Jornalistas&Cia 1480

Edição 1.480 - pág. 6 ESPECIAL É fato que a imprensa negra, como ficou conhecido o conjunto de iniciativas da primeira metade do século passado, jamais deixou de existir. O mesmo vale para a mídia independente, em geral. Contudo, a diversidade de veículos e iniciativas de comunicação (sites, jornais impressos, rádios e emissoras de TVs) nunca foi tão grande como nos últimos 20 anos. Esse fenômeno está ligado a diversos fatores, sendo que dois deles se entrelaçam e se complementam: o barateamento das ferramentas da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), como a internet banda larga, e a mudança no sistema de ingresso nas universidades públicas. Enquanto o primeiro possibilitou a comunicação bidirecional, permitindo tirar do papel projetos que antes custariam milhares ou milhões de reais, a política de cotas sociais – que reserva vagas para alunos de escolas públicas e embute um recorte racial, conjugada com o aumento no número de vagas na rede federal, que saltou 390 mil para 973,8 mil, no período 2001-2010 (3) – ampliou o espaço de um contingente da população antes alijado do ensino superior. No entanto, enquanto milhões de jovens ascendiam ao ensino superior, o mercado de trabalho, em geral, e o de comunicação, em particular, vivia mudanças profundas por causa de fatores conjunturais e estruturais. Se por um lado as sucessivas crises econômicas encareceram os custos de um setor precificado em dólar (papel e equipamentos em geral), de cottonbro studio: https://www.pexels.com

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