Jornalistas&Cia 1466

Edição 1.466 página 14 Na vida real, pessoas encontram no veneno o meio de desaparecer do mundo. São muitos e muitos casos. Incontáveis. Desde sempre. O pai do socialismo científico, Karl Marx (1818-1883), em vida comeu o pão que o diabo amassou. Se não fosse o amigo Friedrich Engels (1820-1895), Marx não teria sido Marx. Engels o alimentava financeiramente, até mesmo após se casar com Jenny von Westphalen. Marx era um cidadão conservador, duro com os filhos. Foi pai sete vezes. Dessa ninhada, sobreviveram até a fase adulta Jenny, Laura e Eleanor. A caçula Eleanor teve fim trágico, suicidando-se ao tomar uma dose de ácido prússico. Laura, das três irmãs a do meio, suicidou-se junto com o marido Paul, ambos também tomando uma dose de veneno, cianeto. Isso foi na França, mais precisamente, no dia 25 de novembro de 1911. Jenny foi dessas a única que não optou por se matar. Morreu vítima de câncer. Marx, não custa dizer, seguiu exemplo de muitos machos do seu tempo e dos tempos atuais. Casado, traiu a mulher com a governanta. Dessa relação nasceu um varão: Freddy, que morreu em janeiro de 1929 com 78 anos de idade. Causa-mortis de Marx: bronquite. O veneno se apresenta nas formas mais variadas. Tem vários casos de pessoas que envenenam relações de outras pessoas, inventando mentiras. Mais coisa brava, brava mesmo, ocorreu no período da caça a judeus e minorias diversas por Hitler. Em Auschwitz, pelo menos 6.000 pessoas foram sufocadas e mortas pelo gás Zyklon B. Muitos livros contam essa história. O livro A Menina Que Roubava Livros, de Markus Zusak, por exemplo. Embora volumoso, com umas 500 páginas, o livro é de fácil leitura. Emociona. Tem palavrões aqui e acolá. A Chave do Tamanho não tem palavrão nem veneno, embora faça referência ao nazismo, é de Monteiro Lobato, publicado em 1942. O nazismo é uma praga que jamais será esquecida. E que nunca se repita. Bom, veneno por veneno… no final do século 19 rolou um papo que dava conta de que Machado de Assis fora pai de um filho gerado pela mulher de José de Alencar. Hummm… Veneno puro cuspido pela língua ferina de Humberto de Campos (1886-1934). Mário morreu em 1925. Era advogado e poeta. Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora Marx, suas filhas e Engels Fausto Bergocce PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 Sudeste São Paulo n Morreu na manhã de 18/6, aos 59 anos, o jornalista e gastrônomo Ricardo Castilho. Com passagem marcante pela revista Playboy, onde foi repórter, editor e editor especial, e pela revista Gula, onde foi diretor de Redação, ele criou em 2003 o projeto da revista Prazeres da Mesa, que até agora vinha comandando ao lado de sua esposa Claudia Esquilante e dos sócios Mariella Lazaretti e Georges Schnyder. u A informação foi publicada no perfil da Prazeres da Mesa no Instagram: “Com enorme tristeza, incredulidade e saudades imensas, comunicamos que nosso sócio, amigo, pai e marido Ricardo Castilho, nos deixou esta manhã. Um sujeito comprometido com o bom jornalismo, sócio leal, trabalhador incansável. Um dos maiores especialistas de vinho do Brasil. Pai amoroso e presente de Carol, Juninho e JP, e marido extraordinário de Claudia, foi um homem presente em cada momento de sua família. Deixa um buraco em nossas vidas, e de nossa equipe. Estamos arrasados”. u Sobre a partida precoce do amigo, Thales Guaracy publicou um texto no Facebook relembrando o convite feito para Castilho assumir o comando da Gula. Reproduzimos a íntegra na seção Memórias da Redação, na página 24. Morre Ricardo Castilho, referência no jornalismo gastronômico Ricardo Castilho

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