Edição 1.480 - pág. 38 ESPECIAL ser chefe da Comunicação da Secretaria de Estados de Direitos Humanos do Rio de Janeiro. Na época, a secretaria era comandada por Átila Alexandre Nunes, um notório integrante da comunidade umbandista do Rio. “Sempre que o encontrava eu dizia que era a mais bem preparada jornalista que ele poderia contratar”, brinca. O Notícia Preta surge exatamente a partir daí. “O contato mais direto com grupos de mães de vítimas da violência policial me fez mergulhar na história da minha família biológica e ver que muitos deles haviam sido presos ou sequer tinham aprendido a ler e escrever. Foi como um soco no estômago”. Nessa época, ainda havia um forte apelo por parte da grande mídia em espetacularizar a dor de parentes de vítimas de tragédias cotidianas. Além de ter mudado a interlocução com a imprensa, Thais criou uma oficina de jornalismo para os estagiários de seu departamento. As aulas aconteciam após o expediente e consistiam em reescrever matérias da grande mídia, a partir de um olhar mais humano. Posteriormente, os textos eram publicados em uma conta no Instagram. Foi um sucesso. “Como muitas pessoas se voluntariaram para escrever artigos, decidimos criar uma plataforma nacional para orientar os Thais Bernardes e equipe Notícia Preta Um jornalismo diverso promove histórias diversas! A Dow parabeniza o Jornalistas&Cia pela jornada de 29 anos concedendo voz � pluralidade dos pro�ssionais da comunica�ão que, com suas perspectivas únicas, enriquecem nossa compreensão do mundo e nos inspiram a construirmos, juntos, um futuro mais justo e inclusivo. br.dow.com
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