Jornalistas&Cia 1469A

Edição 1.469A página 14 ESPECIAL Landell de Moura J&Cia Landro Oviedo (Jornalista e colunista do Correio do Povo) “O Padre Landell de Moura representa um Brasil com todo o potencial para dar certo. Todavia, em algum momento, perdeuse o fio da meada da história e do desenvolvimento. No caso do sacerdote, isso não ocorreu por sua vontade, pois ele lutou bravamente para ver suas invenções implementadas e reconhecidas, concorrendo, com isso, para o engrandecimento da ciência nacional. Inventor da transmissão sem fio, base do rádio, do telégrafo wireless, seu transmissor de ondas chegou a ser patenteado nos Estados Unidos, mas ele não recebeu o apoio merecido em sua pátria. Pelo contrário, chegou a ter suas instalações invadidas e equipamentos destruídos. Contra tudo e contra todos, a história desse idealista e visionário precisa ser conhecida pelos seus compatriotas para que sua memória receba, ao menos, a reparação merecida do reconhecimento póstumo.” Kiki Moretti (Fundadora e CEO do Grupo In Press) “É uma honra fazer parte desta edição especial do Jornalistas&Cia que celebra o padre Roberto Landell de Moura e os 125 anos da primeira transmissão de voz e música pelas ondas do rádio, um marco histórico na evolução das telecomunicações e na transformação da comunicação. Reconhecer o pioneirismo de Landell de Moura e honrar o seu legado como cientista e inventor é celebrar a importância das inovações e da ciência para o desenvolvimento da sociedade.” Jorge Polydoro (Presidente do Grupo Amanhã) “Com ampla documentação, enriquecido por pesquisas recentes e detalhada cronologia, o novo livro que está sendo preparado pelo jornalista Hamilton Almeida revelará de forma incontestável que, ao utilizar ondas eletromagnéticas para propagar voz e música, o Padre Roberto Landell Moura não inventou apenas o rádio. Ele desenvolveu a base tecnológica que deu origem a tudo que pode ser emitido, captado e decodificado por ondas em suas mais variadas frequências. Isso inclui a televisão, a internet, o wi-fi, o bluetooth, celulares e todas as aplicações imagináveis. Ao realizar a primeira transmissão pública de som pelo ar, no dia 16 de julho de 1899, em São Paulo, o padre cientista nascido em Porto Alegre entregou à humanidade algo que hoje faz parte das nossas rotinas: o wireless.” Laurindo Lalo Leal Filho (Jornalista, professor e membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa – ABI) “A tragédia vivida no sul do País revelou não apenas a incúria dos governantes gaúchos, incapazes de proteger suas cidades e seu povo, mas mostrou também a importância da comunicação na luta para mitigar os efeitos da catástrofe. Nesse cenário, um velho ator voltou ao palco: o rádio de pilha. Com a água invadindo ruas e casas, com a energia elétrica cortada por muitas horas, coube a esse antigo companheiro de várias gerações orientar os flagelados e aqueles que buscavam socorrê-los. Era a reafirmação da importância do rádio ainda hoje, vivo e atuante, em meio às mais variadas parafernálias tecnológicas. E não só em momentos dramáticos. Está presente, por exemplo, no dia a dia dos povos ribeirinhos da Amazônia e nos automóveis rodando por ruas e estradas. Esse é o legado inestimável deixado pelo Padre Landell de Moura, o brasileiro inventor do rádio, merecedor de lembrança e reconhecimento perenes.” Leão Serva (Jornalista, escritor, diretor internacional de Jornalismo da TV Cultura) “A iniciativa de Eduardo Ribeiro e do Jornalistas&Cia para resgatar a memória de um inovador brasileiro, Padre Landell de Moura, é entusiasmante. O caso é paradigmático de um fenômeno comum no Brasil, dos nossos irmãos que vencendo adversidades criaram avanços científicos e tecnológicos que, por razões diversas, são esquecidos ou eclipsados por semelhantes estrangeiros. Todas as honras do pioneirismo para o Padre Landell de Moura.”

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