Jornalistas&Cia 1427

Edição 1.427 página 6 n O site O Bastidor está sob censura após Diego Escosteguy produzir uma reportagem sobre as supostas fraudes e irregularidades do Banco Master. Quatro dias depois de ser publicada, foi removida do site por determinação do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília. u Além da remoção, a ordem impede a menção dela nas redes sociais do veículo e do profissional. De acordo com o Banco Master, a reportagem causou danos à imagem da empresa e dos executivos devido ao “conteúdo calunioso e difamatório”. u Na decisão, o magistrado argumenta que o conteúdo da publicação não é somente informativo e que traz “conclusões que desabonam a instituição financeira, sem que tenha sido oportunizado o devido contraditório em processo legal”. u Contudo, a mesma reportagem contém um trecho da nota enviada à redação na qual o Master nega as alegações e declara confiar que a decisão da Justiça provará que são infundadas. u O site também sofreu um ataque cibernético horas antes da notificação da decisão, tendo sido derrubado por dois dias. Diego, fundador e editor-chefe, também teve o acesso a sua conta pessoal do Whatsapp bloqueado. u Em nota, a Abraji questiona a decisão judicial e defende que, embora não estejam relacionados, “é preocupante que, na mesma semana, um veículo pequeno seja alvo de organizações criminosas e tenha sido proibido de mencionar um caso de interesse público em seus canais de comunicação”. Segundo a entidade, a “decisão judicial não aponta erros de informação cometidos pelo veículo”. E completa que a censura “fere o regramento constitucional que garante a liberdade de imprensa”. Juiz censura reportagem do Bastidor sobre possíveis fraudes do Banco Master conitnuação - Nacionais Branded Content Ideias & Cia As doenças raras não são tão raras quando consideradas coletivamente. Elas afetam até 350 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a última estimativa da Orphanet. No entanto, a América Latina carece de políticas públicas relativas a esse tipo de condição, conforme um estudo publicado em fevereiro de 2023 na revista britânica The Lancet. Diante desse cenário, a comunicação emergiu como uma ferramenta poderosa para promover a conscientização e o engajamento no cenário de doenças raras. O informe “O lobby do bem”: como a comunicação é decisiva nas doenças raras é uma análise que explora a influência da comunicação nas iniciativas de advocacy em doenças raras. Ele destaca como a comunicação desempenha um papel vital ao dar visibilidade às necessidades dos pacientes, mobilizando recursos e atenção para mudanças concretas. O evento de lançamento do relatório no início de setembro reuniu líderes e especialistas para discutir os insights deste estudo. Durante o painel, mediado por mim, Rosângela Wolff Moro, deputada federal pelo União Brasil, Antoine Daher, presidente da Casa Hunter e da Febrararas, Andréa Gozzeto, especialista em advocacy e coordenadora acadêmica da FGV/IDE, e Florentino Leônidas, sócio fundador da Eixo Estratégica Política, compartilharam seus pontos de vista sobre pontos abordados no estudo e a causa dos pacientes. Esse evento foi apenas o começo de uma conversa significativa sobre como a comunicação pode contribuir para a mudança, especialmente quando se trata de doenças raras, e serviu para ressaltar a importância de conscientizar e mobilizar recursos para garantir que ninguém seja deixado para trás no caminho para uma vida mais saudável e feliz. Por Giuliana Gregori, diretora de Healthcare e Advocacy LLYC Brasil Comunicando a esperança Itamar Assis Jr. Especialistas em roda de conversa durante lançamento do informe

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