Edição 1.434 - 1 a 7 de novembro de 2023 n O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou nessa terça-feira (31/10) um canal para jornalistas denunciarem casos de agressão durante o exercício da profissão. Os registros serão recebidos pelo Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais, coordenado pela Secretaria Nacional de Justiça. u De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o processo para realizar denúncias no canal, disponível no site do ministério, é simples e parecido com um boletim de ocorrência. Segundo a coluna, de acordo com Augusto Botelho, secretário nacional de Justiça, basta a pessoa preencher os dados solicitados e o site a encaminhará para a delegacia responsável da área. u O observatório dividirá as denúncias nas seguintes categorias: Raça e Diversidade; Violência de Gênero; Assédio Judicial; Ataques Digitais e Protocolo de Proteção; e Caminhos Processuais e Protocolos Legais. u O secretário reforça que o canal visa sobretudo alcançar profissionais que atuem em veículos independentes: “Jornalistas, comunicadores, radialistas de cidades no interior sofrem bastante violência e muitas vezes estão desamparados. Então, a função do canal de denúncias também é que todos os comunicadores tenham uma resposta rápida”. n A Ponte Jornalismo lançou em 30/10 o Índice de Transparência da Letalidade Policial, que analisa de que forma as informações e dados sobre letalidade policial e mortes de policiais são divulgados nos canais oficiais de todos os estados do País. A construção e a metodologia do índice foram feitas pela equipe da Ponte em parceria com a Lagom Data. u No índice, a Ponte analisou o comportamento dos governos dos estados em relação à transparência ativa (publicação de informações sobre mortes por e de policiais) e a transparência passiva (pedidos de dados via Lei de Acesso à Informação). Os dados obtidos mostram que sete estados não informam sobre mortes cometidas pela polícia em seus sites oficiais, e 17 do total não publicam informações sobre mortes de policiais. u O levantamento da Ponte indicou ainda informações graves: apenas dez estados brasileiros informam tanto as mortes cometidas por policiais como as mortes de policiais, e muitas vezes sem detalhes relevantes sobre os casos. Com base nos dados do levantamento, a Ponte criou um sistema de pontuação para classificar os estados brasileiros em um ranking de transparência. São Paulo lidera o ranking, seguido por Pará e Rio Grande do Sul, empatados em segundo lugar. Acre, Rondônia e Roraima registraram nível de transparência zero. n O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux revogou em 25/10 censura feita a reportagem do site Intercept Brasil, em decisão liminar. Em setembro, a publicação, que falava sobre o assassinato da líder quilombola Mãe Bernadete, foi retirada do ar por determinação do Tribunal de Justiça da Bahia. u Segundo o Intercept, a remoção buscava ocultar a forma brutal com que a líder e seu filho, Binho do Quilombo, foram assassinados por pistoleiros e sua luta contra a instalação de um aterro sanitário da empresa Naturelle. O proprietário dela é o empresário Vitor Souto, filho do ex-governador da Bahia Paulo Souto. O lixão está localizado ao lado do território quilombola, Pitanga dos Palmares. u Na decisão, Fux defende que a liberdade de expressão permite a divulgação das informações contidas na reportagem. E acrescenta que no texto não há nenhuma parte justificável de censura: “No presente caso concreto, ao menos em sede de cognição não exauriente, não se verifica situação apta a possibilitar a excepcionalíssima intervenção do Poder Judiciário para a remoção de conteúdo jornalístico veiculado, com o tolhimento da liberdade de expressão e informação”. STF derruba censura de reportagem do Intercept Brasil Ponte Jornalismo lança Índice de Transparência da Letalidade Policial Governo Federal cria canal para jornalistas denunciarem agressões Michael Förtsch/Unsplash
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Edição 1.434 página 3 Últimas n O Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira já representa mais do que uma simples cerimônia de premiação; tornou-se um evento que celebra a diversidade e a luta antirracista no jornalismo do Brasil, reconhecendo os profissionais pretos do cenário jornalístico brasileiro. Ele não só tem promovido a igualdade racial, mas também reforçado o seu compromisso com a igualdade de gênero na mídia, impulsionada pela massiva representatividade das mulheres na premiação. u O prêmio é uma iniciativa inédita, que reconhece e celebra jornalistas negros e negras, assim como veículos de comunicação que se destacam na cobertura de pautas raciais e na luta antirracista. Promovido por este J&Cia em parceria com Neo Mondo, 1 Papo Reto e a Rede JP de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação, ele destaca a excelência no jornalismo e promove a diversidade e inclusão nas redações, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária. A cerimônia de entrega será em 13/11, às 18h, na Unibes Cultural, em São Paulo (rua Oscar Freire, 2.500), com transmissão pelo YouTube. u Marcelle Chagas, coordenadora da Rede JP, comunidade global composta majoritariamente por jornalistas negras, diz que esse compromisso se reflete na premiação, visto que a Rede JP, que atua com pilares como educação, representatividade e oportunidade, proporcionando uma série de inovações no segmento, surgiu em 2018 a partir de suas próprias experiências pessoais enquanto mulher negra no mercado de comunicação: “Ao longo de minha trajetória, percorri várias redações e empresas de comunicação, e sempre percebi a ausência de diversidade no ambiente de trabalho”. u Essa experiência pessoal de Marcelle ilustra a realidade que muitas jornalistas negras enfrentam, como apontam os dados do levantamento Perfil Racial da Imprensa Brasileira, conduzido pelo J&Cia. Os números evidenciam que o machismo e o racismo, quando combinados, afetam a vida profissional de 85% das jornalistas negras. Dentre elas, 52,3% ainda enfrentam descrença em suas vozes e 20,5% sofreram assédio sexual, enquanto 15,9% denunciaram discriminação e enfrentam disparidades salariais e obstáculos no avanço de suas carreiras. u Segundo Marcelle, o fato de ser mulher também se torna especialmente significativo na coordenação de um projeto que foi minuciosamente concebido, desenvolvido e implementado por elas: “Com frequência, enfrentamos a necessidade de reforçar a nossa presença para evitar que nossas vozes sejam subestimadas ou ignoradas”. u Esse cenário destaca a urgência de iniciativas como o Prêmio +Admirados, que não apenas reconhecem a excelência e contribuição das profissionais de comunicação, mas também trabalham para combater as barreiras sistêmicas que prejudicam suas carreiras. E esse compromisso não se reflete apenas na premiação, mas em toda a programação e homenagens. u Marcelle segue explicando que celebrar as conquistas das jornalistas negras e negros na premiação é de extrema importância por diversos motivos, visto que esse reconhecimento não apenas presta uma homenagem às realizações individuais, mas também ajuda a construir um registro visível das contribuições substanciais desses profissionais ao cenário jornalístico: “Quando jornalistas negras e negros são celebrados por seu mérito e excelência profissional, isso demonstra que eles são igualmente capazes e merecedores de reconhecimento e prestígio na indústria. Além do mais, contribuímos significativamente para o combate a estereótipos e preconceitos arraigados, que historicamente desvalorizaram o trabalho e a voz dos jornalistas pretos”. u Ainda de acordo com ela, essa valorização também serve como exemplo inspirador para outras mulheres negras que desejam seguir carreira no jornalismo. Ao verem as profissionais sendo celebradas, elas se sentem encorajadas a perseguir seus sonhos e superar obstáculos, contribuindo para a pluralidade, o enriquecimento do campo jornalístico e impactando também a formação da próxima geração de comunicadores no Brasil. Marcelle completa: “O reconhecimento das realizações dos jornalistas negras e negros não é apenas um ato de justiça, mas também uma forma de reparar as históricas adversidades e desigualdades que enfrentaram ao longo das décadas. Isso representa o reconhecimento do impacto positivo que esses profissionais têm na sociedade”. Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira Representatividade feminina é massiva entre os finalistas Premiação representa um compromisso na promoção da igualdade racial e de gênero na imprensa brasileira Marcelle Chagas
Edição 1.434 página 4 conitnuação - Últimas n O café da manhã que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu à imprensa no Palácio do Planalto em 27/10 teve 38 jornalistas de 38 veículos de comunicação. Com duração de cerca de 1h20, foi o quinto encontro do presidente com profissionais de imprensa desde janeiro deste ano. u Na reunião, Lula falou sobre os esforços do governo para retirar os brasileiros na zona de conflito da guerra entre Israel e Hamas, a meta fiscal de déficit zero para 2024, e a onda de violência por parte de milícias no Rio de Janeiro. Também estavam presentes no café da manhã a primeira- -dama Janja Silva, o secretário de imprensa José Chrispiano, o ministro da Secom Paulo Pimenta e o ministro da Secretaria-Geral Márcio Macêdo. O primeiro café da manhã dele com jornalistas foi em 12 de janeiro. Na ocasião, Lula reuniu-se com setoristas da Presidência, que cobrem o dia a dia do Palácio do Planalto. u Assista à íntegra do encontro. n A propósito desse evento, a Articulação pela Mídia Negra criticou em nota oficial não ter sido convidada a participar. Diz trecho da nota: “Embora saibamos que é importante destacar o papel do mercado jornalístico no reforço a desigualdade no campo da comunicação, já que as principais redações do País são compostas por 84% de pessoas brancas, o governo Lula também possui responsabilidade em suas decisões em relação à necessidade de abordagem do tema para melhorar a qualidade da informação e conter o avanço do discurso de ódio. Essa falta de representatividade é inaceitável e constitui um retrocesso prejudicial para toda a sociedade brasileira”. (Veja+) Café da manhã de Lula teve 38 jornalistas de 38 veículos de imprensa Rafa Neddermeyer/Agência Brasil n O abaixo-assinado liderado por este Jornalistas&Cia propondo que o nome do Padre Roberto Landell de Moura seja incluído no Bulevar do Rádio em São Paulo chegou nesta quarta- -feira (1º/11) a 1.056 assinaturas, superando a meta inicial. u O Bulevar do Rádio, concebido para homenagear os 100 anos de rádio no Brasil, está sendo implantado pela Prefeitura de São Paulo na rua Leôncio de Carvalho, próximo à av. Paulista, ao lado do Itaú Cultural, instituição que é uma das financiadoras do projeto, ao lado do Sesc-SP – curiosamente, perto de onde, em 1900, Landell fez a segunda experiência do mundo de transmissão de voz sem fio. u Nomes consagrados do jornalismo participaram do abaixo- -assinado, caso de Pedro Bial, Juca Kfouri, Carlos Tramontina, Carlos Alberto Sardenberg, Luís Nassif, José Paulo Kupfer, Gabriel Romeiro, Ricardo Kotscho, Wanderley Nogueira, Paulo Markun, Octavio Costa, Márcio Bernardes, Caio Túlio Costa, Carlos Eduardo Lins da Silva, Woile Guimarães, Vicente Alessi-Filho, Laerte Coutinho, Laurindo Leal Filho, Leão Lobo e Fernando Calmon, entre outros, além dos cineastas João Batista de Andrade e Tizuka Yamasaki e dos escritores Antonio Torres e Ricardo Ramos Filho. Também assinaram a petição o vereador por São Paulo Eliseu Gabriel e o ex-presidente da Fundação Padre Anchieta Marcos Mendonça. u O abaixo-assinado deverá ser encaminhado na próxima semana às quatro instituições envolvidas no projeto: Prefeitura de São Paulo, Secretaria de Urbanismo e Licenciamento, Itaú Cultural e Sesc-SP. Abaixo-assinado sobre a inclusão de Landell de Moura no Bulevar do Rádio ultrapassa 1.000 assinaturas Nacionais n Jordana Araújo assinou com a TV Globo e integrará a equipe de comentaristas esportivos da emissora. Ela pediu demissão da Bandeirantes na última semana, mas vai cumprir compromissos já assumidos antes de deixar a emissora. A informação é do F5 (Folha de S.Paulo). u Jordana participará de transmissões de futebol masculino e feminino. A Globo deve exibir em 2024 mais de 100 jogos de futebol feminino na TV aberta e no SporTV. Jordana fazia comentários sobre futebol no programa Band Esporte Clube, nas tardes de sábado. Ela também atuava como repórter na Band News FM e comentava jogos do Campeonato Paulista feminino e masculino no YouTube. u A contratação de Jordana faz parte de uma renovação que a Globo está fazendo em seu departamento de Esportes. No último ano, a emissora contratou Luiz Teixeira, apresentador do Tá On, do SporTV, e Alline Calandrini e Isabely Morais, que trabalharam na cobertura e transmissões do futebol feminino. Globo contrata Jordana Araújo para a equipe de Esportes Jordana Araújo Instagram
Edição 1.434 página 5 n A Agência Pública lançou a série Reportagens para Ouvir, que possibilita aos leitores escutarem determinadas reportagens da agência com leitura feita por Inteligência Artificial, em áudios de 8 a 20 minutos. u A leitura das reportagens é feita com voz e cadência que soam naturais e engajantes. A voz escolhida para o projeto é de Mariana Simões, jornalista que narrou os podcasts Histórias que Ninguém te Conta e Cientistas na Linha de Frente, produções originais da Agência Pública. Toda semana haverá um novo conteúdo no Reportagens para Ouvir. u Este projeto de IA é finalista do Applied AI Journalism Challenge, da Open Society Foundations. A equipe da Pública vai apresentar a iniciativa na Tailândia, em novembro, no festival Splice Beta, que celebra inovações no jornalismo. A Pública informa ter uma política para uso de Inteligência Artificial, seguindo outros veículos jornalísticos que já haviam adotado uma, como Núcleo Jornalismo e Agência Tatu. Agência Pública lança projeto de leitura de reportagens por Inteligência Artificial Agência Pública Nacionais EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação Em comemoração ao mês da consciência negra, a jornalista Joyce Ribeiro participa de evento em Campos do Jordão para falar sobre o seu livro Chica da SIlva, que conta a história da escrava que se tornou uma das mulheres mais ricas e poderosas do Brasil colonial, influente até a contemporaneidade. (Saiba+) União de mais de 56 organizações de todo o Brasil, a Articulação pela Mídia Negra entregou pessoalmente no início do ano um documento com propostas de políticas públicas de comunicação para do Governo Federal e agora alerta sobre a necessidade de mudanças que ainda não foram implementadas. (Veja a íntegra) Joyce Ribeiro Divulgação Divulgação Joyce Ribeiro fala sobre Chica da Silva Falta diversidade nas reuniões com a imprensa no Governo Lula
Edição 1.434 página 6 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Há exagero nos alertas sobre riscos de o uso extensivo da inteligência artificial generativa ampliar a desinformação? Para Felix M.Simon, pesquisador do Oxford Internet Institute, a resposta é sim. Ele é o autor principal de um paper publicado na semana passada na Harvard Kennedy School Misinformation Review, defendendo que os efeitos serão, na melhor das hipóteses, modestos. Simon diz ter tomado como referência estudos recentes de comunicação e também de ciência cognitiva e ciência política para «desafiar a opinião dos principais investigadores de IA de que a facilidade de criar conteúdos realistas, mas falsos e enganosos, levará a resultados potencialmente catastróficos, influenciando crenças e comportamentos e a democracia de forma ampla”. O pesquisador ressalta que o objetivo do trabalho não é descartar inteiramente as preocupações em torno da inteligência artificial generativa, mas sim evitar que o debate seja motivado pelo que chama de “pânicos morais”, injetando algum “ceticismo saudável” nas conversas e em projetos de regulamentação. Um de seus argumentos é que o aumento da oferta da desinformação facilitada pela IA generativa não significa necessariamente que as pessoas a consumirão mais ou acreditarão mais em informações manipuladas. “A maior parte das pessoas já está pelo menos minimamente exposta a esses conteúdos, e a desinformação já “funciona” sem necessidade de mais realismo”, diz o paper. Simon também duvida dos efeitos da entrega de desinformação direcionada a usuários usando ferramentas de IA. Ele afirma que evidências científicas sugerem que a personalização da desinformação tem efeitos limitados na maioria dos destinatários, uma vez que as pessoas não prestam tanta atenção nessas mensagens. Desinformação e IA: o medo é exagerado? Pesquisador de Oxford acha que sim O estudo foi publicado uma semana antes da realização de uma cúpula de líderes globais convocada pelo governo do Reino Unido para debater o futuro da inteligência artificial sob a perspectiva da segurança pública, nos dias 1º e 2 de novembro. A iniciativa tem um componente político: a tentativa do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak de consolidar o país como “líder global em segurança de IA” é claramente uma forma de lustrar a castigada imagem da atual administração com um tema hype. Só que os EUA saíram na frente: dois dias antes da abertura da cúpula de Sunak − com a presença de menos líderes globais do que ele esperava −, Joe Biden assinou um abrangente decreto com exigências para as empresas de IA e propostas de regulamentação para guiar os passos futuros, tanto no Congresso americano quanto em outros países, que podem se inspirar no modelo. A decisão dos EUA de se anteciparem também é política. Em vez de unir forças, Biden fez um voo solo que esvazia as pretensões de liderança do primeiro-ministro britânico no debate sobre a IA segura. Outra coisa que ambos têm em comum é o tom alarmista. Uma das justificativas de Biden para o decreto é o medo das deepfakes. Na apresentação das medidas, ele se disse assustado depois de assistir a um vídeo falso de si mesmo, que classificou de mind blowing (estarrecedor, em tradução livre). Nem todos compartilham da visão alarmista. A organização não-governamental The Citizens criou uma conferência paralela, The People’s Summit for AI Safety, em oposição ao que mais de 100 entidades que assinaram um manifesto conjunto classificaram como “evento a portas fechadas dominado pelas Big Techs e focado em riscos especulativos”. A revista Wired tachou a cúpula do governo de “bagunça obcecada pela desgraça», ecoando a opinião do pesquisador Felix M.Simon sobre os exageros, que se encaixam bem em narrativas com fins políticos. O problema é que isso não ajuda a encontrar caminhos para explorar os benefícios da IA generativa em várias áreas, incluindo no ecossistema de informação, neutralizando-se os riscos potenciais. “O tempo dirá se as manchetes alarmistas sobre a IA generativa serão justificadas ou não. Mas, independentemente do resultado, a discussão sobre o impacto da tecnologia na desinformação seria mais produtiva se fosse mais plural e baseada em evidências, especialmente no contexto das regulamentações em curso”, disse o pesquisador de Oxford. O estudo completo pode ser lido aqui. https://br.freepik.com/
Edição 1.434 página 7 conitnuação - MediaTalks Compre seu exemplar de colecionador Informações Bruna Valim ([email protected]) ou Clara Francisco ([email protected]) Tiragem limitada R$ 150,00 Ataque deliberado − A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmou em 29/10 que os ataques que feriram vários profissionais de imprensa e custaram a vida de um cinegrafista da Reuters na fronteira do Líbano com Israel no dia 13 de outubro teriam sido deliberados, “visando explicitamente os veículos de jornalistas”. A organização fez uma investigação e divulgou um vídeo de reconstrução da tragédia que resultou na morte de Issam Abdallah em Alma el- -Chaab, reunindo depoimentos de testemunhas, cenas filmadas no local que mostram um helicóptero sobrevoando o grupo e análises de especialistas em balística. Duas equipes que estavam próximas foram atingidas. Em ambas havia profissionais de diversos meios de comunicação, incluindo a Al Jazeera, rede árabe de propriedade do governo do Catar, que tem sido objeto de pesadas críticas do governo de Israel pela sua cobertura do conflito em Gaza. Jornalismo mortal − Quando a jornalista mexicana Alejandra Ibarra começou em 2018 a construir o projeto Defensores da Democracia, que busca preservar e catalogar o trabalho publicado por jornalistas assassinados em seu país, uma de suas principais preocupações era entender por que o México era uma nação tão violenta para a imprensa, apesar de ser uma democracia com todas as garantias da lei. Junto com a equipe do Defensores da Democracia, Ibarra acreditava que o trabalho dos jornalistas assassinados poderia indicar pistas para entender o motivo dessa violência. Entre 2000 e 2023 pelo menos 162 jornalistas foram assassinados no México, de acordo com a ONG Artigo 19. Personificação da ameaça − No primeiro aniversário da compra do Twitter / X por Elon Musk, a organização de liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) voltou a se manifestar contra as mudanças adotadas pelo bilionário, que em sua opinião, transformaram a plataforma em um “santuário de desinformação”. A RSF disse que considera agora o X “a personificação da ameaça que as plataformas online representam para as democracias”. Outras organizações não-governamentais e analistas do mercado também aproveitaram a data para relembrar os tropeços e mudanças, incluindo a troca de nome para X, enquanto Elon Musk preferiu reafirmar sua visão de liberdade de expressão. Danos colaterais − A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lançou uma nova campanha global para tentar evitar a extradição de Julian Assange para os EUA pelo Reino Unido, onde uma audiência final que decidirá o destino do fundador do Wikileaks pode ser marcada a qualquer momento. Se o tribunal rejeitar o recurso de Assange, restará apenas a possibilidade de apelar ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Se for extraditado, ele pode ser condenado a até 175 anos de prisão, penas somadas dos 18 processos movidos pelo governo dos EUA devido ao vazamento de documentos confidenciais das guerras do Iraque e do Afeganistão. Proteção a jornalistas − O Chile está avançando na proteção de jornalistas e profissionais de comunicação: a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que regulamenta a proteção da profissão, que agora está tramitando no Senado. Com essa medida, o país sul-americano se coloca na vanguarda da legislação para proteger jornalistas em nível regional e global. Nathalie Castillo, deputada que apresentou o projeto de lei, falou à LatAm Journalism Review (LJR) sobre esse avanço e sobre o que ele representa para a segurança dos jornalistas no país. Esta semana em MediaTalks Elon Musk Steve Jurvetson/Wikipedia Commons CC BY 2.0
Edição 1.434 página 8 Comunicação Corporativa n Cento e trinta e cinco cases, dos 309 inscritos, classificaram- -se para a final da edição 2023 do Prêmio Jatobá PR, integrando as 31 shortlists da premiação. O julgamento estendeu-se dos dias 5 a 24 de outubro e envolveu 65 profissionais. A edição, que bateu recordes de inscrições, registrou a participação de 24 Grandes Agências (que inscreveram 103 cases), 43 Agências-Butique (106 cases) e 49 Organizações Empresariais e Públicas (100 cases). u Confira neste link todos os detalhes da premiação e as shortlists do Jatobá PR 2023. u O tradicional jantar de premiação, marcado para 5 de dezembro, será novamente no Renaissance Hotel, em São Paulo. O evento será por adesão e a compra de lugares e mesas já está liberada e seguirá aberta até se completar a capacidade máxima do Salão. Grupos que adquirirem mesa (dez lugares) terão desconto de 10% no total da compra; e os que optarem por meia mesa (cinco lugares), terão desconto de 5% (clique aqui para comprar). n Neivia Justa foi anunciada na última semana como titular da recém-criada Diretoria de Comunicação e Marketing da FSB Holding. Terá a missão, como diz comunicado da empresa, “de criar uma estratégia integrada de comunicação e marketing para posicionar e fortalecer a reputação e o crescimento da FSB holding – e suas dez marcas – como um ecossistema único e irreplicável”. Vencedora do Troféu Mulher Imprensa e do Prêmio Aberje, Neivia foi uma das primeiras profissionais mulheres a receber o título de Top Voice no LinkedIn, onde hoje tem mais de 85 mil seguidores e mais de 246 mil assinantes de seus artigos no Brasil e no mundo. u Marcos Trindade, CEO da FSB Holding, ressalta que “os últimos anos foram intensos. Dobramos o tamanho da área privada, consolidamos novas marcas no nosso ecossistema e alcançamos o melhor desempenho da nossa área de atendimento público da nossa história. Tornamos o nosso modelo de negócio irreplicável. Logo, precisamos de uma profissional capaz de zelar pela nossa imagem, assim como fazemos com nossos clientes. Para que a nossa reputação acompanhe, nos mesmos passos, as transformações que realizamos e que ainda vamos realizar. Por isso criamos essa nova diretoria. E a Neivia certamente é a profissional ideal para conduzir este desafio”. n Eduardo Lutz, que vive desde junho de 2022 em Oslo, na Noruega, como executivo da Hydro, está de cargo novo na empresa. Foi promovido de senior global brand & marketing manager a head global de brand communications. Nesta função, passa a liderar os esforços de proteção, promoção e posicionamento da empresa nos mais de 30 países onde está presente. n Juliana Morato Menezes, coordenadora de atendimento e comunicação, há quase sete anos e meio na Piracanjuba, foi promovida em outubro a gerente de comunicação corporativa. Com recorde de cases, Prêmio Jatobá PR anuncia os finalistas de 2023 Neivia Justa assume diretoria inédita na FSB Holding Neivia Justa e Marcos Trindade Internacional Eduardo Lutz passa a head global de brand communications na Hydro, em Oslo Eduardo Lutz Fábia Prates Brasília n Fábia Prates, ex-FSB, Rede e InPress Oficina, que também atuou em campanhas políticas, começou há alguns meses como redatora na equipe da Presidência da República. Goiás Juliana Morato Menezes assume a Gerência de Comunicação Corporativa da Piracanjuba Juliana Morato Menezes
Edição 1.434 página 9 conitnuação - Comunicação Corporativa n Ana Paula Silva, especialista em comunicação e relações públicas, está de trabalho novo. Deixou a LG Eletronics, em que esteve por dois anos e sete meses, até setembro, e assumiu logo na sequência a Gerência de Marketing e Comunicação da Chint, fabricante chinesa de aparelhos elétricos e eletrônicos. Ela também já foi de Ford e ABB Brasil. n Alessandra Fonseca, ex-diretora de comunicação e public affairs da Norsk Hydro, que também liderou a comunicação de BG Brasil, GE Oil & Gas e International Paper, começou em outubro na função de business communication partner no Departamento de Estratégia de Comunicação da Aramco. E mais... n Júlia Bauduin, especialista de comunicação e design, despediu-se em junho da Imagem Corporativa, agência em que atuou por dois anos e nove meses, e em julho começou como coordenadora de reputação e inteligência de dados na Firjan. Ela também já esteve na Casa da Moeda (sete meses) e na Vale (três anos e três meses). Rio Grande do Sul n Matheus Moraes, que esteve em atividade editorial no Grupo RBS por nove meses, até outubro, integrou-se na sequência ao time de consultores da Propósito Comunicação, em Passo Fundo. Rio de Janeiro Alessandra Fonseca começa na Aramco Alessandra Fonseca Júlia Bauduin Matheus Moraes São Paulo Ana Paula Silva assume comunicação e marketing da chinesa Chint... n Daniele Lopes assumiu em setembro a Gerência de Comunicação e RP da EY. Chega após quase um ano e meio como head de marketing e consultoria na Cosafe Latam, e período semelhante em que foi, anteriormente, gerente de marketing e comunicação da Total Express. Ana Paula Silva ... e Daniele Lopes, comunicação e RP da EY Daniele Lopes E mais... n Alice Valdetaro, que esteve por quase três anos na Weber Shandwick, até abril, começou em junho como gerente de PR na Malu Marino Communications, especializada no mercado de luxo. n Camila Oliveira, que foi da Fala Criativa e conta duas passagens pela Pros, a última até julho, está agora como diretora da Agência Expresso RP. n Fernanda Valadas despediu- -se em agosto da Fábrica News Comunicação, onde atuou por oito meses como freelance, e na sequência integrou-se ao time de executivos da agência Pub, na função de relações públicas. Ela também já esteve em Approach (um ano) e Ideal H+K Strategies (três anos e oito meses). n Giovanna Viera Novaes integrou-se em setembro ao time de comunicação do Hospital Sírio-Libanês, na função de analista de comunicação para investimentos sociais. Ali chegou após dois anos e nove meses como executiva da JeffreyGroup. Alice Valdetaro Camila Oliveira Fernanda Valadas Giovanna Vieira Novaes
Edição 1.434 página 10 conitnuação - Comunicação Corporativa n Heloisa Fantini começou em outubro como executiva pleno na Edelman, para o atendimento ao cliente Cidade Center Norte (Lar Center e Expo Center Norte). Vem de jornada de pouco mais de dois anos na Máquina CW, onde atendeu a C&A e Tenda Atacado. n Henrique Gonçalves, supervisor na JeffreyGroup, deixou a agência em junho, após um ano e nove meses de casa. Na sequência, começou como gerente de comunicação na RPMA. Em jornadas anteriores, ele foi de Hill + Knowlton Brasil e Weber Shandiwick. n Juliana Gonçalez Justi Pedott integrou-se em setembro ao time da Latam Airlines, contratada como consultora sênior de sustentabilidade e impacto social. Foi anteriormente da Augen Energia, tendo ali atuado por um ano e três meses. n Larissa Rodrigues, analista de comunicação interna, deixou a Claro, onde esteve por pouco mais de dois anos, até setembro, e logo em seguida iniciou nova jornada como analista pleno de comunicação e reputação corporativa na Natura&Co. n Lívia de Vivo, às vésperas de completar dois anos de companhia, foi promovida de especialista a gerente de comunicação corporativa na Colgate-Palmolive. Em sua jornada anterior, esteve por cinco anos e meio na Brunswick, consultoria britânica em que atendeu a clientes como Grupo Carrefour, Bayer, PepsiCo e Chevron Corporation. Heloisa Fantini Henrique Gonçalves Juliana Pedott Larissa Rodrigues Lívia de Vivo Maria Eduarda Eurich Mauricio Rodrigues Patricia Trindade Rodrigo Freire Fascina n Maria Eduarda Eurich cumpriu estágio em relações com a mídia pelo período de dez meses na Mapa360 e em setembro foi efetivada na agência no cargo de assistente de comunicação em relações com a mídia. n Mauricio Rodrigues começou em junho como assessor de imprensa na C2 Sports, que tem vários atletas do futebol como clientes. n Patricia Trindade, ex-Economídia, DFreire e LLYC, deixou a NR7 em outubro, após dez meses de casa, e está agora como repórter na TV Eventos. n Rodrigo Freire Fascina começou em agosto como analista
Edição 1.434 página 11 conitnuação - Comunicação Corporativa de marketing pleno (parcerias e revista) na Gol Linhas Aéreas. Ali chegou após jornada de dois anos e dez meses na InPress Porter Novelli, agência em que foi estagiário e assistente. n Tassia Arrais entrou em junho para o time de RP da Coletiva Comunicação, após dois anos e meio de atuação na Agência ABCM. n Vinícius Siqueira integrou-se em agosto ao time de executivos da Theogames, após um ano e três meses como estagiário na Motim. Tassia Arrais Vinícius Siqueira Dança das contas n A Trama Comunicação passou a atender à Supera Holdings, especializada em soluções estratégicas para indústria, varejo e serviços, com mais de sete mil colaboradores. No atendimento, Giovana Telles, que acaba de chegar, vinda da PiaR, onde atuou por quase dois anos e meio, com gerência de Fábio Saulo Costa e direção da CEO Leila Gasparindo. n Também a Vianews tem novidade em carteira: a Objective, multinacional brasileira, fundada em 1995 e que hoje conta com mais de 500 especialistas, atuando em inovação, governança e criação de soluções e experiências digitais. Tem sede em São Paulo e escritórios em Maringá, Curitiba e, fora do Brasil, em Portugal e Estados Unidos. n A LAM Comunicação incorporou à sua carteira de clientes, agora em outubro, as contas de Cristalina Saneamento e Sanea Ambiental, ambas no setor de saneamento e água; o projeto Yom Kids, startup que desenvolveu um aplicativo para yoga infantil; a Rede Muda Mundo; Linhas Corrente, antiga Coats Corrente; no segmento de varejo, a gestora de private equity H2 Asset, que comprou a Coats; e a Imcopa, do setor de agronegócios. u Cristalina terá atendimento de Karla Konda, com supervisão de Robson Gisoldi e Mariana Spezia, e do sócio Luiz Antonio Magalhães. Sanea Ambiental contará com o suporte de Denis Kuck e Karla, mais a coordenação de Rodrigo Scapolatempore e Robson. Yom Kids passa a ser atendida por Maria Fernanda Salla, com coordenação de Mariana. Já a Rede Muda Mundo será atendida por Martha Corrêa, Rodolfo Milone e Thuany Motta, com envolvimento de todos os diretores da agência e de Magalhães. Linhas Corrente terá o atendimento de Karla, com supervisão de Mariana. H2 Asset, supervisão do sócio e atendimento de Denis Kuck, mesma dupla que estará com a Imcopa. n A Ink Comunicação celebra a conquista de três contas nas áreas de tecnologia e varejo. Em tecnologia, assumiu o marketing digital da Rimini Street, provedora global de produtos e serviços de software empresarial; e da Levee, plataforma pioneira em inteligência artificial para a área de RH no Brasil, com atuação na construção das marcas no ambiente digital. A agência também assumiu relações com a imprensa da Soldiers Nutrition, que atua em suplementos alimentares no modelo de venda online em plataforma própria. n A 2PRÓ Comunicação, de Myrian Vallone, é a nova agência de RP da Avanade, fornecedora de serviços digitais, com soluções e experiências lideradas por design no ecossistema da Microsoft. Guilherme Kamio ([email protected]) ficará à frente do atendimento junto à diretora de atendimento Roseanne Café (roseanne. cafe@), com o suporte da diretora de núcleo Giuliana Vallone (giuliana.vallone@). n A Communica Brasil passou a cuidar da assessoria de imprensa do Instituto Vera Cruz, instituição que acaba de lançar o curso de graduação de Escrita Criativa, que oferece ensino personalizado e voltado à prática da escrita, com ênfase nas questões literária e humanística. No atendimento, Marcela Martinez (marcela@ communicabrasil.com.br) e Cássia Cunha (cassia@), com direção de Andrea Funk (andrea@). n A Prestige conquistou a conta da Ótica Ventura e será responsável pela marca institucional e pelo relacionamento com a imprensa e influenciadores digitais, além de ser responsável pela divulgação de lançamentos e novidades. Outras informações com Isadora Krauel (isadora. [email protected]) e Kátia Costa (katia.costa@). HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR?
Edição 1.434 página 12 conitnuação - Comunicação Corporativa n Cinco dos cerca de 50 profissionais de todo o mundo já escalados para atuar no júri da edição 2024 do PRWeek Global Awards são brasileiros: Ciro Dias Reis (Imagem Corporativa), Claudia Daré (Latam Intersect PR), Marcio Cavalieri (RPMA Comunicação), Ricardo César (Ideal) e Zé Schiavoni (Weber Shandwick). u A premiação conta com 34 categorias, e as inscrições estão abertas e vão até 25 de janeiro, com cerimônia de entrega marcada para 15 de maio de 2024, no London Marriott Hotel Grosvenor Square, em Londres. Pelo mercado Os cinco jurados brasileiros do PRWeek Global Awards Ciro Dias Reis Claudia Daré Marcio Cavalieri Ricardo César Zé Schiavoni E mais... n A 4CO Comunicação está entre as finalistas do ICCO Global Awards 2023, na categoria de Agência do Ano − Pequenas e Médias. O reconhecimento é concedido pela Associação Internacional das Empresas de Comunicações (ICCO). Juntamente com a 4CO, estão a Kurio, da Finlândia, SiteMedia Consultancy, da Bulgária, Milk & Honey PR, do Reino Unido, e a asiática Rice Communications, de Singapura. u Entre as grandes agências as finalistas são: FleishmanHillard e WE Communications, dos EUA, DNA Brand Architects, da África do Sul, Value 360 Communications e On Purpose, da Índia, e Cavendish e Smarts, do Reino Unido. u As vencedoras serão anunciadas em 29 de novembro. n O Escritório de Consultoria e Comunicação Ecco, fundado e dirigido por Silvania Dal Bosco, está celebrando 20 anos de mercado e mais de 50 clientes atendidos no período. Pingos nos is – Devido a um problema de montagem, já resolvido, a entrevista de Malu Weber em J&Cia 1.433 saiu truncada. Confira aqui a versão correta. n João Gabriel Santarém informa que o cargo dele, publicado em J&Cia 1.433, é executivo de contas da Edelman. A nota informou que ele chegou para integrar o time de executivos da agência, mas não especificou que era de contas. Silvania Dal Bosco Padre Landell de Moura Assine aqui o abaixo assinado pleiteando a inclusão do nome dele no Bulevar do Rádio, que a Prefeitura de São Paulo está construindo na região da Av. Paulista
Edição 1.434 página 13 Por dentro da Comunicação Pública “O recurso eficaz do storytelling em estratégias de comunicação pública pode melhorar significativamente a eficácia das mensagens e fortalecer a conexão entre as instituições e a população”. Assim avalia a especialista em produção de vídeos e consultora de comunicação Debora Garcia sobre a adoção do recurso nas peças produzidas pelas instituições e órgãos públicos. Pedagoga, com especializações em Gestão do Conhecimento e Empresarial, Debora atua há mais de 20 anos na área. “A construção de histórias promove transformações sociais”, explica Debora. “Toda vez que histórias autênticas são compartilhadas em campanhas ou peças de comunicação por instituições públicas é possível construir conexões emocionais com o público, simplificar informações complexas e humanizar as mensagens, reforçando a confiança e a credibilidade”. Encerrado em 18/10, o II Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação, organizado pela ABCPública em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi marcado pela ênfase na necessidade de tornar a comunicação pública a serviço da equidade e centralizada nas necessidades dos cidadãos. O combate à desinformação e o fortalecimento da democracia também foram desafios ressaltados pelos debatedores e palestrantes, levando em conta ainda o enfrentamento das corporações que dominam as redes sociais sem regulamentação de interesse público. A seguir, uma síntese do II Congresso: Premiações – Entrega do primeiro Prêmio de Comunicação Pública, instituído no I COMPública, em 2021, como forma de homenagear os profissionais que trabalham destacadamente pela Comunicação Pública. A professora e pesquisadora Heloiza Matos, doutora em Ciências da Comunicação, sócia-honorária da ABCPública, recebeu o Prêmio Beth Brandão de Comunicação Pública. O Prêmio Neuza Meller de Radiodifusão Universitária teve como vencedores a TV Unifor, pela reportagem Mundo black fortal; Josafá Bonifácio Neto, da Rádio UFS – Farinhada Sergipana; Soraya Fidelis, pelo documentário Memórias Afirmativas (TV UFMG). Lançamento de dois e-books (disponíveis na Biblioteca da ABCPública): Gestão da Comunicação Pública: estudos do X Encontro Brasileiro de Administração Pública, parceria entre a ABCPública e a Sociedade Brasileira de Administração Pública (SBAP). Comunicação Pública na Prática Política Contemporânea: Experiências, Fenômenos e Desafios para as Instituições, lançado em conjunto com a COMPOLÍTICA. Uma das ações mais sensíveis na gestão da comunicação pública é a prestação de contas aos órgãos de controle do Estado. A situação é mais complexa quando se precisa justificar os investimentos feitos na contratação de agências ou consultorias. Uma das ferramentas mais úteis nestes quesitos é a chamada business intelligence (BI), um conjunto de estratégias e técnicas empregadas nos setores público e privado, que auxiliam na concepção das ações comunicacionais do órgão e/ou empresa, assim como nas justificativas das iniciativas tomadas pelo gestor. O consultor de análise de dados Jamir Kinoshita, doutorando e mestre em Ciências da Comunicação, aponta que a BI pode fazer a diferença na prestação de contas do órgão público. Isso porque reúne sob um mesmo guarda-chuva a análise do monitoramento de mídia, a formatação de uma base de dados da organização, a concepção de conteúdos digitais, elaboração de materiais de divulgação estimulada (notas, releases, avisos de pauta); atendimento a demandas de jornalistas; preparação (briefing) e acompanhamento de porta-vozes; ações de Public Relations/Public Affairs, e a montagem e atualização de mailing de jornalistas e veículos de imprensa. É a velha e boa comunicação integrada, adaptada aos novos tempos da comunicação. Conforme Kinoshita, “a BI é uma forma de a comunicação mostrar seu valor, inclusive em termos financeiros, já que se trabalha com a ideia de horas de atividades, que devem ser avaliadas pela apresentação de materiais comprobatórios. No caso do poder público, colabora no processo de conferir transparência à coisa pública”. A prestigiada revista científica Organicom – Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, da Universidade de São Paulo (USP), nível A4 no Qualis-Capes 2017-2020, está com chamada aberta para submissão de artigos para o dossiê 45 (maio – agosto de 2024). Coordenada pelos editores convidados Jorge Duarte (vice-presidente de Relações Acadêmicas da ABC Pública) e Michele Goulart Massuchin (Universidade Federal do Paraná), o prazo limite para envio dos artigos é 17 de junho de 2024. Mais informações podem ser obtidas em https://www.revistas.usp.br/ organicom/announcement. Organicom está com chamada aberta para papers Bom storytelling faz a comunicação pública mais efetiva Business intelligence é ferramenta de estratégia e prestação de contas Comunicação pública no fortalecimento da democracia e na luta contra a desinformação Heloiza Matos Cláudia Lemos, presidente da ABCPública, destacou a importância da comunicação pública para a democracia
Edição 1.434 página 14 AUTO Patrocínio n O Estadão e o Grande Prêmio (GP), site especializado em automobilismo, anunciaram uma parceria de conteúdo para a cobertura do setor. Por ela, o conteúdo do GP será também publicado nas plataformas do Estadão. u “Acreditamos que essa parceria beneficiará veículos e leitores, já que o Estadão poderá oferecer um conteúdo ainda mais especializado para os amantes do automobilismo, ao passo que a Grande Prêmio terá a oportunidade de expandir sua audiência”, escreveram os veículos em nota conjunta. u A parceria entre Estadão e Grande Prêmio surge após acordo judicial entre os dois veículos para resolver o caso de plágio de ao menos 47 publicações do GP por parte do Estadão durante dois meses e meio, de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022. Os termos do acordo correm em segredo de Justiça. u Sobre o ocorrido, o Estadão escreveu que o plágio “teve por protagonista um ex-colaborador do Estadão, cuja conduta inadvertida causou prejuízos aos dois veículos. (…) Repudiamos qualquer prática de plágio e combateremos de forma veemente este tipo de comportamento. Estamos certos de que essa nova parceria será frutífera e esperamos contar com a confiança e o apoio de nossos leitores nessa nova jornada”. PELAS REDAÇÕES Estadão e Grande Prêmio anunciam parceria de conteúdo para cobertura de automobilismo n Frota&Cia, publicação especializada no mercado de transporte e logística, comemorou em outubro 30 anos de existência com uma edição especial. A publicação, inclusive, também chegou à marca de 250 edições. u “A trajetória de sucesso de Frota&Cia ao longo de três décadas revela o compromisso da SF Comunicação e Eventos de estar sempre à frente do seu tempo, através da oferta de produtos inovadores que contribuam efetivamente para o desenvolvimento da atividade do transporte rodoviário em nosso país”, declarou José Augusto Ferraz, diretor de Redação. “Por essa razão, Frota&Cia ascendeu da condição de revista especializada para um completo ecossistema de informações voltado a esse público-alvo, abrangendo as mais diversas plataformas de comunicação”. u Além de Ferraz, integram a equipe de redação da Frota&Cia Victor Fagarassi e Priscila Ferreira. Solange Sebrian dirige a área comercial, assessorada por Vanuza Amorim e Edna Amorim. A empresa tem hoje três núcleos de produção de conteúdo: a divisão de Publicações, que abriga a própria revista Frota&Cia, além do Caderno ÔNIBUS e dos Guias de Serviços Frota&Cia; o braço de Mídia Digital, responsável pelo portal Frota&Cia, pelos canais de vídeos e podcasts, e pela newsletter diária; e uma divisão de Eventos, responsável pelo Prêmio Lótus, o Prêmio Campeão de Revenda e o Prêmio Top Five Implementos Rodoviários. u Leia a edição especial aqui. Frota&Cia comemora 30 anos de trabalho e 250 edições n Roberto Braun é o novo diretor de Comunicação da Toyota. Ele também assume a presidência da Fundação Toyota do Brasil e será porta-voz de assuntos relacionados à área de ESG da montadora. Braun substitui a Viviane Mansi, que em decisão conjunta deixou a empresa após cinco anos de casa. u Profissional com mais de 27 anos de experiência no setor, Braun é engenheiro mecânico com pós-graduação em Administração de Empresas e Gestão de Marketing e MBA em Comércio Internacional. Sua primeira passagem na Toyota foi de 2004 a 2016, período em que atuou como gerente de Relações Governamentais. Em 2019, retornou como diretor de Assuntos Regulatórios e Governamentais, cargo que ocupou por mais de quatro anos, até recentemente. u “Iniciar esta nova fase na Toyota só reforça minha certeza de estar trilhando um caminho de sucesso na empresa. É um desafio que abraço com o propósito de manter o relacionamento de maneira transparente e de mútua confiança com os diferentes públicos”, declarou Braun. “Queremos tornar ainda mais conhecida a estratégia de eletrificação da empresa e nossa proposta de mobilidade e compromisso de descarbonização. u No texto de despedida que postou no Linkedin, Viviane fez um balanço de sua trajetória na Toyota e ressaltou: “Mudar não é fácil. Aceitar o desafio de fazer uma mudança numa marca com um estilo tão marcante me trouxe uma experiência digna de nota. Não seguro um sorriso largo a cada depoimento de ‘antes e depois’ que eu recebo. Não me refiro apenas à comunicação e a ESG, mas toda mudança necessária para tornar a Toyota mais competitiva e sustentável”. (Veja+) PELO MERCADO Roberto Braun é o novo diretor de Comunicação da Toyota; Viviane Mansi deixa a empresa Roberto Braun
Edição 1.434 página 15 Por Assis Ângelo PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 Como expressão artística, a licenciosidade se acha em tudo quanto é língua no vasto campo da cultura popular e erudita. Seja na música, na dança, na poesia, no romance e em todo canto mais. A poesia popular é a poesia feita por pessoas não letradas, sem nenhuma ou pouca frequência nos bancos escolares; ao contrário do que podemos classificar de erudito ou erudita. Olavo Bilac, Manuel Bandeira, Drummond eram eruditos, por exemplo. A licenciosidade, como tal conhecemos e chamamos, se acha nas culturas espontâneas ou fabricadas desde os tempos de tresontonte, também conhecido como tempo em que galinha tinha dente e voava que nem águia. Até hoje o Brasil gerou centenas de ótimos poetas populares, como Leandro Gomes de Barros, Zé da Luz, Patativa do Assaré, Manoel Monteiro, Franklin Maxado, Klévisson Viana, Marco Haurélio. Populares aí falei de homens, mas não são poucas as mulheres que se aventuraram nesse campo. Entre essas Dalinha Catunda (Maria de Lourdes Aragão Catunda), Bastinha Job (Sebastiana Gomes de Almeida Job), Nevinha (Maria das Neves), que entrou para a história da cultura popular ao publicar o primeiro folheto intitulado O Violino do Diabo ou O Preço da Honestidade. Ela usava o pseudônimo do marido. Mas essa é outra história. José Ramos Tinhorão foi um jornalista dono de uma bagagem intelectual invejável. Era um erudito, podemos dizer. Saía-se bem em espanhol, italiano, inglês e francês, que conseguia falar sem sotaque e escrever sem erros gramaticais. Deixou publicados 29 livros, todos tratando a fundo sobre música popular, o primeiro (Música Popular − Um Tema em Debate) lançado em 1966. Era propósito de Tinhorão fechar o ciclo de pesquisas que iniciou em fins dos anos de 1940 com um livro sobre licenciosidade ou “putaria”, como dizia, fazendo graça aos amigos mais próximos. Ele achava um barato e como tal respeitava os cordelistas, também chamados de “poetas de bancada”. Licenciosidade na cultura popular (XXXIII) De fato, os cordelistas são grosso modo bastante inspirados. A literatura de cordel é classificada por ciclos temáticos: religião, cangaço, guerra, política, personalidades, esporte, erotismo, feitiçaria, gracejo e tal. Dentre o material “garimpado” para fechar seu próprio ciclo como pesquisador ou historiador − como preferia ser chamado e não como crítico musical −, Tinhorão começou a reunir folhetos de cordel e livros nacionais e estrangeiros que tratassem de putaria. Foi assim que caíram em suas mãos Manoel Monteiro, Franklin Maxado, Klévisson Viana, Bastinha Job, Dalinha Catunda e outros. No folheto de oito páginas Um Jumento e Duas Doidas, as autoras, em peleja, se desafiam numa quase agressão. Começa assim: O paraibano Manoel Monteiro sustentou a família publicando e vendendo folhetos Nordeste afora. Era chegado a gracejos e até explícito nas incursões que fazia no campo erótico. Em Mulher Gosta de Ouvir, por exemplo, indicava já na capa ser “impróprio para menores de 90 anos”. Veja: Qual a mulher que não gosta De ter o homem que ama Com o corpo nu sobre o seu No vai e vem duma cama Ofegante e meio torpo Com as mãos a roçar-lhe o corpo E a boca a sugar-lhe a mama?... (continua na próxima edição) Foto e ilustrações por Flor Maria e Anna da Hora DALINHA CATUNDA Eu sou nordestina Da cabeça chata Raiva não me mata E nem me alucina Olhando sua crina Pensei em montar Se me derrubar Não tem nem talvez Até lhe amansar BASTINHA JOB Também sei montar Cedinho aprendi Jamais esqueci Achei bom trepar Melhor é gozar De tanto prazer Corpo e alma gemer Sentir alegria Que até contagia Quem meu verso ler!...
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