Jornalistas&Cia 1423

Edição 1.423 - 16 a 22 de agosto de 2023 CNseg lança hub de conteúdos sobre seguros (pág. 7) n A CNN Brasil promoveu uma série de mudanças em sua programação nos últimos dias. A grade do período da tarde foi alterada, a apresentação de programas sofreu mudanças e profissionais foram demitidos. As informações são do F5, da Folha de S.Paulo. u A emissora dispensou o apresentador Rafael Colombo, que estava na CNN desde maio de 2020. Nessa passagem, foi âncora do CNN Novo Dia, que passará a ser apresentado por Carol Nogueira. Também deixaram a emissora o comentarista Marco Antônio Villa, contratado em janeiro deste ano e que atuava no CNN Novo Dia; e a advogada Janaina Paschoal, que desde abril participava de O Grande Debate. As saídas atingiram ainda o projeto de rádio da empresa: Roberto Nonato, vindo da CBN, foi desligado. No lugar dele assume o repórter Stêvão Clós, transferido de Porto Alegre. u No CNN 360, Raquel Landim foi efetivada como apresentadora. O telejornal estava sem âncora titular desde a saída de Daniela Lima, em junho. Outra novidade é a recontratação de Thaís Heredia, especializada na cobertura de economia, que volta à emissora após três meses. Ela apresentará o CNN Mercado e será analista no CNN Primetime e no jornal WW, apresentado por William Waack. u E ainda neste mês a CNN estreia o Bastidor CNN, primeiro telejornal da emissora 100% ancorado em Brasília. Com apresentação de Tainá Falcão e Gustavo Uribe, o programa irá ao ar no período vespertino, tomando parte do tempo de O Grande Debate. Tainá cobre a área de política e está na CNN Brasil desde 2020. Gustavo é analista de política da emissora desde 2021, e antes trabalhou nos jornais Folha de S.Paulo e O Globo. n A Alma Preta Jornalismo lançou em 9/8 seu primeiro manual de redação antirracista. O lançamento do Manual de Redação: o jornalismo antirracista a partir da experiência da Alma Preta foi realizado na sede do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo (Siemaco), no centro da cidade. u Fruto de três anos de estudo e trabalho com pesquisadores, jornalistas e estudantes, o manual contribui para a construção de um cenário jornalístico antirracista. Visto como um marco para a agência, o texto resgata a história de quase três séculos de imprensa negra no Brasil. u “A Alma Preta assumiu um compromisso, de muitas mãos, de construir um manual de redação de uma agência de mídia negra”, aponta Pedro Borges, editor-chefe da Alma Preta e um dos idealizadores do manual. “Foi um processo longo, de mais de três anos, de escuta de muitos profissionais, de leitura de muitos cadernos da imprensa negra do século XIX e XX”. u O processo de pesquisa foi acompanhado da consultoria da historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto, que além de presidir o Arquivo Nacional é professora da UnB; e do jornalista Juarez Xavier, professor e vice-diretor da Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação (FAAC) da UNESP. u Fernanda Rosário, uma das redatoras do manual, aponta que o levantamento histórico feito pelo livro resgata a “negritude pioneira do passado” e retoma a atual discussão do tema na área. “Além dessa consciência histórica que inspira o presente e os caminhos futuros, o manual se torna indispensável ao sistematizar e sugerir estratégias importantes de combate ao racismo no Jornalismo em tempos de hiperinformação”, conclui. u O livro aborda critérios de noticiabilidade e ensina cuidados e termos adequados para comunicadores adquirem durante coberturas de temáticas raciais. A previsão é que as vendas comecem em breve. Alma Preta lançou o primeiro manual para uma redação antirracista CNN Brasil muda programação e faz demissões

Edição 1.423 página 2 Últimas n O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado em 14/8 pela 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de SP por 175 agressões contra a imprensa. A ação civil pública foi movida pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. Ele terá que pagar multa de R$ 50 mil, mas ainda poderá recorrer a instâncias superiores. u Os ataques aconteceram em 2020 e juntam 26 ocorrências de agressões diretas a jornalistas; 149 tentativas de descredibilização da imprensa e duas ocorrências direcionadas à Fenaj. A ONG Repórteres Sem Fronteiras, em seu balanço anual de violações e ataques à liberdade de imprensa, monitorou 580 ataques a jornalistas e veículos em 2020 no Brasil, sendo 103 apenas do então presidente. A RSF afirmou ainda que o mandato de Bolsonaro foi um período de “forte hostilidade contra jornalistas” e que o ex-presidente “atacou sistematicamente jornalistas e veículos de imprensa” no Brasil. Em 2021, ele foi incluído na lista “predadores da imprensa”, criada pela organização. u Esta foi a terceira derrota de Bolsonaro no mesmo processo. Em 7/6 do ano passado, a juíza de 1ª instância Tamara Hochgreb Matos condenou o ex-presidente, impondo uma multa de R$ 100 mil. Ele recorreu da decisão. Em maio último, a 4ª Câmara do TJ-SP manteve a condenação, mas reduziu o valor da multa à metade. Inconformado, Bolsonaro ingressou com novo recurso, e chegou a alegar que suas “críticas” não se dirigiam à imprensa como um todo, e sim apenas a uma parte dela, que chamou de “imprensa de esquerda”. n O Intercept Brasil denunciou em 11/8 que sofreu censura do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por causa de uma reportagem sobre o próprio Judiciário do estado. A decisão proíbe o Intercept de sequer falar do assunto da reportagem, replicar trechos da matéria e citar o nome das magistradas e da promotora envolvidas, sob a justificativa de segredo de justiça e preservação da privacidade dos envolvidos. u “O que podemos dizer é que a reportagem é mais um exemplo do tratamento que mulheres rotineiramente recebem daqueles que deveriam proteger vítimas”, escreveu Flávio VM Costa, editor- -chefe do Intercept Brasil. Sobre a justificativa de segredo de justiça e privacidade dos indivíduos, o Intercept explicou que em nenhum momento revelou os nomes dos participantes da audiência, e sim apenas dos membros do Judiciário envolvidos, da promotora e das juízas, ambas da 9ª Vara de Família da Comarca do Rio de Janeiro. A censura foi pedida pela própria promotora citada na reportagem. A manutenção da reportagem no ar custaria R$ 150 mil ao Intercept, além do risco de outras penas mais pesadas. O veículo declarou que vai respeitar a decisão, mas vai recorrer. u O Intercept lançou uma campanha para arrecadar R$ 100 mil para seu Fundo de Defesa Legal. O dinheiro será utilizado para arcar com os custos de processos judiciais que o Intercept enfrenta. Interessados podem contribuir aqui. Judiciário do Rio de Janeiro censura Intercept Brasil Bolsonaro é condenado em segunda instância por 175 agressões contra jornalistas Ataques não intimidaram a imprensa n O estudo Ataques contra jornalistas no Brasil: Efeitos catalisadores e resiliência durante o governo de Jair Bolsonaro mostra que os ataques do ex-presidente em vez de intimidarem, motivaram a imprensa. Publicada em julho no The International Journal of Press/Politics, um dos principais periódicos das áreas de imprensa e política, a análise revelou que as ofensas contra comunicadores tiveram o efeito oposto do esperado. u Produzido por João Vicente Seno Ozawa, doutorando da Escola de Jornalismo e Mídia na Universidade do Texas, em Austin, em conjunto com os professores Josephine Lukito, Anita Varma, Rosental Alves e Taeyoung Lee, o artigo utilizou métodos quantitativos e qualitativos na avaliação. u As primeiras hipóteses foram divididas em duas; a primeira era “um aumento nos ataques contra jornalistas leva a uma diminuição na cobertura jornalística sobre Jair Bolsonaro”, e a segunda, “um aumento nos ataques contra jornalistas leva a um aumento na cobertura jornalística”. No entanto, nenhuma mostrou-se comprovada, segundo a análise quantitativa. u Durante o estudo qualitativo, quando 18 jornalistas que sofreram ataques pessoais do ex-presidente e seus aliados foram entrevistados, constatou-se como reação maior disposição para o trabalho. “Vários jornalistas usaram a palavra ‘gás’ para articular sua reação aos ataques, que catalisaram a cobertura em vez de esfriá-la”, dizem os autores. “O objetivo de Bolsonaro de silenciar jornalistas por meio de ataques não parece funcionar. Em vez disso, eles não estão recuando”. u O resultado surpreendeu os pesquisadores e o principal autor do artigo. Osawa revelou à LatAm Journalism Review (LJR) que, “embora a democracia no Brasil seja falha e para poucos, ela mostrou resiliência. Esse estudo me deu ainda mais admiração pelo jornalismo brasileiro”.

Edição 1.423 página 3 conitnuação - Últimas n Glenda Kozlowski e Zeca Camargo estreiam na segunda-feira (21/8), às 20h30, o programa Melhor da noite, na Band. Ao vivo, de segunda a sexta-feira, depois do Jornal da Band, está alicerçado em jornalismo, entretenimento e interatividade. No elenco, estão também um rapper, um humorista, um chef de cozinha e Rodrigo Alvarez, colunista internacional, com base na Europa. u Glenda vai trabalhar com entretenimento depois de 30 anos no esporte, e pela primeira vez com plateia, no auditório que comporta cem pessoas. Zeca aposta no formato ao vivo, em outro ritmo do que está habituado, e com a participação do público de casa, por meio das redes sociais. u Ignácio Iglesias, diretor do programa, destaca que os apresentadores terão a ajuda de uma personagem artificial, uma voz feminina irreverente, que vai agregar informações, comentários, ajustes técnicos e respostas a quem estiver assistindo. Também as rádios e TVs do Grupo Bandeirantes no País vão trabalhar em conjunto para apresentar diversidade, com mistura de sotaques e expressões culturais. n O canal por assinatura Play TV – voltado para a cultura pop oriental e os games – lançou nesta quarta-feira (16/8) o programa TV Clube Coreia. Com duração de meia hora, vai ao ar todas as quartas-feiras, às 20h, com reprise aos sábados, às 12 horas. Idealizado e apresentado pela jornalista Yoo Na Kim, aborda temas exclusivamente focados na Coreia do Sul, como cultura, gastronomia, comportamento, beleza e a música K-pop. Ela recebe convidados brasileiros, que trazem um mix de experiências entre coreanos e brasileiros. u Nascida em Seul, Yoo Na Kim mudou para São Paulo com a família aos seis anos de idade. Formada pela Anhembi Morumbi, já publicou oito livros como escritora e divulgadora da cultura coreana. É conhecida como embaixadora da Coreia no bairro do Bom Retiro, um polo cultural das tradições desse país. u A Play TV, uma parceria com a Band, está nos canais 122 da Claro, 143 da Oi, 161 da Sky e 574 na parabólica. Glenda Kozlowski e Zeca Camargo têm novo programa na Band Zeca e Glenda comemoram a parceria Renato Pizzutto/Band Yoo Na Kim vem com jornalismo sobre a Coreia Yoo Na Kim O especial do aniversário de 28 anos de Jornalistas&Cia vai mostrar como e por que o Jornalismo influenciou de forma marcante a Comunicação Corporativa no Brasil, criando uma escola própria, diferenciada das escolas americanas e europeias da atividade. Vai mostrar também como os milhares de jornalistas que migraram e continuam migrando para a atividade, atraídos pelo amplo mercado e por melhores condições salariais e de trabalho, tornaram o conteúdo um dos principais protagonistas no planejamento e ações de comunicação corporativa, no Brasil. Carro-chefe das relações públicas, a assessoria de imprensa trouxe para dentro das organizações a cultura de privilegiar o conteúdo, a ética, a transparência, o substantivo (ante o adjetivo), as boas histórias, os prêmios de incentivo ao jornalismo, entre outros aspectos. Um pouco dessa história e do que isso representou na construção da atividade no Brasil é o que trará o especial de Jornalistas&Cia, que circulará na última semana de setembro. E quem está escalada para essa missão é a jornalista e comunicadora Maysa S. Penna, autora do último especial de J&Cia na celebração do Dia da Imprensa, sobre Jornalismo Digital. O especial vai recuperar importantes documentos, relatórios e pesquisas dessa jornada e ouvir alguns dos protagonistas e personagens dessa história. Mais informações com Silvio Ribeiro ([email protected]) Influência do Jornalismo na Comunicação Corporativa será o tema da edição de aniversário de J&Cia, em setembro

Edição 1.423 página 4 Nacionais n A decisão do STF de responsabilizar os veículos de comunicação por declarações feitas por entrevistados e outras fontes tem sido vista como uma tragédia para o jornalismo brasileiro, e há, entre os jornalistas de um modo geral, o sentimento de repúdio contra ela, porque poderá afetar seriamente, como lembra Luiz Roberto de Souza Queiroz, tradicional colaborador deste J&Cia, “a capacidade de os jornais publicarem entrevistas denunciando crimes”, razão pela qual ele defende uma reação dos jornalistas e das entidades profissionais da categoria. u A decisão do STF abre caminho para que um jornal venha a ser condenado por divulgar, mesmo entre aspas, a declaração de um entrevistado que seja considerada crime de injúria, calúnia ou difamação. “Decisão gravíssima e totalmente contra a liberdade de imprensa”, diz Bebeto, como todos o conhecem, e que, “se não for contestada e derrubada, levará os jornais a adotarem a autocensura para não correrem o risco de serem condenados pelo que digam seus entrevistados”. u Ele lembra que quem levantou a questão foi a editorialista da Folha, Lygia Maria. “Ela conta”, diz Bebeto, “que há quase 20 anos o Diário de Pernambuco entrevistou o delegado Wandenkolk Wanderley, que disse que o atentado a bomba no aeroporto do Recife foi responsabilidade do então deputado Ricardo Zaratini (que por sinal já morreu). Inconformado, o deputado processou o delegado... e perdeu. Zaratini resolveu então processar O MENSAGEIRO, isto é, o jornal que publicou a entrevista e que tinha publicado a afirmação do delegado, portanto A FONTE, e colocado a frase entre aspas. Dois ministros do STF, Rosa Weber e Celso de Mello, discordaram, dizendo que o jornal não podia ser responsabilizado pelo que disse o entrevistado, mas os demais deram ganho de causa a Zaratini. O jornal foi condenado. A editorialista lembra que fosse esse o entendimento do STF no passado, os jornais poderiam ser condenados por divulgarem a entrevista de Pedro Collor, que denunciou a corrupção do irmão, o presidente Collor, corrupção essa que levou ao impeachment. A partir de hoje se o Lula ou um delegado da Polícia Federal fizer uma acusação a Bolsonaro por causa do relógio que ganhou de presente e vendeu nos EUA, o jornal pode ser condenado por ter publicado a denúncia, mesmo que citada a fonte. Entendo que ou o Sindicato e nós, jornalistas, reagimos contra essa decisão claramente errada ou os jornais deixarão de publicar notícias que possam resultar eventualmente em processos”. u Marcelo Rech, presidente da ANJ, vai na mesma direção: “A decisão afeta negativamente a liberdade de imprensa, porque pode levar ao crescimento da autocensura e a uma restrição ainda maior da difusão de conteúdos jornalísticos de interesse público.” u Para Juca Kfouri, colunista do UOL, essa é, “sem dúvida alguma, uma decisão desastrosa. Todos os veículos brasileiros terão receio, por exemplo, de publicar qualquer declaração do contrabandista de joias e genocida ex- -presidente da República. O STF deve repensar. O ofendido tem como recorrer à Justiça contra quem ele julgar ser o ofensor. O meio é só a mensagem. O mensageiro é quem deve arcar com ela”. u Leia também: STF mantém condenação a jornal por fala de entrevistado. n Jornalistas presentes ao 16º congresso estadual da categoria em São Paulo aprovaram, por unanimidade, moção de repúdio contra o SBT pela manutenção do apresentador Marcão do Povo, condenado por injúria racial contra a cantora Ludmilla, na bancada do telejornal Primeiro Impacto. Em janeiro de 2017, durante o Balanço Geral do Distrito Federal, Marcão comentou uma notícia de que Ludmilla teria evitado tirar fotos com fãs. Para se referir à cantora, ele usou o termo “pobre macaca”. Ele chegou a ser demitido da emissora, mas retornou à empresa um mês depois. À época, o Ministério Público do DF o acusou de injúria racial. u Em março deste ano, ele foi absolvido em primeira instância, sob a justificativa de que o termo “pobre macaca” era um regionalismo. Após recurso de Ludmilla, a 1º Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal decidiu no final de junho condenar o apresentador a 1 ano e 4 meses em regime aberto pelo crime de racismo. O apresentador também deverá pagar uma indenização de R$ 30 mil para a cantora. u Os jornalistas que aprovaram a moção repudiaram a atitude do SBT pela “conivência da emissora em manter Marcão do Povo, mesmo condenado por tão grave crime, comandando um programa com importante audiência nacional na emissora”. A moção foi enviada à direção do SBT em 9 de agosto. Leia o texto na íntegra. Decisão do STF pode ser desastrosa para a imprensa e levar à autocensura Jornalistas aprovam moção de repúdio ao SBT por caso de racismo de Marcão do Povo Ludmilla e Marcão do Povo

Edição 1.423 página 5 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. Por falha de edição, reproduzimos na edição passada (J&Cia 1.422) uma coluna que havia sido publicada em junho. Pedimos desculpas aos leitores pelo erro. O Oxford Internet Institute (OII), centro de pesquisas dedicado a estudar a influência da tecnologia na sociedade, publicou há duas semanas um relatório sobre inteligência artificial generativa, jornalismo e o futuro da democracia. O documento consolida os debates de um simpósio promovido pelo instituto em junho, reunindo acadêmicos do próprio OII, de outras instituições e jornalistas. Parte do que foi discutido não é novidade: a IA já estava no jornalismo há algum tempo, ainda que nem todos percebessem isso; o problema de direitos autorais é um risco para quem produz conteúdo; e os textos ou imagens produzidos pelos robôs não são confiáveis. Saindo do óbvio, há reflexões interessantes − e preocupantes − levantadas pelos participantes do encontro sobre o uso da IA na mídia e seu efeito sobre a democracia por meio do jornalismo e da mídia de forma mais ampla, incluindo as sociais. Uma delas é a personalização, que permite adaptar linguagem ou estilo na apresentação de informações para públicos de diferentes idades ou origens. Hanna Kirk, do OII, se disse «empolgada e assustada» com esse recurso. Ela teme que os LLMs (Large Language Models) sejam usados para treinar modelos de linguagem radicais, que assumam narrativas anti-woke. Woke é o termo em inglês para depreciar o chamado comportamento politicamente correto, traduzindo-se em oposição à inclusão, à diversidade e à proteção do meio ambiente. A pesquisadora apontou ainda o risco de a personalização tornar ainda mais difícil que as pessoas sejam expostas a pontos de vista diferentes dos seus, aprofundando o problema das bolhas de filtro das redes sociais. Embora Kirk seja favorável a algum tipo de personalização, “dentro dos limites” − sejam eles quais forem ou quem os determine −, ela admite que é quase inevitável haver algum “esgarçamento ideológico”. Outro risco debatido foi a falta de diversidade e de um processo democrático no treinamento dos LLMs, o que explica os preconceitos e a chamada hegemonia cultural do conteúdo gerado pelas IAs. Hanna Kirk explicou que, apesar de revisores humanos darem feedback para melhorar a qualidade das respostas (o chamado Feedback Learning ou RLHF, de reinforcement learning from human feedback), os dados coletados são AI generativa, jornalismo e democracia: relatório levanta antigas e novas preocupações geralmente de um número pequeno de pessoas. E «sob as especificações dos tecnocratas do Vale do Silício”. Isso significa que poucos seres humanos concentram o poder de moldar os modelos usados em todo o mundo, salientou. E preconceitos acabam sendo espelhados neles. A pesquisadora criticou o que chamou de falsa suposição de universalidade desses modelos: a ideia de que o treinamento de um chatbot com base nas preferências e no feedback de cerca de 50 funcionários é generalizável para a diversidade de humanos que usarão a tecnologia. Ela acredita que os vieses não são produto da arquitetura dos sistemas de IA generativa, mas da forma como eles são treinados. Por isso, recomendou, é crucial refletir sobre a visão de mundo desejada para esses modelos − quais vozes serão incluídas e priorizadas − e sobre como eles podem ser ajustados de forma a se tornarem “inofensivos, prestativos e honestos”. Jornalistas do Financial Times e da BBC falaram sobre as questões que enfrentam em suas redações, como a preocupação com deepfakes, que podem enganar tanto os profissionais quanto o público. As ferramentas sofisticadas de criação de imagens e vídeos estão permitindo a disseminação de conteúdo falso atribuído a grandes veículos de mídia, servindo como instrumento para manipulação. Outra ameaça associada ao jornalismo é a da perda do controle. Gemma Newlands, também pesquisadora do OII, comentou sobre o temor de que as redações se tornem extremamente dependentes de pouquíssimas empresas “com tendências monopolistas”. E falou sobre o risco de os chatbots substituirem as camadas humanas em processos que não possam ser revertidos futuramente. Para equilibrar tudo isso, diz o relatório, a saída é uma regulamentação da IA que não fique nas mãos apenas de empresas privadas e reguladores do Norte Global e inclua o público na tomada de decisão − o que não parece nada fácil nem provável que aconteça.

Edição 1.423 página 6 conitnuação - MediaTalks Vem aí o Especial Internacional MediaTalks Relações Públicas e a agenda ESG na era da Inteligência artificial O que já mudou, o que vai mudar e qual o papel dos profissionais de comunicação nesse novo mundo? Em comemoração ao seu aniversário de três anos, o MediaTalks produzirá uma edição especial internacional sobre como a IA está influenciando a atividade de relações públicas, tornando ainda mais estratégico o papel de comunicadores e agências como guardiões das marcas e catalisadores da agenda ESG em um momento de profunda transformação. Informações com Silvio Ribeiro, pelo e-mail [email protected] ou pelo whats 19-97120-6693. “Está forte” − O jornalista americano Evan Gershkovich, do Wall Street Journal, recebeu em 14/8 sua terceira visita consular desde março, quando foi detido pela polícia da Rússia sob acusação de espionagem quando fazia uma reportagem sobre um complexo industrial militar que integra os esforços de guerra na Ucrânia. Em nota divulgada após o encontro, a embaixadora Lynne Tracy disse que o jornalista está bem de saúde e “continua forte, apesar das circunstâncias”. Ele é o primeiro jornalista americano detido pela Rússia desde a Guerra Fria. A visita de Tracy ocorreu seis semanas após o último encontro dela com Gershkovich, em 3 de julho. O governo dos EUA reclama do não cumprimento de acordos internacionais a respeito de visitas consulares a prisioneiros por parte da Rússia. O jornalista ficou mais de um mês sem se encontrar com autoridades americanas. Imprensa no Afeganistão − Entre as várias crises enfrentadas pelo Afeganistão nos primeiros dois anos da volta do regime Talibã ao poder, em 15 de agosto de 2021, a da imprensa tem consequências que vão além da perda de empregos e riscos para os jornalistas, muitos deles obrigados a emigrar ou deixar a profissão. Como resultado da combinação de medo e crise econômica, restam apenas 11 dos 90 jornais impressos produzidos antes da tomada de Cabul pelo grupo fundamentalista islâmico. O número de emissoras de rádio caiu 32% e o de televisão, 56%, segundo a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ). “A disponibilidade de notícias e informações no Afeganistão diminuiu drasticamente”, diz a IFJ em um relatório publicado em 15/8 fazendo um balanço da situação da liberdade de imprensa no país. Preso e incomunicável − O jornalista americano Austin Tice completou em 14/8 11 anos preso e incomunicável na Síria, onde cobria a guerra civil para vários meios de comunicação dos EUA. O caso está na pauta diplomática do governo americano. No último Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio), o secretário de Estado Antony Blinken disse que “o país estava conversando com a Síria e outras nações para encontrar uma solução, e que não iria ceder enquanto isso não acontecesse”. Embora até o presidente Joe Biden tenha mencionado o caso de Tice em seu jantar anual com jornalistas que fazem a cobertura da Casa Branca, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) cobrou que os EUA “combinem palavras com ações” e adotem todas as medidas para levá-lo de volta para casa. Presa na China − Completando três anos de prisão na China em 13/8, a jornalista Cheng Lei conseguiu transmitir por meio de diplomatas australianos que a visitaram uma carta comovente sobre o período em que está encarcerada. Lei tem dupla nacionalidade, pois seus pais emigraram para a Austrália a ela passou a infância no país. Apresentadora de uma emissora estatal chinesa, a jornalista foi presa em 13 de agosto de 2020, sob acusação de espionagem e julgada a portas fechadas em março de 2022. “Na minha cela, a luz do sol entra pela janela, mas só consigo ficar em pé dez horas por ano”, escreveu Cheng. “Não vejo uma árvore há três anos”. Morto ao ser preso − O fotojornalista e ativista Facundo Molares, de 47 anos, que ficou conhecido como o “argentino das Farc”, morreu em 10/8 de parada cardíaca depois de ser detido pela polícia quando participava de uma manifestação perto do Obelisco, no centro de Buenos Aires. Militante de esquerda, Molares trabalhava na revista comunista Centenario, e passou 15 anos como membro do grupo extremista colombiano. Segundo o Sistema de Atendimento Médico de Urgência (SAME), a causa da morte está relacionada a fatores de risco anteriores, mas organizações de esquerda e de jornalismo contestam a versão, atribuindo-a aos maus tratos sofridos pelo fotojornalista ao ser contido enquanto participava do ato. Esta semana em MediaTalks Austin Tice apareceu em um vídeo com venda os olhos

Edição 1.423 página 7 A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) lançará, nesta sexta-feira (18/8), o Notícias do Seguro (noticiasdoseguro.org.br), site de conteúdos que abordará de maneira simplificada e educativa temas relacionados a seguros, previdência privada, saúde suplementar e capitalização. A plataforma surge como mais uma iniciativa da entidade para democratizar o acesso aos conteúdos do mercado segurador, com o objetivo de informar e educar a sociedade a partir do trabalho da imprensa. A ideia é que, além do relacionamento já estabelecido com a mídia especializada, o novo hub aproxime jornalistas de outras áreas e de todo o Brasil, levando informações relevantes e que impactam diretamente a vida de toda a população. Entrarão na linha de produção desse novo site temas atuais como sustentabilidade, diversidade e inclusão, proteção de dados, economia e novas tecnologias. “Nosso objetivo é democratizar o acesso, começando pelo profissional que tem a maior proximidade com o consumidor, que é o jornalista”, explica a superintendente executiva de Comunicação e Marketing da CNseg, Carla Simões. “Conteúdo é o que não nos falta e precisamos torná-lo cada vez mais relevante para as pessoas, para as que conhecem os produtos do mercado e para as que precisam conhecer. Queremos prestar serviço compartilhando conteúdo de qualidade”. Com uma linguagem simples, a plataforma contará com reportagens do setor, artigos, infográficos, curiosidades, dicas, cartilhas de educação financeira e securitária, além de conteúdos gratuitos e de livre reprodução para toda a imprensa, incluindo vídeos e podcast. Os conteúdos serão produzidos por jornalistas, designers e outros profissionais da Confederação, sob a liderança de Carla Simões. Há pouco mais de um ano à frente da Superintendência, a executiva acumula na carreira passagens por diversas empresas, agências de comunicação e serviço público, além de experiência em redações, entre elas Bloomberg e TVs Globo e Tribuna. Institucional e revista centenária O site da CNseg também passou por reformulação e assumirá a partir de agora um papel mais institucional, com o objetivo de dar mais transparência e visibilidade às atividades da entidade. Outra novidade envolve a Revista de Seguros, publicação trimestral que completou neste ano 103 anos de idade e ganhará uma versão digital a partir de setembro próximo. CNseg lança hub para diversificar conteúdos de seguros para a imprensa e a sociedade Carla Simões Branded Content EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação A Copa do Mundo Feminina de Futebol na Austrália trouxe uma nova perspectiva de futuro para o jornalismo esportivo, um caminho que vem sendo trilhado há alguns anos e que se fortaleceu no Mundial Feminino de 2019: mulheres têm ganhado destaque nas coberturas e transmissões de rádio, TV e internet, não apenas como repórter de campo, mas como apresentadoras, comentaristas e narradoras, algo que parecia improvável em um passado ainda recente. Conheça sete jornalistas esportivas negras para você acompanhar. Sete jornalistas esportivas negras para você acompanhar

Edição 1.423 página 8 Comunicação Corporativa Minas Gerais n Karen Gatti, gerente-geral de comunicação, deixou a MRN – Mineração Rio do Norte, em Porto Trombetas, onde esteve por três anos e quatro meses, até julho, e começou, na sequência, como gerente sênior de sustentabilidade na Sigma Lithium, em Araçuaí. Paraná n Iara Maggioni e Rodrigo Sigmura integraram-se à equipe da Central Press. Iara, que foi correspondente em Curitiba da CNN Brasil e que também passou por Gazeta do Povo, RIC TV Record, Band Paraná e BandNews, chega para o núcleo de atendimento a Straumann Group, Neodent, Grupo Marista, Hospital Universitário Cajuru, Hospital São Marcelino Champagnat e Prati- -Donaduzzi. Rodrigo, ex-editor chefe e coordenador de produção da Topview, revista do Grupo RIC especializada em lifestyle, e que também passou por CBN Curitiba, Rede Massa SBT, Massa News e RIC Mais, assumiu o cargo de gerente de Digital, núcleo responsável por marcas como Sicredi e Transformando.com. vc; Fenabrave e Universidade Fenabrave; Ford Slaviero; TOTVS; CIEE/PR, Espaço A+ Selfstorage e a influencer Fran Franceschi, entre outras. Rio de Janeiro n Mariana Moura, que atuou por cerca de um ano como coordenadora de RP na Ryto Public Affairs, até julho, começou como analista sênior na BEE4, empresa de soluções em blockchain finchain controlada pelo Grupo Solum, em parceria com a CIP S.A. Santa Catarina n Fernanda Lüttke, ex-Máquina CW, que esteve por pouco mais de dois anos e meio como analista sênior na JeffreyGroup, até julho, foi em agosto para a Franklin Electric, em Joinville, como analista de comunicação e marketing sênior. Karen Gatti Rodrigo Sigmura e Iara Maggioni Mariana Moura Fernanda Lüttke n Renato Delmanto é o novo head de comunicação corporativa do Grupo Petrópolis, que produz as cervejas Itaipava e Petra e o energético TNT, entre outras marcas. Ele passa a responder pelas áreas de Comunicação Institucional, Comunicação Interna, TV Corporativa e SAC, liderando os times coordenados por Allan Carneiro, Alceu Maynard e Alessandra Nascimento Silva. Com passagens anteriores pela agência Ideal e pela Votorantim, Renato estava atuando desde dezembro de 2022 como consultor na Fundação Renova, responsável pela reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). O novo e-mail dele é rdelmanto@grupopetropolis. com.br. São Paulo Renato Delmanto assume a comunicação do Grupo Petrópolis Renato Delmanto

Edição 1.423 página 9 conitnuação - Comunicação Corporativa E mais... n Iva Oliveira e Renata Calonego integraram-se à equipe docente do curso de Relações Públicas da Fecap. Iva, que além de professora já atuou em agências, empresas e Terceiro Setor, na disciplina de Comunicação Pública e Diversidade na Comunicação; e Renata, doutora em comunicação pela Unesp, na de RP Internacional. n Alan Oliveira, que foi por dois anos e três meses executivo da NR-7, até julho, está de trabalho novo. Começou como consultor na Giusti Creative PR. n Alisson Costa, ex-RPMA, que trabalhou por dois anos e três meses na Máquina CW, foi há algumas semanas para a 99, contratado para a comunicação interna da companhia. n Andrea Sarti, ex-gerente de comunicação interna do UnitedHealth Group, onde ficou por quase quatro anos, e que também atuou por mais de dez anos no Grupo In Press, está já há alguns meses como coordenadora de comunicação da Eurofarma. n Carolina Bragatto, ex-Edelman e ex-MSL Brasil, que esteve por um ano e sete meses como supervisora de imprensa no escritório SiqueiraCastro, até maio, integrou-se à equipe de marketing da TOTVS. n Débora Silva da Costa, atendimento júnior, deixou em junho a agência Pub, onde esteve por um ano e três meses, e retornou à Odontocompanycotia, onde havia atuado em 2022, desta vez como subgerente e consultora de marketing e vendas. n Fernanda Barbosa, que já foi de Ortolani, PiaR, Jangada e, por último, da LF&Cia Comunicação Integrada, até março, está agora como assessora de imprensa na Encaso Comunicação. Iva Oliveira Renata Calonego Alan Oliveira Alisson Costa Andrea Sarti Carolina Bragatto Débora Silva da Costa Fernanda Barbosa n Guilherme Fernandes, que atuou como freelancer nas TVs Record e Globo e que também passou pela agência A4Holofote, assumiu em agosto a Diretoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo. n Ivan Rocatelli, executivo sênior, deixou a Edelman, em que esteve por um ano e três meses no atendimento ao Grupo Bradesco Seguros e à FAZ (Fundação Amazônia Sustentável), e começou em julho como supervisor de comunicação no Instituto Trata Brasil, focado em responsabilidade socioambiental. n Julia Caramés, analista de comunicação, saiu do L’Occitane Group, onde esteve por um ano e quatro meses, até julho, e seguiu para a Vivara, na função de analista de comunicação interna. n Julian Henrique Schumacher, ex-Conselho Regional de Farmácia RS, que registrou rápidas passagens em São Paulo por Approach e Grupo Trama Reputale, começou nova jornada como assessor de imprensa institucional na Santa Marcelina Cultura. Guilherme Fernandes Ivan Rocatelli Julia Caramés Julian Henrique Schumacher

Edição 1.423 página 10 conitnuação - Comunicação Corporativa n Laura Imene, ex-analista júnior da Agência Contatto, em que começou como estagiária e atuou por quase dois anos e meio, iniciou em junho nova jornada profissional na Pros, como assistente de atendimento de PR de O Boticário. n Lugana Olaiá começou em agosto como atendimento sênior na Press Pass. Até então, atuou como analista de marketing pleno na Rede D’Or São Luiz. n Marcel Andrade, consultor na Loures, deixou a agência em junho, após pouco mais de um ano de casa, e começou agora em agosto na Approach, na função de assessor de imprensa sênior, contratado para o atendimento da Enel Distribuição São Paulo. n Maria Clara Bianchi, assistente de PR na Ketchum, onde ficou por quase um ano e meio, até julho, está de trabalho novo. Começou como analista júnior na BR Media Group. Laura Imene Lugana Olaiá Marcel Andrade Maria Clara Bianchi n Marília Leoni, ex-VCRP Brasil, onde esteve por pouco mais de dois anos, e que de fevereiro a junho foi gerente de parcerias estratégicas na ByteDance, começou em junho como líder de PR na plataforma Clara, focada em gestão para empresas da América Latina. n Natasha Kubala, executiva pleno, deixou a VCRP, em que esteve por quase quatro anos, até junho, e transferiu-se para a N5 Now, plataforma desenvolvida para o setor financeiro. n Pedro Antunes, ex-executivo sênior na Tastemakers Brasil, onde esteve por quase dois anos no atendimento à divisão de General Entertainment da WarnerMedia (Warner Channel, Space, TNT, TNT Séries e TNT Sports), começou em julho como analista de conteúdo bilingue na Digital Industry, para clientes do setor de seguros e logística, entre outros. n Renata Florenzano Lorenzini, gerente de Marketing da Azul, onde atuou por pouco mais de dois anos, até fevereiro, está atualmente como gerente de marketing institucional, Trade e Loyalty na Accor. n Rodrigo Parreiras, que esteve por quase oito anos, até abril, como coordenador de marca e comunicação institucional na Beneficência Portuguesa, começou em julho como consultor associado de marca, marketing e comunicação na Coletivo Consultoria. n Silmara Barbosa dos Santos, coordenadora sênior de sustentabilidade, deixou a Latam Airlines, onde esteve por cerca de um ano, até junho. Antes, ela ficou por mais de quatro anos na Enel Brasil. n Vanessa Domingues começou em junho como diretora de atendimento na NR7. Esteve, anteriormente, por quase um ano e meio, até junho, na Ideal, ali cuidando da gestão das contas Globo (frente de tecnologia) e Ford. Antes, passou por RPMA e RMA, esta segunda marca incorporada pela primeira. Marília Leoni Natasha Kubala Pedro Antunes Renata Florenzano Lorenzini Rodrigo Parreiras Silmara Barbosa dos Santos Vanessa Domingues

Edição 1.423 página 11 n Vinícius Souto, estagiário por um ano e nove meses, foi efetivado como analista júnior na Ágora, para o atendimento ao cliente Netflix. n Viviane Pedrosa deixou a Fala Hub, onde esteve por um ano e dois meses, até junho, e começou como analista de comunicação corporativa na Embraer. Ela também foi de NR7. Vinícius Souto Dança das contas n A Seven PR tem novidades na carteira de clientes: Kria, plataforma de investimentos em startups, que democratiza o mercado de capitais ao intermediar ofertas públicas para PMEs. Informações com Alice Vieira, pelo 13-991171546 e [email protected]. n Na Bahia, a Darana RP fechou com três novos clientes: Casa Matris, clínica de assistência médica obstétrica e multiprofissional à gestante, em que a agência fica responsável pelas ações de RP para multipúblicos, com atendimento de Lais Miranda ([email protected]); Fundação Marília Emília – organização sem fins lucrativos de fomento a ações e pesquisas nas áreas de saúde e educação. Atendimento de Décio Calado ([email protected]) e contrato para os serviços de RP com imprensa e organização de evento. E Direcional Engenharia, empresa mineira com mais de 40 anos de mercado de construção civil no Brasil. No atendimento, Adônis Matos (adonis@darana. com.br). As três contas têm coordenação de Lara Machado e direção da sócia-diretora Cândida Silva. n A Encaso também está de cliente novo, a Mental Clean, consultoria em saúde mental no trabalho e do trabalhador. Outras informações com Francielle Mesquita (francielle@encasocomunicacao. com.br e 11-95450-1560) e com a sócia-diretora Ana Paula Soares (ana@ e 11-98716-6046). Pelo mercado n Com doutorado em comunicação e semiótica pela PUC-SP e estágio na Universidade Nova de Lisboa (Portugal), Miriam Kênia, usando metodologias próprias, idealizou e fundou o Estúdio Bendizer, focado em comunicação estratégica e direcionado sobretudo para a agenda ESG e diálogos sociais. Valeu-se, como diz na sua apresentação, da experiência profissional em comunicação corporativa e no jornalismo, mais as referências inovadoras da Academia. u Ex- Máquina da Notícia (atual, Máquina CW) e In Press Oficina (atual Oficina Consultoria), também foi repórter de economia e finanças em veículos como IstoÉ Dinheiro, Folha de S.Paulo e Forbes Brasil. No Estúdio Bendizer, mantém parcerias pontuais com a publicitária Patrícia Santiago, ex-diretora em FSB e In Press; e com a especialista em relacionamentos comunitários e diálogo social Karol Amorim (ex-Kinross). u Entre os clientes, já conta com o Pacto Global da ONU e o Ministério Público de Minas Gerais; as companhias Kinross e CBMM; o Colégio Santo Agostinho; e a Orquestra Ouro Preto. E mais n Beyond the Ballot (ou Além da Urna) é o nome da nova divisão que marca a inédita parceria internacional entre a Ketchum (PR) e a Portland (dados e análises), apresentada ao mercado mundial como um consórcio de inteligência em comunicação que tem por objetivo transformar a capacidade da agência de produzir uma abordagem consultiva sobre os efeitos que advirão da corrida eleitoral em Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia em 2024. n A SP4 Comunicação Corporativa está de cara nova. Fundada e dirigida por Odete Pacheco e com mais de 20 anos de vida, a agência apresenta nova identidade visual, com renovadas logomarca e paleta de cores, que buscam imprimir, como diz o comunicado ao mercado, “o dinamismo e a interculturalidade dos grandes centros urbanos à narrativa da agência, cuja origem está associada à vibrante cidade de São Paulo”. Outras informações com Alice Bettencourt, pelos 11-97744-0982 e alice. [email protected]. n Maria Tereza Gomes autografa em 30/8, a partir das 19h, na Livraria Drummond (Conjunto Nacional – av. Paulista, 2.073 – São Paulo), Coisas que aprendemos com o tempo – Idade, trabalho e saúde, obra (sua terceira) com uma coletânea de colunas sobre longevidade que ela publicou na revista Época Negócios. São textos que apresentam, segundo ela, uma “reflexão sobre a segunda metade da vida: conquistas, medos e descobertas”. n Quem também está de lançamento novo é Rodolfo Guttilla, sócio-fundador da Cause. E novamente mostrando seu lado poético, com Osso, obra que será lançada em 24/8, a partir das 18h30, na Galeria Raquel Arnauld, à rua Fidalga, 125, na Vila Madalena, também em São Paulo. Miriam Kênia Viviane Pedrosa Livros Maria Tereza Gomes e Rodolfo Guttilla em novos lançamentos Maria Tereza Gomes Rodolfo Guttilla conitnuação - Comunicação Corporativa

Edição 1.423 página 12 E ainda... n Adriana Teixeira, editora executiva do Anuário da Comunicação Corporativa, participa, no próximo sábado (19/8), do Favela Cria − Comunicação de Impacto, em Paraisópolis, no painel sobre Desinformação na Era da Inteligência Artificial. Apresentará relatos sobre a pesquisa realizada em Paraisópolis que investiga a resistência da comunidade à desinformação durante a pandemia da Covid-19. O estudo faz parte da tese proposta ao programa de doutorado em Comunicação e Semiótica, na PUC-SP. Confira aqui a programação completa do evento. n Daniel Costa, que lidera as áreas de sucesso do cliente e marketing do BWG, vai lançar em 24/8, às 19h30, no Auditório do Instituto Caldeira (Travessa São José, 455 – Navegantes, em Porto Alegre), Vamos conversar? Histórias e outros caminhos para a comunicação corporativa, seu terceiro livro – os outros dois foram Endomarketing Inteligente (de 2010) e Não existe gestão sem comunicação (2014). A obra já está disponível para pré- -venda no site do autor. Pingos nos is − n Thaís Santiago, que começou recentemente na Sword Security, na área de gestão de eventos, e que foi notícia em nossa última edição, informa que está fazendo atualmente intercâmbio cultural em Dublin, na Irlanda. Adriana Teixeira Daniel Costa Thaís Santiago conitnuação - Comunicação Corporativa Por dentro da Comunicação Pública 1 Podcast como ferramenta para comunicação pública Lorenna Aracelly Cabral de Oliveira (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) vai falar sobre os princípios básicos da Comunicação Pública e de suas práticas de produção e circulação através do podcast. 2 Escrevendo para a diversidade na comunicação pública Por meio de pesquisas sobre comportamento do usuário e técnicas de escrita e gestão, a oficina ministrada pela Pamela Passos Mascarenhas (Funarte/ UFF) vai apresentar e estimular conhecimentos da Comunicação Pública no novo cenário digital. 3 Os impactos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais nas atividades do jornalismo Em sua oficina, André Freire da Silva (Câmara dos Deputados), relator da proposta de regulamentação da proteção de dados pessoais nos arquivos públicos e privados brasileiros, vai compartilhar muito conhecimento sobre origem, princípios, normas e conceitos da LGPD. 4 TikTok e YouTube como canais de comunicação pública online José Agnaldo Montesso Júnior (Universidade Federal de Alfenas), associado da ABCPública, irá ministrar uma oficina prática por meio da exposição e aplicação das ferramentas disponíveis no software OBS Studio para a execução de uma transmissão online. 5 Cidadão Presente: Reuniões públicas e eventos como estratégia de comunicação Herivelto Ferreira (Senado Federal) explicará que a interlocução com o cidadão deve ser compreendida como estratégica e de alto potencial de resultados. 6 Construção de uma Política de Comunicação Institucional O professor Wilson da Costa Bueno (Escola de Comunicações e Artes da USP), que também é associado da ABCPública, vai apreO II Congresso Brasileiro de Comunicação Pública, Cidadania e Informação está cada vez mais perto Você já escolheu a qual oficina vai assistir? São 15 ótimos temas. Confira:

Edição 1.423 página 13 sentar o potencial estratégico de uma Política de Comunicação e a sua importância para a “definição de diretrizes claras e competentes que possam orientar as ações e estratégias de comunicação”. 7 Comunicação estratégica, será que eu faço? Allana de Albuquerque Sousa Silva, vice-presidente de Gestão e Parcerias da ABCPública, vai apresentar uma lista de boas práticas que podem te ajudar a colocar a Comunicação Pública do seu órgão nos trilhos da estratégia. 8 Oficina de Linguagem simples Patrícia Figueiredo Roedel (Câmara dos Deputados) e Joseane Aparecida Corrêa farão aula expositiva sobre diretrizes para a implementação da linguagem simples na produção de conteúdo de fácil compreensão na Comunicação Pública. 9 Como organizar um canal de comunicação científica para o público externo? A proposta de oficina de Ana Paula Luckman e de Carla Algeri é mostrar como funciona o Projeto Verifica lá no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e apresentar “dicas e informações sobre como criar um canal de comunicação institucional voltado a ciência e tecnologia, tendo como fontes de informação científica as próprias fontes institucionais”. 10 Ferramentas de diálogo para construções coletivas Emanuela de Avelar São Pedro (AIC − Agência de Iniciativas Cidadãs) falará da importância e apresentará algumas ferramentas de diálogo, ou metodologias participativas, que podem ser usadas na construção de processos de comunicação que tenha como pretensão envolver os participantes em sua elaboração. 11 Estratégias de infotenimento para órgãos públicos no TikTok Esta oficina fala sobre a sinergia entre informação e entretenimento na comunicação pública voltada aos jovens, a partir de práticas no TikTok. Quem vai falar sobre o assunto é a associada da ABCPública Ana Marusia Pinheiro Lima (Câmara dos Deputados), o jornalista Ailton Mesquita Barros (Câmara dos Deputados) e o designer Petro Neto. 12 Comunicação pública na mobilização para ajuda humanitária: caso das chuvas de SP 2023 Esta é a oficina em que Ana Nery de Farias (Fundo Social de São Paulo) vai mostrar como conseguiram em 30 dias reunir 400 toneladas de alimentos de pessoas físicas e jurídicas de diversas partes do País. 13 Transmissão ao vivo descomplicada com uso do Streamyard (excepcionalmente, 10 vagas) Ana Elisa Sidrin (Embrapa) vai compartilhar seus conhecimentos sobre criação, agendamento, configuração de áudio e vídeo do Streamyard, que além de gratuito e simples de operar é compatível com YouTube, Facebook e LinkedIn. 14 Como interagir com o cidadão nas redes sociais com temas da saúde? Interagir com o cidadão sobre assuntos relacionados com a promoção da saúde pública é o tema da oficina de Adriana de Moraes (Universidade Federal de Goiás/ Secretaria de Saúde) e Rafaela dos Anjos (Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia). 15 O papel da comunicação pública no combate à desinformação em comunidades rurais Nesta oficina vamos conhecer um case de sucesso no combate à desinformação. Combatendo a desinformação na minha comunidade rural é um projeto desenvolvido por Anderson L S Siqueira (Universidade Federal do Tocantins) e Lucas Samuel da Silva (Uniamérica). Todas as oficinas serão ministradas em 17 de outubro, das 18h às 20 horas. Inscreva-se agora e veja a programação completa. Ah, e associados da ABCPública têm desconto nas inscrições. Não é associado(a)? Clique aqui e faça parte. Por dentro da Comunicação Pública Tuitão do Daniel Por Daniel Pereira (daniel07pereira@ yahoo.com.br), especial para J&Cia (*) Batizado há 46 anos no Grupo Estado, Daniel Pereira passou por Rádio Bandeirantes, TV Record, coordenou a Comunicação do Governo de SP na ECO-92 e foi assessor de imprensa no Memorial da América Latina. Publicou em 2016 O esquife do caudilho e acaba de concluir O último réu. Na padaria do Xandão, olhos grudados na TV, o perspicaz Amarildo resumiu a cena em que a PF prendia assessores envolvidos em falcatruas de um notório quase ex-político: É, nos velhos tempos eles apelavam para o sobrenatural, mas hoje os “homi” chegam na frente. Do alto dos seus 90 anos, 70 deles como lapidador de pedras preciosas, Amarildo era autoridade no assunto. Nada mais justo, portanto, que todos quisessem a opinião dele sobre o escabroso negócio das arábias. Poeta sem brilho, Amarildo se sentiu no centro do palco. Fez a pausa pontual e, como monge chinês, filosofou: Amigos, joias não falam, mas, nesse caso elas mostram que o poder em mãos erradas é perigo iminente. Se as joias falassem HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR?

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