Jornalistas&Cia 1426

Edição 1.426 página 5 Nacionais n O IVC (Instituto Verificador de Comunicação) mudou em julho as regras para o cálculo de assinaturas de jornais e suas versões digitais. Pelas normas em vigor desde 2016, uma assinatura digital só era considerada válida e somada à carteira de assinantes se o preço dela representasse, no mínimo, 10% do valor de capa do jornal impresso vendido na banca. u Assim sendo, um jornal que custasse ao leitor o valor de R$ 5 por edição, só teria sua base digital considerada se seu valor mínimo fosse de R$ 0,50 para o mesmo período, ou o equivalente a R$ 15 por mês aproximadamente. u A trava impedia que assinaturas promocionais ou negociações abaixo desse patamar fossem contabilizadas pelo IVC. Agora, o novo valor mínimo para uma assinatura valer é R$ 1,90, independentemente do preço do jornal impresso. u Em julho, segundo os dados divulgados pelo IVC sob a nova regra, a Folha de S.Paulo registrou 796 mil exemplares diários pagos no cômputo geral. O segundo lugar ficou com O Globo, com 381,7 mil, e o Estadão, em terceiro, somou 243,4 mil. Foto Jornais n O governo brasileiro aderiu em 31/8 à Parceria Internacional para a Informação e a Democracia, grupo formado por 51 países para promover princípios democráticos na comunicação. Entre as medidas defendidas pelas nações estão o combate à desinformação, a liberdade de imprensa e o direito do acesso a informações confiáveis. O anúncio foi feito pelo Itamaraty, após visita da secretária-geral das Relações Exteriores, a embaixadora Maria Laura da Rocha, à França. “Ao somar-se à Parceria, o Brasil busca incentivar princípios de transparência, responsabilidade e neutralidade em atividades de comunicação, inclusive em meios virtuais. A adesão reforça, ainda, o compromisso em combater a disseminação do racismo e de todas as formas de discriminação e intolerância”, divulgou o órgão. u O Itamaraty também frisou que o País busca combater desinformação e o discurso de ódio, proteger o trabalho de jornalistas e profissionais de imprensa e promover o respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais. u O grupo foi criado em 2019, em Nova York, durante assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os signatários estão Austrália, Argentina, Canadá, Alemanha, Grécia, África do Sul, Reino Unido, e EUA. Os princípios acordados são baseados na Declaração Internacional de Informação e Democracia, publicada em 2018. (Saiba+) Iniciativa global sobre IA n E nesta quarta-feira (6/9), 26 organizações internacionais uniram-se para lançar uma iniciativa inédita sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) no mercado criativo, Segundo a Agência Globo, o documento, chamado de Os Princípios Globais para Inteligência Artificial, têm como objetivo orientar o desenvolvimento, a implementação e a regulamentação de sistemas e aplicativos de IA confiáveis, e garantir que o impacto da tecnologia no setor caminhe junto de uma estrutura ética e responsável, sem abrir mão da inovação. O texto é assinado por instituições que representam empresas de jornalismo e entretenimento, editoras e publicações acadêmicas ao redor do mundo. No Brasil, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) é signatária. (Saiba+) IVC muda regras que contabilizam assinantes digitais Brasil adere a grupo mundial por liberdade de imprensa e comunicação Wikimedia Commons n O Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, realizado pela Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), terá como um dos temas principais a cobertura da imprensa a ataques violentos a escolas. No primeiro dia de evento, que ocorrerá em 18 e 19 de setembro, na Fecap, em São Paulo, três mesas debaterão o tema. u Em um dos primeiros debates do Congresso, a Jeduca promoverá uma discussão sobre o chamado Efeito Contágio, o impacto da cobertura da imprensa sobre atentados a escolas e como essa cobertura pode influenciar novos ataques. Participará da mesa a pesquisadora norte-americana Sherry Towers, uma das principais referências de pesquisa sobre o Efeito Contágio no mundo. Também estará presente a pesquisadora da Unicamp Telma Vinha, que comentará pesquisas internacionais e estudos de casos brasileiros. A mediação será de Renata Cafardo, presidente e uma das fundadoras da Jeduca. u Logo na sequência, haverá uma mesa composta apenas de jornalistas, que discutirão a cobertura da imprensa aos ataques, com foco nos dilemas éticos que enfrentam na hora de decidir o que escrever, como relatar e qual destaque dar ao assunto. Participam da mesa: Laura Mattos (Folha de S.Paulo), Lorrany Martins (A Tribuna/ES), Maurício Xavier (O Globo) e Victor Vieira (Estadão), com mediação de Marta Avancini, da Jeduca. u Após o almoço, o Congresso terá um debate entre professores, que discutirão como lidam com tensões frequentes e violência na escola, abordando temas como bullying, discursos de ódio, relações conflituosas. A ideia é debater como os educadores enfrentam conflitos, desde rotineiros até os próprios ataques violentos. Integrarão a mesa Celiana Moroso (DF), Cinthia Barbosa (São Paulo) e Erison Lima (AM), com mediação de Tatiana Klix (Porvir/ Jeduca). u O 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca já está com inscrições abertas. O evento tem apoio institucional deste J&Cia. Pingos nos is – n Ao citarmos em J&Cia 1.425 os jornalistas fundadores da Jeduca faltou incluir o nome de Elisangela Fernandes. Cobertura de ataques a escolas será destaque no Congresso da Jeduca

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