Jornalistas&Cia 1480

Edição 1.480 - pág. 4 ESPECIAL A mídia brasileira sempre contou com a ativa participação de atores negros. Quer seja nas funções técnicas (tipógrafo, por exemplo) ou intelectuais (repórter ou colunista) ou mesmo no papel de empreendedor. Que o diga o carioca Francisco de Paula Brito (1), fundador de O Homem de Côr, em 1833, o primeiro jornal brasileiro comandado por um integrante da comunidade negra de que se tem notícia. O pioneirismo de Paula Brito, como ele é mais conhecido, acabou incentivando outros tantos empreendedores e intelectuais da incipiente classe média negra a enxergar o jornalismo como um espaço importante na interlocução com a sociedade. Até porque os meios de comunicação, em maior ou menor Dos primórdios do papel ao registro eletrônico, a mídia negra segue na carência Por Rosenildo Ferreira (*) (*) Rosenildo Ferreira é jornalista e tem MBA em Gestão da Comunicação e MKT nas Mídias Sociais (Faap-SP) e em Jornalismo de Causas (Instituto Tecnológico de Monterrey – México). É fundador e editor-chefe do site 1 Papo Reto. grau, sempre tiveram a capacidade de influenciar na agenda nacional, como apontam os formuladores da teoria da Agenda Setting ou Agendamento (2). Alijados do parlamento, os intelectuais negros encontraram na imprensa o caminho para tentar pautar os temas relacionados à defesa dos direitos de seus semelhantes, a consolidação da democracia e a implantação da justiça social.

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