Jornalistas&Cia 1437

Edição 1.437 página 2 2023 Apoio Apoio Institucional Realização Patrocínio Ouro Patrocínio Bronze Unibes Cultural Akins Kintê Edu Ribeiro +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira Mais do que uma celebração, um ato de resistência n A cerimônia de premiação dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, realizada em 13 de novembro, em São Paulo, e que reconheceu Zileide Silva (TV Globo) como a campeã da premiação, ficará para sempre marcada como importante capítulo na luta por um jornalismo com mais diversidade, equidade e inclusão. u Mais do que enaltecer o trabalho de excelência de jornalistas e publicações empenhados na luta antirracista, a celebração foi marcada por muita alegria, confraternização e uma profusão de mensagens emocionadas, quase que gritos entalados por séculos na garganta, e que foram colocados para fora pelos mais de 60 profissionais que subiram ao palco da Unibes Cultural. u Conduzida pelos mestres de cerimônia Eliane Almeida e Luiz Claudio Alves, a cerimônia contou na abertura com uma apresentação do poeta, contista, músico, roteirista, diretor e educador Akins Kintê. Importante nome cultural da luta antirracista, ele deu o tom de que aquele encontro seria, sim, de muita alegria, mas também de cobrança para que os espaços e oportunidades para a população negra sejam ampliados. u “Exijo mais pente afro, menos ferro, menos favela, mais terra e condição. Que duro não é o cabelo, são as escolas e suas deixas. O sistema e suas brechas. O crespo é toda uma vida, quando livre as madeixas”, destacou em um trecho do poema apresentado ao vivo. E acrescentou no final de sua apresentação, encerrada com o pulso erguido: “Duro não é o cabelo, é o sistema. Não alisa, quebra na emenda. Entenda a persistência de mantê-lo crespo na essência. É bonito, é político, é resistência!”. n Projeto que vinha sendo maturado já há alguns anos pela Jornalistas Editora, responsável por este Jornalistas&Cia e pelo Portal dos Jornalistas, a eleição dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira saiu finalmente do papel em 2023 graças à união com outras três organizações empenhadas na luta por um jornalismo mais diverso: 1 Papo Reto, Rede de Jornalistas Pela Diversidade na Comunicação (Rede JP) e Instituto Neo Mondo. u “É a nossa modesta contribuição na permanente luta antirracista em prol da diversidade no jornalismo, que, esperamos, um dia nem mais faça sentido existir”, destacou Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora em seu discurso de abertura. Ele ainda alertou sobre a desigualAs fotos deste esp´ecial são de Fabio Risnic. Pág.1

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