Jornalistas&Cia 1434

Edição 1.434 página 7 conitnuação - MediaTalks Compre seu exemplar de colecionador Informações Bruna Valim ([email protected]) ou Clara Francisco ([email protected]) Tiragem limitada R$ 150,00 Ataque deliberado − A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmou em 29/10 que os ataques que feriram vários profissionais de imprensa e custaram a vida de um cinegrafista da Reuters na fronteira do Líbano com Israel no dia 13 de outubro teriam sido deliberados, “visando explicitamente os veículos de jornalistas”. A organização fez uma investigação e divulgou um vídeo de reconstrução da tragédia que resultou na morte de Issam Abdallah em Alma el- -Chaab, reunindo depoimentos de testemunhas, cenas filmadas no local que mostram um helicóptero sobrevoando o grupo e análises de especialistas em balística. Duas equipes que estavam próximas foram atingidas. Em ambas havia profissionais de diversos meios de comunicação, incluindo a Al Jazeera, rede árabe de propriedade do governo do Catar, que tem sido objeto de pesadas críticas do governo de Israel pela sua cobertura do conflito em Gaza. Jornalismo mortal − Quando a jornalista mexicana Alejandra Ibarra começou em 2018 a construir o projeto Defensores da Democracia, que busca preservar e catalogar o trabalho publicado por jornalistas assassinados em seu país, uma de suas principais preocupações era entender por que o México era uma nação tão violenta para a imprensa, apesar de ser uma democracia com todas as garantias da lei. Junto com a equipe do Defensores da Democracia, Ibarra acreditava que o trabalho dos jornalistas assassinados poderia indicar pistas para entender o motivo dessa violência. Entre 2000 e 2023 pelo menos 162 jornalistas foram assassinados no México, de acordo com a ONG Artigo 19. Personificação da ameaça − No primeiro aniversário da compra do Twitter / X por Elon Musk, a organização de liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) voltou a se manifestar contra as mudanças adotadas pelo bilionário, que em sua opinião, transformaram a plataforma em um “santuário de desinformação”. A RSF disse que considera agora o X “a personificação da ameaça que as plataformas online representam para as democracias”. Outras organizações não-governamentais e analistas do mercado também aproveitaram a data para relembrar os tropeços e mudanças, incluindo a troca de nome para X, enquanto Elon Musk preferiu reafirmar sua visão de liberdade de expressão. Danos colaterais − A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lançou uma nova campanha global para tentar evitar a extradição de Julian Assange para os EUA pelo Reino Unido, onde uma audiência final que decidirá o destino do fundador do Wikileaks pode ser marcada a qualquer momento. Se o tribunal rejeitar o recurso de Assange, restará apenas a possibilidade de apelar ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Se for extraditado, ele pode ser condenado a até 175 anos de prisão, penas somadas dos 18 processos movidos pelo governo dos EUA devido ao vazamento de documentos confidenciais das guerras do Iraque e do Afeganistão. Proteção a jornalistas − O Chile está avançando na proteção de jornalistas e profissionais de comunicação: a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que regulamenta a proteção da profissão, que agora está tramitando no Senado. Com essa medida, o país sul-americano se coloca na vanguarda da legislação para proteger jornalistas em nível regional e global. Nathalie Castillo, deputada que apresentou o projeto de lei, falou à LatAm Journalism Review (LJR) sobre esse avanço e sobre o que ele representa para a segurança dos jornalistas no país. Esta semana em MediaTalks Elon Musk Steve Jurvetson/Wikipedia Commons CC BY 2.0

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