Edição 1.480 - pág. 32 ESPECIAL Black Money Como visto até aqui, não faltam recursos de investimento publicitário tanto de entes públicos quanto do setor privado. O que existe, na verdade, é uma assimetria entre os montantes destinados aos veículos a partir de sua linha editorial e das relações estabelecidas entre os dois lados do balcão. Em geral, as mídias comandadas por empreendedores negros e negras têm mais dificuldades de conseguir recursos. E como vimos, não se trata da qualidade do time que toca cada projeto, tampouco de sua aderência aos cânones do jornalismo. Um bom exemplo são os prêmios obtidos por inúmeros veículos independentes, além da repercussão de reportagens que se tornaram referência e fonte de pautas para grandes veículos, incluindo as TVs. Então, só nos resta o racismo estrutural. “Está mais que evidente que temos talentos no ecossistema de mídia na comunidade negra. O ponto crucial é que os recursos publicitários estão concentrados nas mãos de poucas agências”, critica o publicitário e empreendedor Paulo Rogério Nunes, cofundador da aceleradora Vale do Dendê e da Afro.TV, de Paulo Rogério Nunes Linkedin
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