Jornalistas&Cia 1464

Edição 1.464 página 9 Especial Dia da Imprensa de amigos à notícia acaba tendo mais valor do que o aval da própria mídia. “O jornalismo de Economia ainda não encontrou uma maneira de se reafirmar como fonte confiável”, avalia Caetano. A concorrência com esse exército de “novos emissores de informação” exige um preparo ainda maior dos profissionais. O colunista Luís Nassif, um dos pioneiros da cobertura de serviços e hoje à frente do Jornal GGN, portal de grande engajamento, vê outro problema no jornalismo dos novos tempos. Para ele, um avanço mais rápido e mais difundido do jornalismo de dados teria contribuído para a grande mídia enfrentar melhor a ruptura que a lógica digital causou no seu modelo de negócios. A avaliação geral era de que os jornais acabariam se transformando em revistas, para se diferenciarem da cobertura digital. O uso intensivo de dados seria um facilitador dessa transição, ao permitir que informações do dia anterior fossem ampliadas, depuradas, contextualizadas e aprimoradas, para a publicação no dia seguinte. “O jornalista seria uma espécie de auditor dos dados”, diz ele. Mas essa virada não ocorreu. Os jornais do dia seguinte não se transformaram em revistas e Luís Nassif

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