Jornalistas&Cia 1494

Edição 1.494 - pág. 4 No Estadão eu construí a minha história. Foram 15 anos em duas etapas espaçadas por cinco anos. O que representou 20 anos de minha trajetória. Quando eu era jovem e morava na Freguesia do Ó, passava em frente ao jornal e dizia para mim mesmo: ainda vou trabalhar aí. Comecei na revisão do Estadão sem conhecer ninguém, passei para a revisão do JT, depois copy na política do Estadão na eleição de Tancredo. Após dois anos eu estava no DCI sob a batuta de Aloísio Biondi, um gênio. E o Estadão me chamou para ser repórter. Começava ali meu sonho. Tive uma passagem que representou tudo o que eu esperava de um jornal ético e imparcial. Fui feliz em todas as funções. Revisor, copy, repórter, editor de economia, editor de primeira página, secretário de redação, editor executivo e editor-chefe, onde fiquei cinco anos. Reformei literalmente as duas redações e acho que contribui um pouco com esses 150 anos de história e jornalismo. O jornalismo sempre foi minha vocação, não saberia viver de outra coisa. O Estadão era a minha casa. Tive excelentes referências e aprendi tudo, o jornal moldou muito do que sou. Parabéns à direção e ao time que toca o jornal pelos 150 anos. O destino me aproxima tanto do Estadão que até temos o mesmo dia de aniversário. (Eleno Mendonça – publicado originalmente no Linkedin) Antes de tudo, um jornal necessário Foram três passagens pelo Estadão, ao todo mais de 20 anos. Um grão de areia nos 150 anos que o Estadão está completando, mas uma parte substancial da minha carreira. No Estadão, fui repórter, chefe de reportagem, editora, editora executiva, redatora-chefe e colunista. Acompanhei fatos que marcaram a fronteira dos séculos XX e XXI. Redemocratização, eleições, guerras, Copas do Mundo, Olimpíadas, grandes tragédias e grandes comemorações. Na Economia, onde concentrei minha atuação, foram tempos de crescimento explosivo alternado com recessão profunda, planos e mais planos para derrubar a inflação, desafios para fortalecer a estabilização e distribuir seus resultados para o conjunto da população. Foi no prédio do bairro do Limão que aconteceu a minha virada de jornalista nascida e criada em revistas para uma apaixonada pela adrenalina do jornal diário. Foi lá também que consolidei minha carreira como gestora de redação. Nesse período, tudo mudou. E como!!! O Estadão também, especialmente com a revolução digital que revirou a sociedade e impôs à mídia o desafio de conciliar tradição com inovação. Mudou, mas na essência permaneceu o mesmo. O Estadão de sempre, 100% fiel a seus compromissos e ideais, por isso mesmo polêmico e provocativo. Não há, porém, como ignorar o papel crucial do jornal na defesa da democracia. Sob a liderança da família Mesquita, e sustentado por profissionais de primeira que ainda estão por lá ou espalhados por inúmeras redações, o Estadão foi e continua sendo, antes de tudo, um jornal necessário. (Cida Damasco) Cida Damasco Eleno Mendonça na redação do Estadão Últimas Os 150 anos do Estadão

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