Jornalistas&Cia 1480

Edição 1.480 - pág. 36 ESPECIAL Assim como muitos dos projetos de mídia independente comandados por afro-brasileiros, a Cultne está registrada como entidade sem fins lucrativos. Com isso, Filó espera conseguir acessar os editais direcionados a projetos audiovisuais. Esse caminho, trilhado por boa parte das iniciativas de mídia independente e coletivos de comunicação é visto com desconfiança por muitos. Lenne, criadora do portal Afoitas, é uma das que fazem inúmeras ressalvas: “Muitos coletivos acabam tendo de adicionar causas à sua linha editorial para se enquadrarem em determinado edital. E isso acaba gerando um certo oportunismo de veículos que não têm tradição no tema”. Ela destaca que sua ambição continua sendo ver o Afoitas como uma opção viável e importante de patrocínio por empresas que fabricam produtos para as mulheres que são enfocadas nas páginas do portal. Para Filó, se o jogo é esse, é preciso entrar em campo. Hoje, a equipe do Instituto Cultural Cultne é formada por 45 pessoas, dos quais apenas oito cuidam da TV. Para rechear a programação, Filó está fechando parcerias com produtores de conteúdo locais. “Meu objetivo é que a Cultne se torne uma vitrine da produção audiovisual negra no Brasil”, diz. Aliás, a ideia de formação e fortalecimento de ecossistemas de mídia independente é outro traço comum tanto de veículos quanto de coletivos. Como diz o cartunista Antonio Junião, cofundador da Ponte Jornalismo, tem espaço para todo mundo. “O trabalho em rede é o futuro do jornalismo”, destaca. HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR?

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