Jornalistas&Cia 1434

Edição 1.434 página 13 Por dentro da Comunicação Pública “O recurso eficaz do storytelling em estratégias de comunicação pública pode melhorar significativamente a eficácia das mensagens e fortalecer a conexão entre as instituições e a população”. Assim avalia a especialista em produção de vídeos e consultora de comunicação Debora Garcia sobre a adoção do recurso nas peças produzidas pelas instituições e órgãos públicos. Pedagoga, com especializações em Gestão do Conhecimento e Empresarial, Debora atua há mais de 20 anos na área. “A construção de histórias promove transformações sociais”, explica Debora. “Toda vez que histórias autênticas são compartilhadas em campanhas ou peças de comunicação por instituições públicas é possível construir conexões emocionais com o público, simplificar informações complexas e humanizar as mensagens, reforçando a confiança e a credibilidade”. Encerrado em 18/10, o II Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação, organizado pela ABCPública em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi marcado pela ênfase na necessidade de tornar a comunicação pública a serviço da equidade e centralizada nas necessidades dos cidadãos. O combate à desinformação e o fortalecimento da democracia também foram desafios ressaltados pelos debatedores e palestrantes, levando em conta ainda o enfrentamento das corporações que dominam as redes sociais sem regulamentação de interesse público. A seguir, uma síntese do II Congresso: Premiações – Entrega do primeiro Prêmio de Comunicação Pública, instituído no I COMPública, em 2021, como forma de homenagear os profissionais que trabalham destacadamente pela Comunicação Pública. A professora e pesquisadora Heloiza Matos, doutora em Ciências da Comunicação, sócia-honorária da ABCPública, recebeu o Prêmio Beth Brandão de Comunicação Pública. O Prêmio Neuza Meller de Radiodifusão Universitária teve como vencedores a TV Unifor, pela reportagem Mundo black fortal; Josafá Bonifácio Neto, da Rádio UFS – Farinhada Sergipana; Soraya Fidelis, pelo documentário Memórias Afirmativas (TV UFMG). Lançamento de dois e-books (disponíveis na Biblioteca da ABCPública): Gestão da Comunicação Pública: estudos do X Encontro Brasileiro de Administração Pública, parceria entre a ABCPública e a Sociedade Brasileira de Administração Pública (SBAP). Comunicação Pública na Prática Política Contemporânea: Experiências, Fenômenos e Desafios para as Instituições, lançado em conjunto com a COMPOLÍTICA. Uma das ações mais sensíveis na gestão da comunicação pública é a prestação de contas aos órgãos de controle do Estado. A situação é mais complexa quando se precisa justificar os investimentos feitos na contratação de agências ou consultorias. Uma das ferramentas mais úteis nestes quesitos é a chamada business intelligence (BI), um conjunto de estratégias e técnicas empregadas nos setores público e privado, que auxiliam na concepção das ações comunicacionais do órgão e/ou empresa, assim como nas justificativas das iniciativas tomadas pelo gestor. O consultor de análise de dados Jamir Kinoshita, doutorando e mestre em Ciências da Comunicação, aponta que a BI pode fazer a diferença na prestação de contas do órgão público. Isso porque reúne sob um mesmo guarda-chuva a análise do monitoramento de mídia, a formatação de uma base de dados da organização, a concepção de conteúdos digitais, elaboração de materiais de divulgação estimulada (notas, releases, avisos de pauta); atendimento a demandas de jornalistas; preparação (briefing) e acompanhamento de porta-vozes; ações de Public Relations/Public Affairs, e a montagem e atualização de mailing de jornalistas e veículos de imprensa. É a velha e boa comunicação integrada, adaptada aos novos tempos da comunicação. Conforme Kinoshita, “a BI é uma forma de a comunicação mostrar seu valor, inclusive em termos financeiros, já que se trabalha com a ideia de horas de atividades, que devem ser avaliadas pela apresentação de materiais comprobatórios. No caso do poder público, colabora no processo de conferir transparência à coisa pública”. A prestigiada revista científica Organicom – Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, da Universidade de São Paulo (USP), nível A4 no Qualis-Capes 2017-2020, está com chamada aberta para submissão de artigos para o dossiê 45 (maio – agosto de 2024). Coordenada pelos editores convidados Jorge Duarte (vice-presidente de Relações Acadêmicas da ABC Pública) e Michele Goulart Massuchin (Universidade Federal do Paraná), o prazo limite para envio dos artigos é 17 de junho de 2024. Mais informações podem ser obtidas em https://www.revistas.usp.br/ organicom/announcement. Organicom está com chamada aberta para papers Bom storytelling faz a comunicação pública mais efetiva Business intelligence é ferramenta de estratégia e prestação de contas Comunicação pública no fortalecimento da democracia e na luta contra a desinformação Heloiza Matos Cláudia Lemos, presidente da ABCPública, destacou a importância da comunicação pública para a democracia

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