Edição 1.452 página 34 Sudeste São Paulo n A Rede Globo anunciou mudanças na programação para 2024 e um jornalismo repaginado. u O jornalismo estreou na semana passada (12/3), no Jornal da Globo, um novo cenário para os telejornais gerados em São Paulo, também o Hora 1 e o Jornal Hoje. Projeto que levou seis meses de pressa e pressão, entre planejamento e produção, tem cenário em semicírculo e uma tela gigante de LED transparente. O painel curvo, inédito no Brasil, conta com cerca de 15 metros de largura e 2,70 metros de altura. A tecnologia permite maior interação dos apresentadores – Renata Lo Prete (JG), Roberto Kovalick (H1) e César Tralli (JH) – com o noticiário diário. u William Bonner, quando apresentou as novidades no Jornal Nacional – que por ser ancorado no Rio não ganhou casa nova – não resistiu à animação: “Vamos falar um pouco mais disso, é o cenário mais bonito do telejornalismo do mundo”. u César Tralli foi mais realista: “Estamos preocupados em não fazer destes recursos tecnológicos um show, um espetáculo gratuito. Queremos usar da maneira mais complementar possível para a cobertura do dia a dia. Não adianta todo esse aparato se o conteúdo não for bom”. u No serviço de streaming, o trimestre de abril a junho tem lançamento da série O jogo que mudou a história, sobre as facções criminosas no Rio de Janeiro. Também foram anunciados os documentários Senna por Ayrton, sobre o piloto campeão, e Rio-Paris: a tragédia do voo 447. n O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou os jornalistas Artur Rodrigues, da Folha de S.Paulo, e Joaquim de Carvalho, do Brasil 247, pela publicação de reportagens sobre o tiroteio ocorrido durante uma visita do então candidato ao governo de SP Tarcísio de Freitas a Paraisópolis, em 2022. A denúncia do MPSP, assinada pelo promotor Fabiano Augusto Petean, da 1ª Zona Eleitoral em São Paulo, diz que os jornalistas “divulgaram, durante o período de campanha eleitoral, fatos que sabiam inverídicos em relação a Tarcísio de Freitas, capazes de exercer influência perante o eleitorado”. u Na época, a reportagem da Folha falava sobre um homem da equipe de Tarcísio que pediu para um cinegrafista da Jovem Pan apagar imagens que havia feito sobre o tiroteio. Posteriormente, a Folha publicou um áudio que relevava que o homem que pediu a exclusão das imagens era Fabrício Cardoso de Paiva, que trabalhava na Agência Brasileira de Inteligência. Já o Brasil 247 publicou sobre uma suposta “farsa em Paraisópolis para que o candidato vendesse a falsa narrativa de que teria sido vítima de um atentado quando fez campanha na região”. Houve uma investigação sobre a suposta farsa, que foi posteriormente arquivada pela Polícia Civil. u Entidades defensoras da liberdade de imprensa repudiaram a denúncia contra os jornalistas A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), alerta para o perigo de que, “em um novo ano eleitoral, esse tipo de acosso judicial acabe por intimidar e provocar a autocensura de jornalistas que devem, por dever do ofício, escrutinar a atuação dos candidatos, independentemente de legendas partidárias”. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e a Federação Nacional dos Jornalistas também repudiaram a denúncia, destacando que agride “as liberdades democráticas e o respeito ao livre exercício do jornalismo”. MPSP denuncia jornalistas por reportagens sobre tiroteio em visita de Tarcísio de Freitas; entidades repudiam denúncia Globo traz tecnologia ao cenário do jornalismo em São Paulo Renata Lo Prete, Roberto Kovalick e César Tralli Assine aqui o abaixo assinado pleiteando a inclusão do nome dele no Bulevar do Rádio, que a Prefeitura de São Paulo está construindo na região da Av. Paulista Padre Landell de Moura
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