Jornalistas&Cia 1473

Edição 1.473 página 20 nematográficos do Rio de Janeiro (Arfoc-Rio); diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município, e conselheiro da ABI. Ultimamente era presidente da Associação Brasileira dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc-Brasil) e integrante do Observatório da Violência Contra Jornalistas e Comunicadores do Ministério da Justiça. u Depois de afastado do jornalismo diário, manteve os laços com a fotografia atuando como freelancer e fazendo exposições de seus trabalhos. Alcyr acreditava que a fotografia era aprendizado e suor, e considerava um erro tremendo os editores pedirem para fotografar de acordo com a visão deles: “Não tem essa de ficar fora da cena”. E mais... n Aline Moraes é a nova repórter do jornal O Dia. Ela retorna ao Rio de Janeiro após cinco anos atuando em Minas Gerais, período em que passou pela revista Café & Motivação e pelas agências NDesigns e Nina Veiga. n Giovanna Durães ([email protected]), que há um ano e meio vinha atuando como estagiária e trainee no jornal O Globo, foi promovida a repórter. n Alcyr Cavalcanti morreu na tarde de 4/8, aos 88 anos, de infarto. Estava em casa com a família, no Rio Comprido, quando passou mal. Uma filha chegou a chamar a ambulância para levá-lo a uma UPA, mas ele não resistiu. O sepultamento foi no cemitério do Catumbi, no dia seguinte (5/8). u A família convida para a missa de sétimo dia na Igreja dos Capuchinhos (Basílica de São Sebastião, rua Haddock Lobo, 266, na Tijuca), às 17h do próximo sábado (10/8). u Repórter fotográfico, era apaixonado por cinema e fez curso de direção cinematográfica no MAM. Como ali também havia um curso de fotografia, aprendeu a fotografar e logo optou pelo fotojornalismo. Começou em 1971, no jornal O Fluminense. u Passou por diversos veículos, como Correio da Manhã, Última Hora, Diário de Notícias, Editora Vecchi, O Globo nas décadas de 1970 e 80, IstoÉ, Tribuna da Imprensa, Jornal do Brasil, O Dia, Estadão, Folha de S.Paulo, Lance e Placar. Uma de suas fotos mais emblemáticas, publicada no Globo nos anos 1980, mostra milhares de pessoas durante uma passeata pelo movimento das Diretas Já. Colaborou com O Pasquim. u Com vasta preparação acadêmica, era formado em Filosofia pela Uerj (na época, Universidade do Estado da Guanabara) e mestre em Antropologia pela UFF. Lecionou História e Filosofia no Instituto Lafayette, e foi professor do Instituto de Humanidades da Cândido Mendes. u Foi um dos fundadores e presidente da Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Ci- conitnuação - Rio de Janeiro Registro-RJ Morreu Alcyr Cavalcanti, repórter fotográfico e representante da categoria Missa será no sábado (10/8) Alcyr Cavalcanti Diretas Já Alcyr Cavalcanti Aline Moraes Giovanna Durães Tuitão do Daniel Por Daniel Pereira (daniel07pereira@ yahoo.com.br), especial para J&Cia (*) Batizado há 46 anos no Grupo Estado, Daniel Pereira passou por Rádio Bandeirantes, TV Record, coordenou a Comunicação do Governo de SP na ECO-92 e foi assessor de imprensa no Memorial da América Latina. Publicou em 2016 O esquife do caudilho e acaba de concluir O último réu. O trem para e o homem, de óculos escuros e bengala, entra e se acomoda, em pé, próximo da porta do vagão destinado a idosos e afins. Ninguém lhe oferece lugar, ele também não reivindica. Um rapaz da geração fitness sussurra ao amigo do lado: só porque é cego não precisa ir sentado, né! As portas ainda estão abertas e uma mulher negra, na fila do próximo trem, mete a cabeça para dentro do vagão e dá um esporro geral: gente, ninguém está vendo o cego aqui de pé? O aviso sonoro anuncia que o trem vai partir. Lépido, o cego vira-se, mete a bengala pelo vão da porta e impede que a mulher perca a cabeça. O trem parte e o cego, enfim sentado, apenas comenta: ufa, foi por um triz! Em terra de cego...

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