Edição 1.452 página 32 Roberto Muggiati um baú de histórias, e quem cuida dele é José Esmeraldo Gonçalves. Paralelamente, Muggiati publicou mais de uma dezena de livros, entre os quais, além dos já citados, Blues: da lama à fama, de 1995, e o romance A contorcionista mongol, em 2000. Veterano em plena atividade Recentemente, ele tem colaborado para as revistas piauí, Unquiet, sobre lifestyle, e para o suplemento cultural de O Estado de S.Paulo. E ainda para revistas customizadas, como The President, voltada para CEOs, com uma pauta muito livre, e a revista da Mitsubishi, distribuída para donos de revendas, com temas sobre cultura. Entre 2017 e 2022 publicou cerca de 30 artigos. A colaboração para piauí resultou de uma experiência traumática: uma fratura do fêmur. Ele não tem mais plano de saúde nem nada, e foi atendido no Hospital Miguel Couto. Com bom humor – ou humor negro, que considera uma característica da família –, apelidou o hospital público de Couto D’Or. No tempo em que ficou imobilizado, do quadril à ponta do pé, não levou celular para o hospital. Não é pessoa de celular, sequer tem WhatsApp. Como teve que parar a vida forçosamente, começou a trabalhar escrevendo na cabeça, como um movimento compulsivo. Nada intencional, pensado. Já estava com mil histórias escritas na cabeça, mas não tinha ferramentas. Assim que as conseguiu, publicou um texto muito pessoal na piauí, 20 noites sem dormir. De onde se extrai a frase: “Não me surpreenderia se organizassem competições de ‘comidinha de hospital’, nos moldes do Comida di Buteco”. Depois veio também o pedido para A vez de Taylor Swift – A versão distópica das venerações do passado. Este ano, teve motivo para se considerar “patrimônio tombado”, quando uma rasteira de pedras portuguesas assassinas na calçada quebrou seu braço. E o levou de volta ao Miguel Couto. Recuperado, vida que segue. Abertura do texto sobre Taylor Swift Tuitão do Plínio Por Plínio Vicente (pvsilva42@ gmail.com), especial para J&Cia (*) Plínio Vicente é editor de Opinião, Economia e Mundo do diário Roraima em tempo, em Boa Vista, para onde se mudou em 1984. Foi chefe de Reportagem do Estadão e dedica-se a ensinar aos focas a arte de escrever histórias em apenas 700 caracteres, incluindo os espaços. A Federal apertou o combate ao tráfico, embora não conseguisse pegar todos os “mulas” vindos da Guiana. Até que Ataíde, um dos agentes, sugeriu que as revistas fossem feitas ainda na ponte sobre o rio Tacutu, em Bonfim. Foi então que aumentou a apreensão, não só de maconha, mas também do contrabando trazido de Lethem, cidade do outro lado da fronteira. Mesmo assim a erva continuava circulando. Ataíde não desistiu e então teve uma outra ideia: revistar o Nafó colorido, tipo aquele que Bob Marley usava e que quase todos traziam na cabeça. Não deu outra: muitos vinham forrados com a cannabis. O tráfico não acabou, mas para desespero dos viciados a maconha já não ficou tão fácil de se conseguir. Nafó − Substantivo masculino 1.Guin. Espécie de gorro bordado, de uso masculino. (Aurélio) Os “mulas” da fronteira
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