Edição 1.480 - pág. 31 ESPECIAL função era apurar e escrever matérias”. A iniciativa, no entanto, seduziu veteranos, como Eduardo Queiroz, editor de fotografia, e muitos jovens interessados no tema. Atualmente, a equipe é composta apenas por nove mulheres espalhadas pelos estados de Ceará, Pernambuco e Bahia. O que começou como uma microempresa individual foi convertido em instituto em 2022, como forma de ampliar o leque de patrocinadores. Na primeira fase da empreitada, Maristela se manteve por meio de bolsas e recursos focados em projetos específicos, bancados por Google, Ajor e ICFJ. Este último garantiu a produção do piloto de Nordestidades, um podcast sobre a região. “Pulamos de edital em edital, o que mostra o quanto é desafiador fazer jornalismo ambiental fora da região Sudeste e da Amazônia”, diz. Até porque, as tentativas de atrair empresas privadas ou estatais fracassaram no nascedouro. “Conversamos com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) que nos recebeu muito bem, achou tudo lindo, mas nos disse que só entraria com recursos se achássemos um parceiro. Nas empresas privadas daqui a verba de patrocínio está confinada a projetos da Lei Rouanet”. Para completar o orçamento, Maristela dá aulas no curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor).
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