Edição 1.426 página 20 Centro-Oeste Brasília n O Comitê de Imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu em 31/8 uma das pinturas assinadas por Luiz Orlando Carneiro, um dos mais renomados jornalistas na cobertura do Judiciário brasileiro. Falecido em janeiro, aos 84 anos, Luiz O, como era carinhosamente chamado, acompanhou o dia a dia do Supremo por mais de três décadas, primeiro pelo Jornal do Brasil e depois pelo site jurídico Jota. Além do ofício como jornalista, foi um dos maiores especialistas em jazz do País, tema da obra incorporada agora ao patrimônio do STF. u Ao lado de jornalistas e da família de Luiz Orlando, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, participou da aposição do quadro. “Luiz Orlando ficaria muito feliz em saber que agora ele fica pertinho dos jornalistas de quem ele era um orientador, um ícone”, afirmou. “Ele exerceu o jornalismo de maneira exemplar nas quase três décadas em que cobriu a história do STF, dando informações fidedignas no que diz respeito à Corte e, tenho certeza, amando-a muito”. n O STF, a propósito, promoverá em 14 e 15/9 o seminário Combate à Desinformação e Defesa da Democracia. O evento ocorrerá na Sala de Sessões da Primeira Turma e terá transmissão ao vivo pelo YouTube. As inscrições vão até esta sexta-feira (8/9), e o formulário pode ser acessado no site do evento. Sete painéis discutirão temas como o fortalecimento do sistema de justiça no enfrentamento à desinformação, a educação midiática e as pesquisas acadêmicas sobre o tema, além da importância do trabalho das agências de checagem. A proposta é promover o intercâmbio de ações, boas práticas e recomendações no combate à disseminação de informações falsas ou distorcidas e do discurso de ódio. Além dos debates, será lançado o livro Desinformação − O mal do século (Distorções, inverdades e fake news: a democracia ameaçada), resultado da parceria entre o STF e a Universidade de Brasília. n Em defesa e exaltação do trabalho dos jornalistas, em especial dos que cobrem os Poderes em Brasília, o colunista do Congresso em Foco Paulo José Cunha comentou no texto Jornalistas incomodam, sim. E são pagos pra isso, publicado em 4/9, o ato baixado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, na semana passada, proibindo a divulgação de “informações privadas ou classificadas como confidenciais pela Comissão Parlamentar de Inquérito sem expressa autorização”. A medida foi tomada depois que repórter fotográfico Lula Marques, da EBC, publicou em suas redes sociais imagens captadas do celular de um parlamentar durante uma das sessões da CPMI. Lira proibiu a entrada de Marques às dependências da CPI e recebeu críticas das entidades de imprensa, que classificaram a medida como censura. n O Conselho de Comunicação do Senado aprovou em 4/9 a realização de uma audiência pública, ainda sem data definida, sobre a sustentabilidade do setor de comunicação. A audiência ainda não tem data definida. De acordo com integrantes do órgão, é preciso discutir formas de financiamento público para o setor, como acontece, por exemplo, com o audiovisual. “Nós não temos formas diretas de financiamento para produção jornalística, que só se dá por meio da publicidade dos governos e das empresas”, disse Maria José Braga, ex-presidente da Fenaj. “Precisamos colocar esse debate muito claramente como uma possibilidade concreta de garantir o direito do cidadão e da cidadã à informação de qualidade”. u Foi também discutida a possibilidade de uma audiência para debater a TV 3.0, também conhecida como TV do futuro. O Conselho aprovou ainda a criação de duas comissões temáticas: a de Publicidade e a de Liberdade de Imprensa. E decidiu enviar para a CPMI do 8 de Janeiro uma manifestação de repúdio ao tratamento recebido pelo repórter fotográfico Lula Marques, da EBC, que teve seu trabalho cerceado pela da comissão. A próxima reunião do Conselho está marcada para 2/10, e vai debater os impactos da IA na Comunicação Social. E mais... n Valdo Cruz, repórter e comentarista da GloboNews, utilizou as redes sociais em 4/9 para se desculpar de um palavrão que soltou durante uma apresentação do maestro João Carlos Martins: “Quero pedir desculpas ao maestro e aos nossos assinantes porque esse linguajar totalmente inadequado não deve ser usado e não é próprio da minha pessoa. Jamais faria um comentário desses em relação a ninguém, quanto menos em relação ao maestro, que admiro tanto. Estava indignado com um acontecimento da minha vida pessoal, e soltei aquele palavrão”. Vazou de Valdo o áudio: ”Filho da puta, heim!”. Além de manifestação de apoio do maestro, o jornalista recebeu muitas mensagens afetuosas dos colegas de profissão. n O Sindicato dos Jornalistas do DF faz um apelo à categoria, em especial aos não sindicalizados, para que autorizem o desconto Supremo Tribunal Federal homenageia Luiz Orlando Carneiro A ministra Rosa Weber e a pintura de Luiz Orlando Jornalistas incomodam, sim. E são pagos pra isso (Jornalistas são Jornalistas. Não estão jornalistas) Plataformas digitais devem ser reguladas para coibir discurso de ódio, aponta CCS Valdo Cruz
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