Edição 1.419 página 5 conitnuação - MediaTalks EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação Caminhão de Assange − Com a possibilidade cada vez mais concreta de Julian Assange ser extraditado para os EUA, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) iniciou em 17/7 uma campanha de uma semana em Washington para pressionar o governo americano a desistir dos processos contra o fundador do Wikileaks, preso em Londres. A campanha foi iniciada com uma “manifestação móvel” para mobilizar o apoio público a aderir à campanha #FreeAssange e sensibilizar congressistas. Parando na Casa Branca, no Departamento de Justiça, no Departamento de Estado, no prédio do Capitólio e nas embaixadas da Austrália (país natal de Assange) e do Reino Unido, um caminhão exibiu mensagens destacando o perigo que as acusações feitas a Assange e uma possível extradição para julgamento nos EUA representam para o jornalismo e para o direito do público a ser informado. Direitos autorais − A OpenIA, dona da ferramenta de inteligência artificial generativa ChatGPT, deu um passo importante para atenuar críticas de desinformação e violação de direitos autorais, fechando um acordo com a agência de notícias Associated Press para utilizar seu conteúdo. As ferramentas de inteligência artificial recolhem informações disponíveis em qualquer fonte aberta na internet para alimentar seus modelos de linguagem, sem um mecanismo formal de autorização dos autores ou compensação financeira. O valor do contrato não foi divulgado, mas ele pode abrir caminho para outras empresas jornalísticas buscarem acordos semelhantes. #10secondi − Os italianos encontraram uma forma original e eficiente de protestar contra a absolvição de um homem de 67 anos que tocou as partes íntimas de uma jovem de 17: mostrar que o entendimento de um tribunal de Roma sobre o tempo necessário para o assédio ser considerado crime é inaceitável. O acusado é zelador da escola onde a jovem estuda, e em abril de 2022 colocou a mão dentro de sua roupa de baixo na frente de outros estudantes, justificando depois como sendo “uma brincadeira”. A justificativa para a absolvição – o fato de o toque ter durado apenas entre 5 e 10 segundos e por isso não configuraria intenção libidinosa pela lei criminal – revoltou os italianos, que iniciaram um movimento nas redes com postagens em alusão aos dez segundos. Apoio unido − Há quatro anos consecutivos, o México é o país com maior número de jornalistas assassinados no mundo, e 2022 foi o ano com o maior número de vítimas já registrado. A impunidade é a regra nestes casos, e, das 105 investigações sobre homicídios de jornalistas conduzidas pela Procuradoria Especial Federal para Crimes Contra a Liberdade de Expressão (Feadle), desde sua criação em 2010 até maio de 2022, apenas seis resultaram em condenações. Para responder à violência e às ameaças ininterruptas, foi criada a rede Tejidos Solidarios, uma iniciativa da ONG de direitos humanos Proposta Cívica. Legião de Honra − O jornalista francês Arman Soldin, morto na Ucrânia, foi homenageado postumamente em 13/7 como Cavaleiro da Legião de Honra, a mais alta condecoração da França para reconhecer atos de bravura militar e contribuições de civis para o bem da sociedade. Coordenador de operações de vídeo da Agence France Presse (AFP), Soldin foi vítima de um bombardeio na cidade de Bakhmut, no dia 9 de maio. Segundo o Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), 17 jornalistas e profissionais da mídia perderam a vida enquanto cobriam a guerra da Ucrânia desde a invasão do país pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022. Esta semana em MediaTalks A República Democrática do Congo ocupa uma das últimas posições no ranking de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras. O Brasil mostrou um avanço significativo, subindo 18 posições no referido ranking. No ano passado, o Brasil ocupava o 110º lugar no levantamento, que avalia as condições para o exercício do jornalismo em 180 países e territórios. Leia a matéria Violência contra jornalistas no Brasil e no mundo: O testemunho de uma jornalista congolesa refugiada no Brasil e entenda melhor a situação dos jornalistas refugiados através da experiência da jornalista Claudine Shindany. Claudine Shindany
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