Jornalistas&Cia 1450

Edição 1.451 página 14 Por Assis Ângelo PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 …Que seria esta vida, se é que de vida merece o nome, sem os prazeres da volúpia? Oh! Oh! Vós me aplaudis? Já vejo que não há aqui nenhum insensato que não possua esse sentimento. Sois todos muito sábios, uma vez que, a meu ver, loucura é o mesmo que sabedoria… (Erasmo de Rotterdã, Elogio da Loucura) Erotismo, luxúria, libertinagem, lascívia, volúpia, libidinagem. Essas são palavras que têm, na prática, o mesmo significado. A prática sexual é algo comum desde o surgimento do mundo, desde que nascemos, nós e todos os animais falantes, berrantes, sibilantes e tal. O chamado pecado original ocorrido no Éden teve por princípio a provocação, a lascívia, representada por uma traiçoeira cobra e uma aparentemente inocente maçã. Isso no princípio, mas depois Deus recomendou que crescêssemos e multiplicássemos. Foi então que Adão e Eva mandaram brasa. Está em Gênesis, o primeiro dos 73 livros que formam a Bíblia. E é na multiplicação que se acha um dos maiores problemas da humanidade. Já somos mais de oito bilhões de homens e mulheres comendo o pão que o Diabo amassou com seus cascos sujos. E as guerras mundo afora vitimando todo mundo, hein? Como será daqui pra frente se continuarmos a nos multiplicar e a maltratar o nosso próprio meio ambiente? Vida saudável não combina com depredação ambiental. Ainda pela metade do século 20 o bambambã do cinema norte-americano Orson Welles (1915-1985) assustava os ouvintes de rádio com uma narração ao vivo de uma suposta invasão da Terra por ETs. Foi uma loucura, registrou a imprensa. Enquanto Welles aprontava, cientistas procuravam o caminho da modernização tecnológica. Licenciosidade na cultura popular (XLIX) Nos EUA, o indiano de origem George Orwell (1903-1950) já previa TV ao vivo com programa do tipo Big Brother. Aliás, esse personagem se acha por inteiro no romance 1984, do referido Orwell. Na década de 80 do século 20, a internet chegou revolucionando o mercado em todo o mundo. A revista semanal Veja, edição de 13 de fevereiro de 2013, trazia na capa a manchete: Você quer transar comigo? Pois é, àquela altura a internet já servia de instrumento de onanistas e tal. Sem falar no WhatsApp, que distancia cada vez mais as pessoas do telefone ao vivo, figurinhas inventadas como Alexa e aqui já estamos falando de inteligência artificial tornando o mundo cada vez menor. O sexo, o desejo, o amor e essas coisas todas estão entranhadas em nós, incuráveis pecadores. Até nas sagradas escrituras, precisamente em Cântico dos Cânticos, o amor físico se acha presente, como se representasse Deus como pessoa. Um trecho: Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho. Suave é o aroma dos teus unguentos; como o unguento derramado é o teu nome; por isso as virgens te amam. Leva-me tu; correremos após ti. O rei me introduziu nas suas câmaras; em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do vinho; os retos te amam. Eu sou morena, porém formosa, ó filhas de Jerusalém… O Cântico dos Cânticos, que se acha em Gênesis, é desenvolvido em oito capítulos. Um trecho: Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com os colares. Enfeites de ouro te faremos, com incrustações de prata. Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume. O meu amado é para mim como um ramalhete de mirra, posto entre os meus seios. Como um ramalhete de hena nas vinhas de En-Gedi, é para mim o meu amado. Eis que és formosa, ó meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas. Eis que és formoso, ó amado meu, e também amável; o nosso leito é verde. Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora Erasmo de Rotterdã Elogio da Loucura Cântico dos Cânticos Assis com publicações sobre licenciosidade

RkJQdWJsaXNoZXIy MTIyNTAwNg==