Jornalistas&Cia 1472

Edição 1.472 página 28 Jornalistas&Cia é um informativo semanal produzido pela Jornalistas Editora Ltda. • Diretor: Eduardo Ribeiro ([email protected]–11-99689-2230)•Editorexecutivo: Wilson Baroncelli ([email protected] – 11-99689-2133) • Editor assistente: Fernando Soares ([email protected] – 11-97290-0777) • Repórter: Victor Felix ([email protected] – 11-99216-9827) • Estagiária: Hellen Souza ([email protected]) • Editora regional RJ: Cristina Vaz de Carvalho 21-999151295 ([email protected]) • Editora regional DF: Kátia Morais, 61-98126-5903 ([email protected]) • Diagramação e programação visual: Paulo Sant’Ana ([email protected] – 11-99183-2001) • Diretor de Novos Negócios: Vinícius Ribeiro ([email protected] – 11-99244-6655) • Departamento Comercial: Silvio Ribeiro ([email protected] – 19-97120-6693) • Assinaturas: Armando Martellotti ([email protected] – 11-95451-2539) Missão quase impossível era encontrar um botijão de gás de cozinha e, o pior, a um preço minimamente razoável naquele início dos anos 1990. Olha! Se tem uma lição que a gente aprende de cor é que o dinheiro (ainda) está no Planeta Terra, mas aproveitadores de plantão se lambuzam na ganância que destrói a equidade. Entretanto, saí da reunião de pauta da Pan feito um cão perdigueiro e acabei farejando poucas unidades do precioso liquefeito numa distribuidora na Zona Leste da capital. A fila foi ficando cada vez mais longa e, súbito, não se enxergavam mais nem sombras de botijões ou compradores naquele depósito. A pauta andou e, com a imprescindível retaguarda do motorista Paulo Caveira, cumprimos a missão de informar e prestar serviços aos ouvintes da Jovem Pan AM − 620 Khz − A Rádio. Nasci ouvindo rádios. Meu pai tinha um muito bonito, de válvulas, em caixa de madeira rústica envernizada. Como o professor Arcanjo Porrelli morreu cedo, aquele aparelho falante e cantante tornou-se “O meu Pé de Laranja Lima”; um genuíno amigo do peito. No final dos anos 1970 fiz rádioescuta a partir de um Transglobe Philco, no meu primeiro trabalho numa emissora no interior paulista. Àquela época prometi para mim mesmo que trabalharia na Panamericana S.A − minha reverência à família Amaral de Carvalho. Sabemos que o mundo segue girando, ou não? Um dia enviei uma carta para o mestre Fernando Vieira de Mello, que logo se traduziu na minha contratação. Por isso sou eternamente grato a ele. No início, eu viajava num trepidante bate e volta de Piracicaba de ônibus por mais de 340 quilômetros todos os dias, para encarar intrepidamente o batente em São Paulo − um desafio imensurável para um “caipira de uma calça só”, cujos ídolos passaram a ser colegas de profissão. Isso sem contar a privação de sono − nem tão palatáveis n A colaboração desta semana é de Paulo de Tarso Porrelli ([email protected]), que trabalhou em São Paulo, nas tevês Globo e Band e na rádio Jovem Pan AM, além de ter atuado em comunicação corporativa. É ex-presidente da Educativa FM de Piracicaba (SP). Site: https://pessoar.com.br/. Paulo de Tarso Porrelli De um confesso trava-línguas assim tais ossos do ofício. Confesso que, mesmo desse jeito, me beliscava a todo momento para acreditar que lá estava eu a realizar um sonho. Bem! No vibrante estúdio do Show da Manhã, no 24º andar do Edifício Winston Churchill, na Avenida Paulista, 807, ancorava um giro de repórteres a colega Márcia Cristina Nepomuceno. Natural era a timidez do debutante na grande mídia nacional. Imprevisível foi que já naquela “entrada” o destino me colocaria justamente numa rua de nome (vale soletrar) Ca di ri ri. Na verdade, debutei ao som da JP meses antes ao receber as boas-vindas do polido Eduardo Ladeira, num ao vivo de anoitecer sobre o trânsito entre a Pedro Taques e a Augusta, no bairro Consolação. Incrível que lá no interior frequentei cursos de teatro ministrados por craques da ECA-USP e diretores do peso de um Roberto Lage. Participei de montagens de textos da lendária Maria Clara Machado. Tive orientação de fonoaudiólogas. “Mas que nada” − até hoje, por mais que me esforce, quando muitos “erres” seguidos de vogais reúnem-se numa só palavra sinto-me como um goleiro ante a marca do pênalti. Inevitavelmente − acredito que sim − Márcia Cristina Nepomuceno pediu-me para repetir, repetir e repetir o nome da Rua Cadiriri. Ora, bolas! É passado. Agora, por gentileza, não me forcem a verbalizar palavras como: a ra ra qua ren se. Viva A ra ra qua ra, onde nasceram gigantes como Ignácio de Loyola Brandão e José Celso Martinez Corrêa e que possui o cítrico codinome “Terra Laranja”. Jaqueline Batista Lima

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