Jornalistas&Cia 1480

Edição 1.480 - pág. 10 ESPECIAL Em defesa de causas Foi nesse cenário que um grande contingente de jovens desembarcou no mercado de trabalho. Acontece que, ao contrário das gerações anteriores, os millenials (pessoas nascidas entre 1981 e 1996) desejavam bem mais que um emprego. Afinal, uma das características desse grupo é a dificuldade em lidar com hierarquias verticalizadas. “Ficou evidente na onda de protestos que ficaram conhecidos como Jornadas de Junho em 2013 (6) que os jovens saídos das universidades não se viam representados na mídia”, destaca Edgard Patrício, professor do curso de Jornalismo Edgard Patrício e do programa de pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC). “Com isso, muitos deles acabaram optando por criar seus próprios veículos”. Caminho semelhante percorreram muitos profissionais experientes e com longa trajetória na imprensa. Neste caso, eles foram premidos pela série de passaralhos, termo jocoso usado no setor como sinônimo de demissões em massa. Estudo do Volt Data Lab, agência de jornalismo de dados fundada por Sergio Spagnuolo, indica que apenas no período 2012-2016 os passaralhos atingiram 1.590 jornalistas. Se levarmos em conta os demais trabalhadores profissionais que atuam nas redações (designers, diagramadores e ilustradores) o número sobre para 5.572. Nesta leva estão alguns dos 16 profissionais que fundaram o site de notícias Ponte Jornalismo, em 2014. Baseado em São Paulo, o veículo tornou-se pioneiro na cobertura regular e contínua

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