Edição 1.434 página 18 Centro-Oeste Brasília n O ministro da Secom Paulo Pimenta anunciou em 27/10 a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para discutir a participação social na comunicação pública. O anúncio foi feito durante uma reunião com o presidente interino da EBC, Jean Lima, e integrantes do extinto Conselho Curador da empresa. O conselho, que previa a participação da sociedade civil na EBC, foi extinto em 2016 por medida provisória do ex-presidente Michel Temer. “O anúncio desse GT é um alento depois de tanto tempo de espera pela retomada da EBC de fato pública. Mas precisamos garantir a participação da sociedade nessa discussão”, disse Akemi Nitahara, representante dos trabalhadores no conselho. “É a participação social que garante que os interesses da sociedade serão levados em conta na produção dos conteúdos”. u O GT será formado por três integrantes da Secom, três da diretoria da EBC, três representantes do antigo Conselho Curador da empresa e três das entidades representativas dos trabalhadores. Segundo a Secom, o objetivo do grupo é debater a participação social, definir diretrizes e propor medidas para o aprimoramento da comunicação. n Em audiência pública realizada em 26/10, na Câmara Federal, deputados, professores, empresários e sindicatos defenderam o diploma em jornalismo como remédio contra a desinformação e a divulgação de conteúdos falsos. Eles reforçaram a importância da aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 206/12) que reinstitui a obrigatoriedade do documento para o exercício da profissão no Brasil. “Em um cenário onde a gente tem a maioria da população se informando por redes sociais, nós precisamos qualificar cada vez mais o jornalismo praticado no Brasil”, disse Samira de Castro, presidente da Fenaj. u Para Armando Rollemberg, diretor da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a derrubada da exigência do diploma pelo STF em 2009 foi um retrocesso e alertou para consequências desastrosas para a sociedade. “O jornalismo é tudo que não tem a ver com a mentira. Dentro do jornalismo cabe a liberdade de expressão, mas na liberdade de expressão não cabe a mentira”, pontuou. “A mentira interesseira, odienta, articulada, em um pouco mais de 24 horas, pode trazer prejuízos enormes para a sociedade. Às vezes não é nem possível fazer uma retratação equivalente”, acrescentou. u Na mesma linha, Samuel Pantoja, presidente Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), chegou a citar dados de uma pesquisa que revela que um em cada cinco brasileiros acredita que a terra é plana, e que na mesma proporção, muitos brasileiros acreditam que vacinas fazem mais mal do que bem para crianças. Os deputados Amaro Neto (Republicanos-ES) e Daniel Trzecial (PSDB-RS), também jornalistas, defenderam a aprovação da PEC do diploma para o exercício da profissão. u Em análise na Câmara, a PEC 206/12, do Senado, prevê, no entanto, que o documento não será exigido de quem produz trabalho de natureza técnica, científica ou cultural na sua área de formação para ser divulgado em veículos de comunicação. Exemplos disso são advogados, médicos e técnicos de diversas áreas que escrevem artigos para jornais. A proposta também deixa claro que a exigência de diploma não se aplica a quem comprovar efetivo exercício da profissão na data de sua promulgação. (Com a Agência Câmara de Notícias) Secom cria GT para discutir participação social na comunicação pública A defesa do diploma de jornalismo como remédio contra notícias falsas Samira de Castro Renato Araujo/Câmara dos Deputados Vaivém-DF n Ayla Tapajós assinou com o setor de comunicação da Defensoria Pública da União (DPU). Antes, foi produtora de reportagem na TV Tapajós, afiliada da Globo no Pará. n Maycon Cantanhede é o novo trainee do Correio Braziliense. Está aprendendo sobre a rotina de produção em todas as áreas do jornal, em TV, impresso e redes sociais. Ele segue no cargo de repórter na Academia Amazônia. Curtas-DF n O Conselho de Comunicação da Câmara dos Deputados empossou quatro representantes da sociedade civil: Kátia Chagas, diretora de Comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná; Matheus Schuch, do grupo RBS em Brasília; Aline Braga, coordenadora especial de Conteúdo na Assembleia Legislativa de Sergipe; e Gustavo Ferenci, secretário municipal de Transparência e Controladoria de Porto Alegre. Ao tomarem posse, eles ressaltaram a importância de estimular a participação popular no processo legislativo. Ayla Tapajós Maycon Cantanhede Bruno Spada/Câmara dos Deputados Reunião do Conselho de Comunicação
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