Edição 1.480 - pág. 14 ESPECIAL fenômenos têm sido mapeados por diversos estudos e pesquisas realizados por universidades e entidades setoriais como a Escola de Comunicação da Universidade de São Paulo (ECA-USP) (9), a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e o Fórum Permanente pela Igualdade Racial (FOPIR) (10). Ao analisar os dados é possível observar que existem diferenças sutis nos arranjos da mídia independente quando se trata de veículos comandados por jornalistas negras e negros, conforme observamos no quadro abaixo. O que mais salta aos olhos é a equidade de gênero, mais equilibrada no que se refere a iniciativas lideradas por afro-brasileiros. Em que pesem esses dois estudos terem um alcance limitado, apesar do rigor científico com que foram produzidos, eles estão em linha com a própria dinâmica da profissão, que, como mostrado na edição 2024 do Anuário da Comunicação Corporativa (11), se tornou uma ocupação dominada por mulheres, que respondem por 57,8% da categoria. Pluralidade é a marca da mídia independente Algumas peculiaridades das empresas e coletivos que integram este segmento Veículos em geral Faixa etária dos jornalistas: 25 a 35 anos Gênero: 28% fundados e dirigidos por mulheres, quanto 19% possuem equidade na direção Como se identifica: 33% declaram-se como coletivos de mídia Periodicidade: 50% não definida, 11% diária e 7% semanal Veículos comandados por negras e negros Faixa etária dos jornalistas: 18 a 29 anos representam 39,7% Gênero: 46% misto, 31% somente mulheres e 31% apenas homens Como se identifica: 44,4% veículo de comunicação, 12,7% coletivos e 7,9% ONGs Onde está localizado? Destaques Sudeste (44,6%) e Nordeste (35,4%) Fontes: Arranjos jornalísticos alternativos e independentes no Brasil (ECA-USP) e Mapeamento da Mídia Negra no Brasil (Fopir)
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