Edição 1.498 - pág. 35 Por Assis Ângelo Licenciosidade na cultura popular (XCV) Nesta semana, Assis Ângelo aborda questões de racismo, preconceito e injustiças sociais no Brasil. Cita obras literárias como O Feijão e o Sonho, de Orígenes Lessa, que critica o racismo em As Cores, além de O Pecado, de Lima Barreto, que denuncia a discriminação racial até no Céu. Também fala sobre São Benedito e Zumbi dos Palmares, símbolos importantes da luta negra. A realidade prisional é explorada em obras de Dráuzio Varella e Nana Queiroz, mostrando a dura vida de negros pobres, especialmente mulheres nas cadeias. Leia a íntegra no Portal dos Jornalistas. PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 Jornalistas&Cia é um informativo semanal produzido pela Jornalistas Editora Ltda. • Diretor: Eduardo Ribeiro ([email protected] – 11-99689-2230) • Editor executivo: Wilson Baroncelli ([email protected] – 11-99689-2133) • Editor assistente: Fernando Soares ([email protected] – 11-97290-0777) • Repórter: Victor Felix ([email protected] – 11-99216-9827) • Estagiária: Hellen Souza ([email protected]) • Editora regional RJ: Cristina Vaz de Carvalho 21-99915-1295 ([email protected]) • Editora regional DF: Kátia Morais, 61-98126-5903 ([email protected]) • Diagramação e programação visual: Paulo Sant’Ana (pr-santana@ uol.com.br – 11-99183-2001) • Diretor de Novos Negócios: Vinícius Ribeiro ([email protected] – 11-99244-6655) • Departamento Comercial: Silvio Ribeiro (silvio@ jornalistasecia.com.br – 19-97120-6693) • Assinaturas: Armando Martellotti ([email protected] – 11-95451-2539) Fevereiro de 1999. Esperava no saguão de um hotel em Nova York, cidade na qual passava uma temporada como correspondente-bolsista da Folha de S.Paulo. A missão , naquele início gelado de manhã, havia sido passada pelo Sergio Dávila , então editor da Ilustrada: tentar uma matéria sobre a reação da equipe de Central do Brasil, caso fossem indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro. A possibilidade era grande, dados todos os prêmios internacionais que a obra havia ganhado. O diretor Walter Salles e a atriz Fernanda Montenegro estavam em meio a um giro pelos Estados Unidos para divulgar o filme. O próprio Salles desceu ao lobby e nos convidou a todos para irmos a um quarto onde toda a equipe estava reunida. “Vamos acompanhar juntos”, disse, numa gentileza e acesso indescritíveis. Assim como indescritível foi acompanhar ao lado da principal atriz brasileira sua indicação ao Oscar, algo inédito. Imediatamente, apareceu uma representante da academia. Materializouse na porta do quarto. Queria retirar a senhora Montenegro para uma sessão de entrevistas e outros compromissos oficiais. Pacientemente, Fernanda disse: vocês estão me conhecendo agora, mas eles já me conhecem há anos. Meu compromisso é com o meu público. Me desculpe, mas vou priorizá-los. Olhou para mim, então com 23 anos (ainda mais inexperiente do que sou hoje) e colocou-se à disposição: pode perguntar. Jamais esquecerei. A postura, a humildade, o acesso, principalmente no momento de brilho tão intenso. A vida presta, como diria Fernanda Torres. Que história maravilhosa ver as indicações de hoje. Que legado maravilhoso construído. A lição aprendida: nunca perca a sua essência! Marcelo Diego n A história desta semana é uma colaboração de Marcelo Diego, sócio da FSB Holding, onde atua desde 2018. Anteriormente, trabalhou mais de 14 anos na Folha de S.Paulo, onde inclusive foi correspondente-bolsista em Nova York entre 1998 e 1999, e por oito anos na então Máquina. u O texto original foi publicado no Linkedin e Diego autorizou a reprodução. A essência
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