Edição 1.492 - pág. 5 Pesquisa ESPM / J&Cia Responsáveis pela pesquisa Organizador do estudo, o grupo de pesquisa Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas − ESPM é formado pelos jornalistas Antonio Rocha Filho, Cicelia Pincer, Edson Capoano, Maria Elisabete Antonioli e Patrícia Rangel, professores do curso de Jornalismo da ESPM-SP. A segunda fase da pesquisa teve o apoio de Luiza Vezzá, estudante de Jornalismo da ESPM-SP e participante do Programa de Iniciação Científica da faculdade. No Jornalistas&Cia, a coordenação dos trabalhos referentes à pesquisa é dos jornalistas Eduardo Ribeiro e Wilson Baroncelli. Visão geral dos resultados Curiosidade e iniciativa Partindo da leitura das respostas, podese afirmar que os jornalistas participantes demonstram curiosidade e iniciativa em aprender sobre IA, buscando conhecimento por conta própria, por meio de leituras e pesquisas. “Penso que preciso estar permanentemente atualizada. E quero estar preparada para uso da IA no Jornalismo. E espero acompanhar essa revolução no exercício da profissão”, afirma uma jornalista que atua como coordenadora na área de audiovisual, na região Centro-Oeste do Brasil. “Tive iniciação pela empresa e também busquei. Porque se trata de atualizar o modo de fazer da profissão”, diz uma assessora de comunicação no Nordeste do País. Conhecimento Os jornalistas participantes consideram-se iniciantes no conhecimento da inteligência artificial. Tiveram contato com a IA por meio de matérias jornalísticas e publicações na internet. O lançamento do ChatGPT pode ser considerado um marco para o início da exploração dessa tecnologia pelos profissionais. “Acompanho a IA desde o início do ChapGPT: novembro de 2022”, conta uma assessora de comunicação que trabalha na região Sudeste. “Há cerca de um ano. A primeira ferramenta que tentei utilizar foi o Google Docs para fazer transcrição de áudios para textos. Depois, ocasionalmente utilizei o ChatGPT para pesquisas e revisar textos”, lembra uma jornalista que trabalha como produtora de conteúdo em mídia escrita na região Sudeste. Alguns profissionais expressam satisfação com seu nível de conhecimento e uso de IA e sentem-se confiantes e competentes na aplicação da tecnologia em seu trabalho diário. “Utilizo muito intuitivamente”, diz um jornalista que atua como editor-chefe em audiovisual no Nordeste do País. “Acho que é ainda um conhecimento básico, mas já estou resolvendo isso com leituras e cursos. Falta um envolvimento maior no uso, e não só no conhecimento das ferramentas”, aponta uma coordenadora em audiovisual na região Centro-Oeste. Falta de treinamento A falta de treinamento em IA oferecido pelas empresas é uma fonte de frustração para os jornalistas. Eles sentem que há uma lacuna na formação profissional que precisa ser preenchida. A ausência de suporte institucional pode dificultar a adoção eficaz da tecnologia. Dos 19 respondentes na segunda fase, apenas dois disseram ter passado por treinamento de forma institucional. Alguns buscaram treinamento por conta própria.
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