Jornalistas&Cia 1472

Edição 1.472 página 7 conitnuação - MediaTalks Ex-BBC indiciado − O ex-âncora da BBC Huw Edwards, uma celebridade da mídia britânica que narrou eventos históricos como o funeral da rainha Elizabeth II, foi indicado em 29/7 pela Polícia Metropolitana de Londres por compartilhar fotos indecentes de crianças, e teve que comparecer ao tribunal nesta quarta-feira (31). O escândalo envolvendo Edwards, de 62 anos, explodiu em julho de 2023, com a denúncia feita pelo jornal The Sun de que ele teria pago para receber fotos de uma pessoa menor de idade, segundo a família, e que o dinheiro estaria alimentando o vício em drogas. Ele ficou de licença médica e em abril deixou a BBC, mas ainda assim foi o primeiro da lista dos âncoras mais bem pagos da emissora em 2023, conforme relatório divulgado na semana passada. Filmagens não-sexistas − Embora Paris 2024 esteja sendo festejada como a primeira Olimpíada com paridade de gênero em 128 anos de história da competição, a forma como mulheres atletas são retratadas pela imprensa esportiva tornou-se objeto de uma atualização nas diretrizes do Olympic Broadcasting Services (OBS). Dois dias após a abertura oficial dos Jogos Olímpicos, Yannnis Exarchos, chefe do serviço oficial de transmissão de imagens do Comitê Olímpico Internacional, disse à imprensa em Paris que solicitou aos operadores de câmera para não filmarem atletas de forma que estereótipos sejam perpetuados. As imagens capturadas pelo OBS são distribuídas para o mundo inteiro por meio de emissoras que detêm os direitos de exibição das Olimpíadas. Desaparecida na Nicarágua − Organizações internacionais de liberdade de imprensa como Repórteres Sem Fronteiras, Vozes Del Sud e Fundamedios lançaram apelos para descobrir o paradeiro da jornalista Fabiola Tercero Castro, desaparecida junto com a família desde 12 de julho, quando sua casa foi visitada por policiais em Manágua, capital da Nicarágua. Em nota, a Associação de Jornalistas e Comunicadores Independentes da Nicarágua (PCIN) denunciou o desaparecimento da jornalista e disse ter tentado de várias maneiras obter informações sobre ela, sem sucesso. “Exigimos que, caso ela tenha sido detida pela Polícia, a sua integridade e direitos pessoais sejam respeitados e que a sua detenção seja anunciada publicamente”, acrescentou a organização. Venezuela anda para trás − A Venezuela experimentou um acentuado declínio na liberdade de imprensa durante os 13 anos em que Nicolás Maduro vem ocupando o cargo de presidente: o país recuou 39 posições no Global Press Freedom Index da organização Repórteres Sem Fronteiras e agora está em 156º entre 180 nações. Segundo a RSF, desde que se tornou presidente, em 2013, Maduro deu continuidade à política de “hegemonia da comunicação” estabelecida por seu antecessor, Hugo Chávez, impondo restrições que “ameaçam a existência do jornalismo independente”. No ranking de 2024, divulgado em abril e que traz o Brasil na 82ª posição, a Venezuela é o terceiro pior país em liberdade de imprensa nas Américas, perdendo apenas para a Nicarágua (163ª) e Cuba (168º). A tocha na greve − Jornalistas de um dos maiores grupos de mídia australianos, o Nine Entertainment, entrarem em greve em 26/7, antes da abertura das Olimpíadas de Paris, usando o símbolo da tocha como bandeira de protesto. O Nine tem entre suas empresas a Nine Radio e a Nine Network Television, emissora oficial dos jogos, e enviou cerca de 200 funcionários a Paris para cobrir a competição. A rede admitiu em nota que a cobertura está sendo afetada pelo movimento. “Don’t torch jornalism” (“não incendeie o jornalismo”, em tradução livre) foi o tema da paralisação dos profissionais do grupo, também dono dos jornais The Sydney Morning Herald, The Age, The Australian Financial Review, Brisbane Times e WAtoday. Esta semana em MediaTalks Fabiola é incentivadora da leitura

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