Jornalistas&Cia 1450

Edição 1.451 página 2 Últimas n Morreu na manhã do domingo (3/3) o jornalista Claudio Tognolli, aos 60 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein devido a complicações após uma cirurgia de transplante de coração, realizada em janeiro. u Formado em Jornalismo pela ECA-USP, fez doutorado em Ciência da Comunicação na mesma universidade e tinha livre- -docência em História. Trabalhou em veículos como Estadão, Veja, Folha de S.Paulo, Consultor Jurídico e Jornal da Tarde, além das rádios CBN e Eldorado. Foi também professor de jornalismo nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (Fiam) e na ECA-USP. u Tognolli foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e integrou a primeira diretoria da entidade, que venceu o Prêmio Esso na categoria Melhor Contribuição à Imprensa, em 2003. u Ganhou o Prêmio Jabuti com o livro O Século do Crime, que aborda as origens políticas e sociais de algumas das principais organizações criminosas ao redor do mundo. Tognolli escreveu ainda outros títulos, como Lobão 50 Anos a Mil; Bem-Vindo ao Inferno; A Falácia da Genética; Traidores da Pátria; A Sociedade dos Chavões; e Mídia, Máfias, Rock’N’Roll, entre outros. u Além de jornalista, Tognolli tinha talento e era apaixonado por música. Exímio guitarrista, participou dos primórdios da banda RPM, antes de o grupo ganhar fama. (Veja também Memórias da Redação, na pág. 27) u O Poder360 reuniu depoimentos de amigos e entidades em homenagens a Claudio Tognolli, que reproduzimos na íntegra a seguir: Rosental Calmon Alves, jornalista e diretor do Centro Knight de Jornalismo: “Fico com as boas lembranças e lições do Claudio Tognolli, repórter investigativo, da virada do século e dos primeiros anos de formação da Abraji. Um jornalista com enorme curiosidade intelectual, professor de jornalismo que influenciou gerações de repórteres em São Paulo e colaborou em grandes reportagens investigativas transnacionais”. Márcio Chaer, jornalista e publisher da revista Consultor Jurídico: “Tognolli sintetizava os extremos do jornalismo. Intenso, agitado, exagerado, tinha capacidade única de se relacionar com figuras improváveis, como o maestro Hans Joachimm-Koellreutter, o psicólogo Timothy Leary e o jornalista Phillip Knightley. Nunca se economizou. Vivia uma semana por dia”. Fernando Rodrigues, jornalista e publisher do Poder360: “Tognolli era um amigo fraterno. Generoso. Tinha uma cultura enciclopédica. Sempre aprendi em todas as conversas que tivemos ao longo de 40 anos de convivência. Era maior do que a vida. Um vulcão de energia e imaginação. Sua criatividade era imbatível. Lutou muito no final. Apesar da distância (ele em São Paulo; eu em Brasília), sempre que pude estive por perto para tentar incentivá-lo. Recebi com muita tristeza sua partida. Espero que descanse em paz e deixo meu abraço para sua família. Que sua memória seja preservada”. Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji): “Tognolli foi um nome marcante no jornalismo brasileiro, atuante como profissional de redação e na formação de jovens jornalistas, como professor da USP. Foi fundador e diretor da Abraji, contribuindo para o debate sobre a função social da profissão. Prestamos solidariedade à família e aos amigos e lamentamos essa perda”. Morre Claudio Tognolli, aos 60 anos Claudio Tognolli SBT/YouTube n O narrador Paulo Andrade, uma das principais vozes de transmissões esportivas da ESPN, deixará a emissora após 20 anos de casa, completados em outubro do ano passado. Ele assinou contrato com a Globo para integrar a equipe de esportes do veículo carioca. u Andrade se juntará a Luís Roberto, Everaldo Marques e Gustavo Villani no time de narradores esportivos da Globo. Em comunicado, a emissora informou que a estreia dele será em abril, no Campeonato Brasileiro, inicialmente em transmissões do SporTV e do Premiere. u Formado pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Paulo Andrade iniciou a carreira no canal ABC-3, de Santo André, apresentando programas sobre times ligados ao ABC Paulista. Posteriormente, teve breves passagens por RedeTV, TV Gazeta e SBT, nesta última narrou jogos do Campeonato Paulista. u Em outubro de 2003, chegou à ESPN, onde trabalhou até agora. Tornou-se o principal narrador da emissora, e ficou conhecido como A Voz da Premier League, à frente de transmissões de jogos do Campeonato Inglês, com narrações históricas. Também narrou jogos da Champions League, da Copa do Mundo e da Libertadores. Paulo Andrade deixa a ESPN e segue para a Globo Paulo Andrade ESPN Brasil/YouTube

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