Jornalistas&Cia 1437

Edição 1.437 página 25 conitnuação - MediaTalks Soltem os jornalistas! − Além dos mais de 40 jornalistas que perderam a vida em Gaza, Israel e Líbano desde os ataques do Hamas em 7 de outubro, há pelo menos 14 profissionais de imprensa presos pelas forças de segurança de Israel na Cisjordânia, denunciou nesta em 20/11 a organização de liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras. Segundo a RSF, a maioria foi capturada em suas casas e em ataques direcionados praticados entre 15 de outubro e 8 de novembro no território palestino. “O aumento da repressão constitui um grave obstáculo à liberdade de imprensa”, disse a organização, exigindo a libertação imediata dos jornalistas. Liberdade de imprensa? − Dias antes da vitória de Javier Milei no segundo turno das eleições na Argentina, realizado em 19/11, um documento da Sociedade Americana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) sobre liberdade de imprensa na região destacou as preocupações de organizações de jornalismo com a relação tensa do presidente eleito com a mídia, e o risco de que isso venha a deteriorar ainda mais a situação no país. Segundo o relatório da SIP, apresentado e debatido em sua assembleia geral realizada no México no dia 10 de novembro, “Milei praticou mais de vinte agressões e intimidações contra jornalistas, desde insultos a processos judiciais”, chegando a dizer que muitas das críticas que recebe “partem de profissionais supostamente corruptos”. O Índice Chaputelpec de Liberdade de Imprensa da organização lista a Argentina em 11º lugar entre 22 países, apontando problemas como violência por parte do nacotráfico em Rosário, ataques e assédio judicial a jornalistas e as ameaças de Milei, que vão desde ofensas até sinais de que pode “mudar o padrão publicitário oficial”, segundo a SIP. Wiki Loves Monuments − Uma imagem do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, projetado como uma escultura contra o céu alaranjado do entardecer na Baía da Guanabara foi a vencedora da etapa Brasil do concurso internacional Wiki Loves Monuments Brasil, organizado pela enciclopédia online para aumentar o acervo de fotos gratuitas e adicionar novos ângulos de monumentos já registrados em todo o mundo. De autoria de Bruno Tamm Rabello, a foto foi a escolhida entre mais de 13 mil imagens de monumentos e sítios históricos enviadas por 122 fotógrafos profissionais e amadores. As dez melhores imagens da etapa nacional vão representar o Brasil na etapa internacional do concurso Wiki Loves Monuments, que em 2022 elegeu uma foto do Gabinete Português de Leitura, no Rio, como a vencedora global. Bolsas sobre drogas − A Fundação Gabo está com inscrições abertas para a quinta edição do programa de anual de bolsas para jornalistas Fundo de Investigação e Novas Narrativas sobre Drogas, em parceria com a Open Society Foundations (OSF). Serão concedidas no máximo 14 bolsas com valores entre US$ 3,5 mil (R$ 17 mil) a US$ 5 mil (RS$ 24,5 mil) para o desenvolvimento de projetos de investigação jornalística em Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. Os escolhidos terão três meses para realizar o projeto e contarão com mentoria dos organizadores. Milei vs. jornalismo − A decisão de incluir as empresas de mídia públicas da Argentina no plano de privatização de estatais, anunciada pelo presidente eleito Javier Milei, provocou reação imediata do setor. Já havia especulações de que a onda de privatizações do novo governo poderia atingir o sistema estatal de imprensa, mas dias antes do segundo turno das eleições a coalizão La Libertad Avanza (LLA) desmentiu essa possibilidade depois de uma declaração feita pela deputada eleita Lilia Lemoine. No entanto, os sinais eram claros. Javier Milei, que mantém uma relação pouco amistosa com a imprensa, havia afirmado em entrevistas que os meios de comunicação públicos são “um ministério secreto de propaganda” e que “tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará”. Esta semana em MediaTalks Bruno Tamm Rabello Branded Content Ideias & Cia Por Manuel Rocha, consultor sênior de Negócios Internacionais nos EUA A indústria da mineração está constantemente sob escrutínio e enfrenta notáveis riscos de reputação, especialmente devido ao surgimento de novas formas de comunicação que amplificam as vozes mais críticas. Uma recente análise de big data, realizada pela LLYC, avaliou a percepção da mineração na sociedade de dez países latino-americanos. Este estudo revelou que a indústria mineradora fez muito mais do que comunicou sobre o que realmente faz. Um fator que influencia definitivamente são as circunstâncias particulares da América Latina, uma região que ainda carrega problemas estruturais que repercutem na conversa sobre o setor. Questões como a corrupção, o quarto tema mais mencionado em relação à mineração, ou a extração ilegal são assuntos ainda relacionados à indústria mineradora. No caso do primeiro, isso ocorre devido a eventos específicos ocorridos no passado; e em relação ao segundo, a iniciativa parte dos governos e até mesmo das próprias empresas, que, buscando diferenciar suas boas práticas, têm elevado o posicionamento de uma atividade ilegal que nunca deveria ser chamada de mineração. A resposta da indústria em elevar o conceito de “mineração sustentável”, a fim de evidenciar os planos de gestão ambiental e projetos comunitários das empresas, tem uma presença muito limitada na conversa, ocupando apenas 2%, e o sentimento associado a este tema continua sendo majoritariamente neutro (74%), mostrando que não está alcançando um público mais amplo além do círculo da mineração. Uma nova mineração no imaginário coletivo Manuel Rocha Pág.1

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