Edição 1.480 - pág. 34 ESPECIAL valoriza os conteúdos no formato de internet. “Não faz sentido querermos disputar espaço com as emissoras de hardnews”, define. Recalcular rotas e mudas planos de voo têm sido a tônica de outra emissora totalmente focada no pan-africanismo (19), a CultneTV, criada pelo empresário e ativista Asfilófio de Oliveira Filho, mais conhecido como Dom Filó, apelido que ganhou no tempo dos bailes black power da década de 1970, no Rio de Janeiro. Trata-se da mais longeva iniciativa de audiovisual com este recorte no Brasil, e o maior acervo de sobre a cultura negra na América Latina. A inspiração surgiu durante viagens ao Harlem, bairro negro de Nova York. O início se deu por meio da produtora Cor da Pele, mas naquela época era quase impossível para um empreendedor negro e de classe média montar uma TV. “Nós criamos um acervo sem saber no que o material iria se transformar”, recorda.Para manter a produtora, Filó e seus sócios apostavam em festas de casamento e aniversário, reinvestindo os recursos na cobertura de eventos culturais da comunidade negra. O processo de redemocratização, com a instauração do primeiro Asfilófio de Oliveira Filho (Dom Filó)
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