Edição 1.424 página 15 Tom Jobim, Luiz Gonzaga, Noel Rosa, Cartola, Zé Gonçalves, Marino Pinto... e até ponto de umbanda… Magrão − Ninguém melhor do que você, meu amigo Assis Ângelo, sabe que o Brasil tem um legado imenso, um patrimônio imaterial, que são as suas canções. A canção é uma crônica alada. Nas asas da melodia uma história atravessa o tempo e tem o poder de acender o pavio de uma revolução. “Vem vamos embora/Que esperar não é saber…” (Vandré). A faísca do Vira Lata já estava expressa na estrofe de uma canção que eu fiz em parceria com meu mano velho, Jean Garfunkel, quase dez anos antes de pensar em escrever o primeiro roteiro. O coração saindo pela boca Meio triste, meio rindo Da desgraça pouca Sou parceiro do destino nesta vida torta Passageiro clandestino pra qualquer lugar Eu tenho o sangue grosso, misturado Meio preto, meio índio Meio degredado Na cabeça um sonho lindo sempre engatilhado Sou da terra das palmeiras onde um sabiá Tem que saber se virar Feito vira lata, camelô Cantador, cangaceiro Feito brasileiro LEIA O VIRA LATA COMPLETO: O VIRA LATA.pdf Foto e reproduções por Flor Maria e Anna da Hora Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) Temos aquela velha máxima de que “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”. Porém, no mercado de comunicação, mais especificamente de radiodifusão, isso não é a verdade absoluta. Há uma visão míope de que os concorrentes de um mesmo mercado devem se enfrentar até “a morte”. Com o processo de globalização, as empresas passaram a enfrentar competidores de diversos mercados e a buscar audiência em outros segmentos. Mas muitas emissoras de rádio ainda estão presas aos modelos de negócio do século passado, o que inviabiliza a busca por novos formatos e receitas. O primeiro elemento a ser trabalho é o fortalecimento dos mercados locais e regionais. Por isso, emissoras, anunciantes e outros meios de comunicação precisam atuar de forma conjunta para melhorar o acesso aos conteúdos para as diversas audiências. Ao favorecerem este mercado próximo, as empresas criam um ciclo virtuoso, em que a audiência fica mais próxima, pois recebe conteúdo mais adequado; os empresários de comunicação conseguem diversificar suas receitas e os anunciantes, mesmo os pequenos, conseguem espaços que cabem dentro dos planos de comunicação. Por isso, o bom relacionamento com os demais players do mercado é tão importante. Um desdobramento desse ponto é a melhoria das parcerias de interesse entre empresas de comunicação, anunciantes e universidades, ONGs e outras instituições que possam trocar conteúdos por espaço, dando mais credibilidade à programação das emissoras. Imaginem uma universidade regional podendo ter seus alunos e professores atuando em conjunto com os profissionais de rádio na produção de programas, matérias, pesquisas ou até na melhoria das condições de administração da empresa. Isso pode ser estendido a outros parceiros, que necessariamente não precisam entrar com verba, mas ajudam a produzir conteúdos vendáveis. Quando falamos de público, muitas emissoras entram em um “transe” para ampliar a base de ouvintes e para isso fazem literalmente qualquer coisa. São promoções o tempo todo, ações com a “peruinha” nas ruas etc. Mas esquecem de que, antes de buscarem novos ouvintes, têm de desenvolver um plano de retenção dos que já estão acompanhando a programação. Desta forma, as promoções e demais ações promocionais ficam dentro de um plano geral de marketing e não mais em movimentos isolados, que não engajam os ouvintes. O inimigo não é o concorrente
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