismo; e o videocast StockPickers, “a voz da Faria Lima”. u Os conteúdos editoriais – que incluem, a cada dia, cerca de 200 reportagens produzidas internamente e fornecidas por terceiros – também foram reforçados em 2024. Em abril, o InfoMoney passou a publicar textos e vídeos de economia de três ícones da imprensa global: The New York Times, Harvard Business Review e Fortune. O pacote inclui materiais elaborados pelo prestigiado serviço de notícias DealBook, do jornalista Andrew Ross Sorkin, com exclusividade para o Times. De quebra, no plano doméstico, o portal ganhou duas novas editorias: uma de energia e outra 100% voltada a assessores e consultores de investimentos, a Advisor.
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