Edição 1.480 - pág. 18 ESPECIAL pela jornalista Marcelle Chagas, que trabalhou em rádios e jornais do Rio de Janeiro e sempre se viu exposta a situações desconfortáveis. A começar pela “solidão racial”, pois invariavelmente era a única pessoa preta nos projetos dos quais participava. Conclusão: as questões específicas da comunidade afrobrasileira nunca eram levadas em conta. As microagressões cotidianas fizeram-na optar por uma atuação institucional com a criação da Rede de Jornalistas Pela Diversidade na Comunicação (Jornalistas Pretos), em 2018. Até a formalização do grupo e sua inserção no debate sobre os rumos da comunicação e do jornalismo no Brasil, foi necessário um processo de aprendizagem pautado pela troca de ideias. “Começamos como um grupo de WhatsApp com a ambição de construir uma nova realidade para esse recorte da profissão”, conta a fundadora e coordenadora-geral da Rede JP, denominação adotada recentemente. Para ter vez e amplificar as vozes dos associados, cujo número chega a 200 e é composto por veículos afrocentrados, comunicadores e estudantes, o grupo encabeçado por Marcelle apostou na formação técnica. Primeiro, por meio de cursos em parceria com notórios especialistas, do Brasil e do exterior, destinados a ampliar a força de veículos independentes. Na sequência, uma decisão ousada, a realização de uma Conferência Internacional Marcelle Chagas
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