Edição 1.419 - 19 a 25 de julho de 2023 Influência nunca foi tão PRable n O Grupo Record está promovendo nesta semana uma série de cortes em diversas áreas de sua operação em São Paulo. Segundo a informação dada em primeira mão no início da tarde de segunda-feira (17/7) pelo site Notícias da TV, de Daniel Castro, os cortes devem se estender ao longo desta semana e podem atingir mais de 200 profissionais, de um total de três mil, incluindo afiliadas. u Vale lembrar que no começo do mês o grupo já havia fechado sua filial em Sorocaba e demitido todos os profissionais que lá atuavam. Ainda de acordo com o Notícias da TV, somente a Teledramaturgia deve ficar de fora, pois está sob gestão da Igreja Universal do Reino de Deus, que produz a novela Reis e compra horário na Record. u Em nota, a Record informou que as decisões foram necessárias para adaptar sua operação em um período de reformulação de investimentos. No ano passado o grupo registrou um prejuízo de R$ 517 milhões, um recorde histórico, e a previsão é que neste ano os números poderiam ser ainda piores. u Até o fechamento desta edição, no Jornalismo, foram confirmadas as saídas das apresentadoras Patrícia Costa e Janice de Castro, dos repórteres Roberto Thomé, Sylvestre Serrano, Leandro Sant Ana e Mauro Junior, do diretor de Apoio Operacional do Jornalismo Luiz Cardamone, do diretor de Conteúdo OTT (PlayPlus) Josmar Bueno Júnior, do coordenador do núcleo de Esportes Georgios Theodorakopoulos e da coordenadora de produtos originais multiplataformas Carmen Farão. n O jornalista e ex-deputado federal Jean Wyllys foi nomeado como assessor na Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), atuando na área de planejamento de comunicação do governo Lula. Em nota, a Secom informou que a nomeação deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias. u Wyllys retornou recentemente ao Brasil, após quatro anos fora do País. No começo de 2019, ele renunciou ao cargo de deputado federal, conquistado nas eleições de 2018, sob a alegação de ter sofrido ameaças de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, e deixou o Brasil no que chamou de um “autoexílio”. No exterior, fez doutorado em Barcelona. n Cristiano Romero, colunista e desde março de 2021 diretor adjunto de Redação do Valor Econômico, baseado em Brasília, deixou o jornal após 23 anos de casa (integrou a equipe de fundação do veículo) e a partir de agosto passará a fazer parte do Brazil Journal. Neste, segundo nota publicada em seu site, além de uma coluna regular, “escreverá reportagens, entrevistará políticos e autoridades e mediará eventos dedicados a temas de relevância nacional ou a setores da economia”. u Pernambucano de Petrolina e criado em Brasília e no Recife, Cristiano formou-se em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB). Nos anos 1990, editou o Informe Econômico do Jornal do Brasil, uma coluna diária sobre economia e negócios. Foi o primeiro correspondente do Valor em Washington, entre 2000 e 2003, e, entre 2002 e 2003, comentarista do programa Conta-Corrente, da GloboNews. u No retorno ao Brasil, atuou como colunista e repórter especial de Política. Em 2005 passou a assinar uma coluna semanal de economia e em 2009 foi promovido a editor executivo. Em 2008, recebeu o Citigroup Journalistic Excellence Award, da Columbia University. Cristiano Romero deixa o Valor Econômico e vai para o Brazil Journal Cristiano Romero Demissões no Grupo Record podem atingir mais de 200 profissionais De volta ao Brasil, Jean Wyllys é nomeado para cargo na Secom Lula e Jean Wyllys
Edição 1.419 página 2 Últimas n Pelo menos cinco importantes publicações de âmbito nacional sofreram nas últimas semanas uma série de processos judiciais com o objetivo de impetrar censura em seus conteúdos. u Essa escalada ganhou um novo contorno na semana passada, quando o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) iniciou uma cruzada contra veículos de imprensa que noticiaram as recentes denúncias de corrupção envolvendo seu nome e de violência contra sua ex-mulher Jullyene Lins. u Até o fechamento desta edição, haviam sido alvos do deputado alagoano o programa ICL Notícias, produzido pelo Instituto Conhecimento Liberta, a Agência Pública e o site Congresso em Foco; este, por causa de uma liminar provisória concedida pela Justiça do Distrito Federal, foi o único dos três de fato obrigado a retirar do ar uma reportagem em que a ex-mulher do deputado o acusa de ter cometido violência sexual contra ela em 2006. u A decisão, datada de 3 de julho, é do juiz Jayder Ramos de Araújo, da 10ª Vara Cível de Brasília. O caso está sob sigilo e o mérito ainda será julgado. Além da remoção do conteúdo, a ação por danos morais pede indenização de R$ 100 mil e tem como partes Jullyene e o portal UOL, onde o Congresso em Foco está hospedado e mantém relação comercial com independência editorial. u No caso da Agência Pública, o parlamentar entrou com ação na 14ª Vara Cível de Brasília contra a publicação, e também sua ex-esposa. O pedido de tutela de urgência apresentado por Lira na ação foi indeferido pelo juiz Luiz Carlos de Miranda. O magistrado entendeu que a reportagem é de interesse público e visa a informar os leitores. “Não é demais lembrar que o Imprensa sofre com escalada de tentativas de censura Lira e Jullyene autor, por ser figura pública e política de inegável importância no cenário brasileiro, desperta legítimo interesse quanto aos seus atos de governo, mas também quanto à sua vida pessoal”, declarou o magistrado. u Lira também havia solicitado que o processo corresse em segredo de justiça, o que também foi indeferido pelo juiz da ação. Neste caso, assim como no do Congresso em Foco, além da retirada do conteúdo, foi pedida indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil. A Pública declarou que entrou em contato com Lira para esclarecimentos e abriu espaço para ouvir e publicar a versão do deputado, que optou por não responder aos questionamentos. u Já no caso contra o ICL Notícias, o deputado pediu a remoção de reportagens, entrevistas e comentários produzidos pelo programa. Além das denúncias feitas pela ex-mulher do deputado, neste caso a ação também mira comentários feitos durante o programa sobre o arquivamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de uma investigação por corrupção passiva, envolvendo aquisição superfaturada de kits de robótica para escolas de Alagoas. u Desta vez, o Lira entrou com ação na 24ª Vara Cível de Brasília para a retirada de ao menos 43 vídeos do ICL Notícias, e pediu indenização de R$ 300 mil por dano moral. O deputado pediu em caráter de urgência que todos os links do programa, incluindo trechos publicados pelos participantes, fossem retirados das redes sociais. Mas o juiz Gustavo Fernandes Sales também negou a tutela de urgência, afirmando que a retirada do conteúdo do ar sem que passasse pelo trâmite normal do processo de danos morais poderia “impor verdadeira censura à liberdade de imprensa”.
Edição 1.419 página 3 conitnuação - Últimas Intercept consegue liberação parcial n A Justiça do Rio de Janeiro liberou nesta semana a veiculação de parte do conteúdo que integra a série de reportagens Em nome dos pais, do site The Intercept Brazil. O material, que estava sob censura há mais de um mês, foi produzido pela repórter Nayara Felizardo, que em mais de um ano de investigação meticulosa apontou diversas decisões judiciais que inocentaram acusados de estupro de vulnerável ou de violência doméstica, muitas vezes tirando os filhos das mulheres e entregando-os a quem elas denunciaram. u Apesar do parecer favorável, a liberação não reverte totalmente a decisão inicial da juíza Flávia Gonçalves Moraes Bruno, da 14ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro. A alegação da magistrada é que a série fere a privacidade das crianças. “Mas estes meninos e meninas nunca foram nomeados, nem identificados de qualquer forma nas reportagens”, explica Nayara. “As pessoas nomeadas foram os juízes, desembargadores e a psicóloga do Tribunal de Justiça do Rio, Glícia Brazil, implicados pela rigorosa investigação que levou quase um ano para ser feita”. u Com isso, a justiça liberou a republicação de quatro matérias, mas segue impedindo que o documentário produzido sobre o assunto seja veiculado. n Em outro caso, este sem relação com Arthur Lira, o juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível do Distrito Federal, expediu uma liminar determinando a remoção de um trecho da reportagem O cupinzeiro, produzida pelo repórter Breno Pires, para o site e revista piauí de junho. u A reportagem mostra como o governo Bolsonaro desidratou o programa Mais Médicos e colocou no lugar uma agência que se transformou num ninho de falcatruas, com casos de nepotismo, irregularidades administrativas, denúncias de assédio moral e mau uso de verba pública. A decisão atendeu ao pedido de um casal citado na reportagem, ambos contratados pelo governo Bolsonaro. u Na decisão, o juiz Raposo Filho entendeu que o pedido de censura prévia era excessivo, mas ordenou que a piauí suprimisse a menção dos nomes dos requerente nas versões online e impressa da publicação. Como a edição já havia sido distribuída no início de junho, e o juiz estava informado disso, a consequência inevitável de sua decisão era o recolhimento da edição das bancas. Justiça manda recolher piauí das bancas Edição de junho da piauí foi retirada das bancas Nacionais n Uma parte do cenário da CNN Brasil desabou na manhã de 14/7 durante a transmissão do CNN Manhã, da CNN Rádio, apresentado por Roberto Nonato e Nicole Fusco. Uma peça do teto caiu em cima dos âncoras e chegou a atingir Nonato, que felizmente não se feriu. u O caso ocorreu às 5h18 da manhã. Segundo a assessoria de imprensa da CNN Brasil, Nonato e Fusco falavam sobre as principais notícias do dia quando o acabamento cenográfico, constituído por material leve, desprendeu-se e caiu em cima dos apresentadores. Nonato levantou-se assustado e ficou dor na cabeça depois, mas não se feriu, segundo apurou o Notícias da TV. Já Nicole assustou-se e ficou sentada na hora do desabamento. A transmissão ao vivo foi interrompida e, na sequência, entrou o intervalo comercial. O momento do acidente não aparece no vídeo publicado no canal da CNN Brasil no YouTube da CNN, com trechos do programa. Teto de cenário da CNN Brasil desaba ao vivo e atinge apresentador
Edição 1.419 página 4 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. A crise mais recente da BBC pode não ser a maior de seus 100 anos. Mas, pelo momento político e econômico, tem o potencial de impulsionar transformações em seu modelo de negócio que muitos veem como ameaça à sua existência ou ao padrão de qualidade. Isso ficou evidente na terça-feira (18/7), quando o diretor-geral da rede, Tim Davie, foi sabatinado pelo Comitê de Comunicação e Tecnologia Digital da Câmara dos Lordes. A sessão havia sido convocada antes do escândalo do apresentador Huw Edwards e tinha o objetivo de debater a sustentabilidade financeira da rede com base em seu relatório anual. Mas o caso do âncora tomou conta da conversa. Os questionamentos sobre os passos da emissora ao saber que uma de suas estrelas teria pago a uma pessoa menor de idade viciada em drogas para receber fotos pornográficas estão afetando a imagem do jornalismo e da corporação em todas as esferas. Informada sobre o caso em maio, a BBC foi criticada por manter no ar um profissional que pode não ter cometido crime, como entendeu a polícia, mas não teve um comportamento modelo esperado de figuras influentes − e pagas com dinheiro público. Não parece ter havido um conluio para abafar o caso, pois, segundo a BBC, a denúncia levada pela família ao serviço de atendimento ao consumidor não chegou à direção. A cúpula só teria sido informada quando The Sun pediu uma posição sobre o caso, dois dias antes de a bomba explodir. Mesmo sendo falha de processo e não acobertamento, a história de Edwards foi um exemplo de mau gerenciamento de crises, a julgar pelos fatos conhecidos. A BBC (e o apresentador) poderiam vir a público antes de a reportagem ter sido publicada para se defender com um fato inquestionável: a polícia foi acionada pela família da suposta vítima em abril, e por falta de evidências de crime não houve inquérito. Não foi o que aconteceu. Os dias em que o nome do apresentador não foi divulgado se transformaram em pesadelo para outras estrelas, que viraram suspeitas, e para a rede, que apanhou sem parar. Diante da comissão parlamentar, Davie admitiu que o episódio deixou lições e motivou uma revisão nos processos para lidar Como a crise do âncora Huw Edwards pode afetar o modelo de negócio da BBC com denúncias dessa natureza. A BBC contratou a Deloitte para fazer a revisão, o que pode atenuar as críticas sobre a forma como o caso se desenrolou. Já o debate sobre financiamento é diferente. É uma questão política, insuflada desde a ascensão de Boris Johnson ao poder. Sua administração acusou a BBC de parcialidade e colocou lenha na fogueira de uma modernização do modelo de custeio sem dependência da taxa obrigatória paga pelos contribuintes, o que é visto por muitos como vendetta. Nesse contexto, a crise do âncora ajuda a tornar esse movimento mais ameaçador, pois o fato de a BBC ser financiada pelo contribuinte tem sido usado como argumento para questionar o uso de dinheiro público em uma corporação que não tem se comportado tão bem aos olhos de seus críticos. A situação financeira não é confortável. O relatório anual informa que mais de 500 mil residências cancelaram o pagamento da taxa para assistir aos canais da rede. No ano passado, o valor foi congelado por dois anos. Desde então houve uma crise no custo de vida no país. Menos gente interessada na BBC diante das novas ofertas e mais gente cortando despesas. A renovação da licença da BBC, que pode resultar em uma mudança no modelo de custeio, está marcada para 2027. O que se discute agora é se esse modelo continua viável em um mundo diferente daquele em que a taxa foi criada. A diretora de políticas da corporação, Clare Summer, disse à Comissão que estão sendo exploradas alternativas como revisão no valor da taxa e subsídio para pessoas com menos recursos. Já os críticos do atual sistema defendem que a BBC dispute o mercado com outras redes e serviços de streaming, eliminando a taxa de vez. Isso pode significar mais cortes de equipes e de serviços nacionais e internacionais, além dos que a rede já vem fazendo. Dificilmente a BBC vai acabar. Mas dificilmente continuará igual ao que era, com risco de queda na quantidade e na qualidade de seu jornalismo e de sua programação cultural. A crise de Huw Edwards veio em péssima hora. Huw Edwards
Edição 1.419 página 5 conitnuação - MediaTalks EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Esta coluna é de responsabilidade da Jornalistas Pretos – Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação Caminhão de Assange − Com a possibilidade cada vez mais concreta de Julian Assange ser extraditado para os EUA, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) iniciou em 17/7 uma campanha de uma semana em Washington para pressionar o governo americano a desistir dos processos contra o fundador do Wikileaks, preso em Londres. A campanha foi iniciada com uma “manifestação móvel” para mobilizar o apoio público a aderir à campanha #FreeAssange e sensibilizar congressistas. Parando na Casa Branca, no Departamento de Justiça, no Departamento de Estado, no prédio do Capitólio e nas embaixadas da Austrália (país natal de Assange) e do Reino Unido, um caminhão exibiu mensagens destacando o perigo que as acusações feitas a Assange e uma possível extradição para julgamento nos EUA representam para o jornalismo e para o direito do público a ser informado. Direitos autorais − A OpenIA, dona da ferramenta de inteligência artificial generativa ChatGPT, deu um passo importante para atenuar críticas de desinformação e violação de direitos autorais, fechando um acordo com a agência de notícias Associated Press para utilizar seu conteúdo. As ferramentas de inteligência artificial recolhem informações disponíveis em qualquer fonte aberta na internet para alimentar seus modelos de linguagem, sem um mecanismo formal de autorização dos autores ou compensação financeira. O valor do contrato não foi divulgado, mas ele pode abrir caminho para outras empresas jornalísticas buscarem acordos semelhantes. #10secondi − Os italianos encontraram uma forma original e eficiente de protestar contra a absolvição de um homem de 67 anos que tocou as partes íntimas de uma jovem de 17: mostrar que o entendimento de um tribunal de Roma sobre o tempo necessário para o assédio ser considerado crime é inaceitável. O acusado é zelador da escola onde a jovem estuda, e em abril de 2022 colocou a mão dentro de sua roupa de baixo na frente de outros estudantes, justificando depois como sendo “uma brincadeira”. A justificativa para a absolvição – o fato de o toque ter durado apenas entre 5 e 10 segundos e por isso não configuraria intenção libidinosa pela lei criminal – revoltou os italianos, que iniciaram um movimento nas redes com postagens em alusão aos dez segundos. Apoio unido − Há quatro anos consecutivos, o México é o país com maior número de jornalistas assassinados no mundo, e 2022 foi o ano com o maior número de vítimas já registrado. A impunidade é a regra nestes casos, e, das 105 investigações sobre homicídios de jornalistas conduzidas pela Procuradoria Especial Federal para Crimes Contra a Liberdade de Expressão (Feadle), desde sua criação em 2010 até maio de 2022, apenas seis resultaram em condenações. Para responder à violência e às ameaças ininterruptas, foi criada a rede Tejidos Solidarios, uma iniciativa da ONG de direitos humanos Proposta Cívica. Legião de Honra − O jornalista francês Arman Soldin, morto na Ucrânia, foi homenageado postumamente em 13/7 como Cavaleiro da Legião de Honra, a mais alta condecoração da França para reconhecer atos de bravura militar e contribuições de civis para o bem da sociedade. Coordenador de operações de vídeo da Agence France Presse (AFP), Soldin foi vítima de um bombardeio na cidade de Bakhmut, no dia 9 de maio. Segundo o Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), 17 jornalistas e profissionais da mídia perderam a vida enquanto cobriam a guerra da Ucrânia desde a invasão do país pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022. Esta semana em MediaTalks A República Democrática do Congo ocupa uma das últimas posições no ranking de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras. O Brasil mostrou um avanço significativo, subindo 18 posições no referido ranking. No ano passado, o Brasil ocupava o 110º lugar no levantamento, que avalia as condições para o exercício do jornalismo em 180 países e territórios. Leia a matéria Violência contra jornalistas no Brasil e no mundo: O testemunho de uma jornalista congolesa refugiada no Brasil e entenda melhor a situação dos jornalistas refugiados através da experiência da jornalista Claudine Shindany. Claudine Shindany
Edição 1.419 página 6 Comunicação Corporativa Ceará n Aurimar Pereira Albuquerque, ex-LLYC, despediu-se da Giusti Comunicação, em que atuou por dois anos e três meses, até março, e foi para a AECIPP (Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém), regressando a Fortaleza. Ali também já havia atuado na AD2M. Quando esteve em São Paulo, passou ainda pela LLYC. Minas Gerais n Isabela Starling Costa, gerente sênior de pós-vendas e marketing para América do Sul, deixou a FTP Industrial, onde esteve por sete anos e três meses, até junho, e assumiu a gerência-geral de comunicação, marketing e relacionamento institucional na ArcelorMittal. Ela também foi por dois anos e meio da CNH Industrial. Rio de Janeiro n Claudio Motta, especialista em desenvolvimento social, deixou a Ternium e integrou-se em junho ao time da FSB Comunicação. n Mirella D’Elia começou em junho como gerente de RP do iFood. Chega de uma jornada de nove meses na Buser Brasil e de passagem de pouco mais de dois anos na Loft, sempre como gerente. n Encerram-se nesta sexta- -feira (21/7) as inscrições com quase 50% de desconto para o 26º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas. O valor integral é de R$ 1.800, mas até essa data sairá por R$ 980. u Programado para a Unibes Cultural, em São Paulo, o evento será aberto na noite de 30/8 com a cerimônia de premiação do TOP Mega Brasil e prosseguirá nos dias 31/8 e 1°/9 com inúmeras atividades, entre elas o Fórum do Pensamento, a Arena da Inovação, oito painéis de debate e a entrega do Prêmio Personalidade da Comunicação ao nosso mais aplaudido criador de histórias em quadrinhos, Mauricio de Sousa, pai da Mônica e de sua turma, que há 60 anos educam e entretêm gerações de brasileiros e de várias partes do mundo. u Entre os convidados confirmados estão Alan Cativo (Temple), Ana Rita Freitas (Vale), Bruna Frias (Energisa), Carol Prado (Intel), Clara Bicalho (MRV), Eduardo Tessler (Mídia Mundo), Estevam Pereira (Grupo Report), Fabio Rua (General Motors), Fernando Farah (Weber Shandwick), Helen Garcia (Grupo Trama Reputale), Josemara Tsuruoka (EMS), Lawrence Chung Koo (Futurista), Leandro Conti (Hotmart), Lucia Santaella (USP/CNPq), Marcel Dellabarba (Samsung), Marcos Silva (ESPM), Mariana Fulep (Gerdau), Mariana Scalzo (McDonald’s/Arco Dorados), Marina Lima (Dow), Orlando Silva (deputado federal), Pâmela Vaiano (Itaú-Unibanco), Rodrigo Vilar (Novonor), Solano de Camargo (OAB-SP) e Thiago Massari (Bayer). u Informações e inscrições aqui. TOP Mega Brasil n Continua aberta e vai até o próximo dia 28 de julho a votação do segundo turno do prêmio TOP Mega Brasil, que revelará ao mercado as feras da comunicação corporativa do Brasil, nas verticais Agências de Comunicação e Executivos de Comunicação Corporativa e nas categorias TOP 10 Brasil e TOP 5 das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. u Esta etapa está sendo disputada por pouco mais de cem agências e de cem executivos de várias regiões do País. Os eleitores poderão indicar até cinco nomes de agências e de executivos tanto para os TOP 10 Brasil quanto para os TOP 5 regionais. As indicações para 1º lugar valem 100 pontos; para 2º, 80 pontos; 3º, 65 pontos; 4º, 55 pontos; e 5º, 50 pontos. u Clique aqui para votar. 26º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas Inscrições com descontos de quase 50% encerram-se nesta sexta (21/7) Congresso, marcado para 30 e 31/8 e 1º/9, debaterá A Comunicação e o legado que as corporações querem deixar para o futuro do planeta e das novas gerações Aurimar Pereira Albuquerque Isabela Starling Costa Claudio Motta Mirella D’Elia
Edição 1.419 página 7 conitnuação - Comunicação Corporativa São Paulo n Adriana Moucherek, executiva com 26 anos de Ajinomoto, foi promovida e assumiu em julho a Comunicação da companhia. Continuará à frente das áreas de Marketing, Digital e Inteligência de Dados e, depois de anos liderando as marcas voltadas ao varejo, muda para a área de Food Service. A nomeação, conforme destaca comunicado distribuído pela empresa, busca aprimorar a sinergia entre as marcas de consumo e a marca corporativa. n Aline Regina Telles de Almeida, ex-Vira Comunicação, despediu-se em maio da WGO Comunicação e integrou-se ao time de executivos da Fato Relevante, na função de assessora de imprensa da CPFL Energia. n Ana Paula Assis começou em junho como coordenadora de comunicação na Cobogó RP. Esteve, até então e por pouco mais de dois anos, como analista sênior de mídia social e de conteúdo na Zuk. n Bruno Ferrari é o novo head de comunicação de marca da CloudWalk, Inc. Começou em junho, após dois anos de CDN e quase dois anos e meio de Nova PR, em ambas no cargo de diretor. n Celina Cardoso, ex-Denise Delalamo Comunicação, que esteve por um ano e meio na FSB Comunicação, até abril, transferiu-se para o time de executivos da Marqueterie. n Evando Nogueira, head de PR, deixou em junho a agência Pub, onde esteve por pouco mais de um ano e meio. Em suas jornadas anteriores, esteve em Ideal H+K Strategies, JeffreyGroup, Banco Votorantim, FleishmanHilard, CDN, Volkswagen e Banco Santander. n Fernanda Cordeiro, subcoordenadora de PR, deixou em junho a Index, em que esteve por nove meses, e regressou à agência bcbizz, desta vez na função de coordenadora de RP no time Disney. n Guy Gandelman, ex-Fala Criativa, Ágora, XCOM e que esteve por seis meses na Mapa 360, é agora coordenador de comunicação do time da AtitudeCom. n Henrique Andrade, ex-gerente de comunicação corporativa e impacto social na Dafiti, onde esteve por mais de quatro anos e meio, está de volta ao mercado, após período sabático. Assumiu o cargo de coordenador de comunicação da Uname, associação civil que apoia projetos sociais escaláveis que contribuam para um sistema público de saúde mais eficiente e melhorem a qualidade de vida dos brasileiros. Adriana Moucherek Aline Almeida Ana Paula Assis Bruno Ferrari Celina Cardoso Evando Nogueira Fernanda Cordeiro Guy Gandelman Henrique Andrade
Edição 1.419 página 8 conitnuação - Comunicação Corporativa n Juliana Kunc Dantas assumiu a coordenação de comunicação do Instituto Paliar, organização especializada na capacitação em Cuidados Paliativos a partir de cursos de pós-graduação nos formatos de especialização, aperfeiçoamento e extensão em todo o Brasil. Em jornadas anteriores, fundou e foi diretora de negócios da Rádio Guarda- -Chuva, produziu e apresentou por quatro anos o podcast Finitude. Ex-TV Gazeta (SP), também é cofundadora do Instituto Ana Michele Soares – A revolução paliativa e diretora de comunicação do Movimento inFINITO. n Juliana Maian, diretora de comunicação corporativa, deixou a Mastercard, em que esteve por quase um ano e meio, até maio. Ela foi anteriormente, por quase cinco anos, gerente sênior de RP da Profile PR. n Lucas Targino, coordenador de comunicação, deixou a FSB em abril, após três anos e nove meses, e seguiu para a Motim, na mesma função. Ele também já esteve em Ideal e Weber Shandwick, em ambas por pouco mais de dois anos. n Luciene Miranda está iniciando nova jornada, agora na comunicação corporativa. Depois de 23 anos na reportagem de veículos como TV Globo e afiliadas, Bandnews, Record News e Forbes Brasil, começou como especialista sênior na Mosaike Comunicação. Além da cobertura do mercado financeiro, inclusive na B3, realizou trabalhos autônomos em Bolsa de Nova York (NYSE), Nasdaq e Bolsa de Chicago (CBOT). A partir de agora, junta-se ao time liderado por Gabriela Kirschner para atuar no atendimento ao Instituto Ayrton Senna e aos escritórios de advocacia Stocche Forbes e Buttini Moraes. n Luiz Rigo está iniciando uma nova atividade fora da Boxnet, empresa em que esteve por sete anos e da qual era diretor comercial, porém com estreito vínculo com ela própria: foi indicado para integrar o board da Keep.i Dashboard, startup de data visualization que desde o final de 2021 tem a própria Boxnet como sócia. Rigo assumiu o cargo de Chief Strategy Officer. n Marcus Vinicius de Araújo, ex-Mapa 360 e LF & Cia Comunicação Integrada, está de trabalho novo, como assessor de imprensa da Gina von hertwig Comunicações. n Mariana Geraldine, que foi por um ano e três meses gerente de comunicação corporativa do Quinto Andar, até fevereiro, começou em julho na Aliança Navegação e Logística como gerente de comunicação corporativa para o Grupo Maersk. n Michele Voltolini está de volta ao mercado e ao universo das agências de comunicação. Após pouco mais de um ano atuando como consultora independente, foi contratada como diretora da GBR Comunicação. Antes, esteve por quase 22 anos da InPress Porter Novelli. n Paloma Ghorayeb começou em maio como especialista em marketing e RP na Press Pass, após ter deixado a Textual. Ela também já esteve na MktMix e na Index. n Raul Viana, diretor de comunicação da ABCR (Associação Brasileira de Concessionários de Rodovias), deixou a organização em fevereiro, após oito anos e meio de casa. Entre suas jornadas anteriores na comunicação destacam-se Bridgestone, Volkswagen, 3M e DuPont. n Rodrigo Scapolatempore está de cargo novo na LAM Comunicação. Antes atendimento sênior em um núcleo de startups, passa agora a coordenar as ações estratégicas voltadas a conteúdo e reputação para o LinkedIn. Juliana Kunc Dantas Juliana Maian Lucas Targino Luciene Miranda Luiz Rigo Marcus Vinicius de Araújo Mariana Geraldine Michele Voltolini Paloma Ghorayeb Raul Viana Rodrigo Scapolatempore
Edição 1.419 página 9 conitnuação - Comunicação Corporativa Dança das contas n A Textual conquistou a conta do complexo laboratorial DB Diagnósticos. A agência será responsável pela reputação da marca junto a diversos públicos, com foco em negócios, ESG, marca empregadora, saúde, entre outros. Sob direção de Lina Garrido, o atendimento será de Lorena Zanelatto, com gerência de Fabrício Bernardes. O contato do time é o e-mail db@textual. com.br. u A agência vai responder também pelo posicionamento digital e pela produção de conteúdo para o LinkedIn de lideranças da companhia. Nessa frente, a equipe será composta pela head de estratégias digitais e conteúdo Pâmela Carvalho e pela dupla de criação Hugo Reis e Bruno Bacha Passos. n A Dona Comunicação, com sede no Rio, amplia sua equipe em algumas das cidades em que atua. Com experiência nas redações de O Globo e Folha de S.Paulo, Soraya Aggege, que também coordenou a assessoria de imprensa de diversas campanhas políticas, chegou para reforçar o atendimento em São Paulo. Ainda em Sampa, foi contratada Fabiana Novello, que, além de passagens pelo Valor Ecônomico e Época Negócios, atuou na produção e apresentação de podcasts em diversos segmentos. u Colegas com experiência no setor público também se juntaram ao time. Érika Carvalhosa, que integrava a Secretaria Municipal de Educação, passa a atender a contas no Rio de Janeiro. Gustavo Fernandes, que já foi assessor-chefe da Secretaria Estadual de Infraestrutura e do TER do Rio, chega para o atendimento corporativo. João Penalva saiu do Tribunal de Justiça, onde esteve por seis anos, para participar da produção de conteúdo. Com essas mudanças, Maria Elisa Alves e Mariana Totino passam a gerenciar núcleos de atendimento de educação, saúde e inovação. n A Arabella conquistou as contas de big pharmas como Merck, CLS Vifor, Roche Farmacêutica, BD (Becton, Dickinson and Company) e Emeritus-Insper. u Para os novos projetos, foram contratadas Claudia Low, como assistente de arte, e Isabela Burdignon, como analista de rede social. n Novos clientes chegando à carteira da Pub: Mercado SP SPE, concessionária que administra o Mercado Municipal Paulistano (Mercadão) e o Mercado Kinjo Yamato – informações com Cibele Lima e Regina Valente; Avenue, plataforma que permite a brasileiros investirem diretamente no mercado americano e terem uma conta internacional em dólar – informações com Chico Marcelino e Juliana Costa; e Meiskin, empresa suíça especializada em dermocosméticos, que abriu a sua primeira filial internacional no Brasil em 2019 – informações com Julyana Oliveira, Marina Paschoal e Ana Claudia Camara. n A Communica Brasil cuidará da assessoria de imprensa do 2°Free From Functional Food Expo South America, versão nacional da feira de alimentos funcionais da Europa – a Free From Functional Food Expo, e do 12º Congresso Internacional Nutrição Integrativa, que acontece nos dias 28 e 29/7, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. O atendimento será coordenado pela sócia-diretora Andrea Funk, com atendimento de Cássia Cunha. n A EDB Comunicação assumiu a conta da Adtail, empresa de marketing digital integrante do Grupo DBG (Digital Branding Group). n A Mira Comunicação passou a atender ao Curso Evidente, franquia de cursos preparatórios criada em 2004. n A Bendita Imagem é a nova agência de RP da Zoox, empresa brasileira de tecnologia e inovação focada em soluções de data science & analytics. Outras informações com Victor Marques (victor.marques@ benditaimagem.com.br e 1999758-3069) ou Diego Palma ([email protected] e 13-99636-6169). Pelas instituições n Será em 9/8, de 9h30 às 12h, o evento de lançamento do Guia de Comunicação para o Agronegócio da Aberje, na sede da entidade, à rua Amália de Noronha, 151, 6º andar. Inscrições aqui. n Tatiane Ribeiro, head de políticas públicas, deixou a Latam em abril, após 11 meses de casa, transferindo-se para a Shein como gerente de relações governamentais. n Vanessa Vieira, ex-editora- -chefe da Você S/A, que foi por pouco mais de quatro anos head de comunicação externa da EDP Brasil, até maio, está de trabalho novo. Começou em julho como head de comunicação corporativa do Grupo CCR, respondendo por relações com a mídia e comunicação interna. Não é demais lembrar que o Grupo CCR administra atualmente 20 aeroportos, 11 concessionárias de rodovias e nove linhas de trens, metrôs e VLT, que transportam 3 milhões de passageiros por dia. São 17 mil colaboradores. Pingos nos is − n É com dois “s” e não com “c” o nome correto de Clarisse Florentino, que criou a Deeper Comunicação. Licença-maternidade n Flávia Brakling, gerente sênior de comunicação na Novo Nordisk, empresa em que está desde setembro de 2017, os últimos dois vivendo e trabalhando em New Jersey, EUA. Tatiane Ribeiro Vanessa Vieira Flávia Brakling
Edição 1.419 página 10 conitnuação - Comunicação Corporativa n Vai até 31/7 o prazo para inscrições antecipadas com desconto de 15% ao Prêmio Jatobá PR. A premiação contempla 31 categorias distribuídas para organizações empresariais e públicas (10), grandes agências (10), agências- -butique (10) e uma internacional, aberta a todos os interessados. u A edição de 2023 traz como novidade as premiações regionais, que destacarão os Cases do Ano das cinco regiões do País. u Outras informações com Bruna Valim ([email protected]) ou Clara Francisco (clarafrancisco@). E mais... n Está aberto o credenciamento de imprensa para a feira ISC Brasil 2023, focada em segurança integrada e que acontecerá de 19 a 21/9, no Expo Center Norte, em São Paulo. A organização é da RX Brasil e a divulgação, da Capital Informação. Para se credenciar, clique aqui. Outras informações com Adriana Athayde (adriana@ capitalinformacao.com.br e 1198119-0082) ou Breno Beham ([email protected]. br e 15-98117-5588). n Bill Hinchberger, correspondente estrangeiro que atuou por mais de 22 anos no Brasil, reunirá os amigos da velha guarda do jornalismo em São Paulo na próxima segunda-feira (24/7), às 19h, na Pizzaria Urca (rua Manoel da Nóbrega, 136, esquina da Alameda Santos, Jardins). Contatos com ele pelo +33-62991-7594. n A Plataforma Nobis e a Smartcom vão realizar em 25/7 a palestra online Imprensa ESGível, de 8h30 às 10h, voltada para jornalistas e profissionais de comunicação. As inscrições custam R$ 110 e podem ser feitas neste link. O objetivo é oferecer conhecimentos sobre o tema ESG e incentivar o engajamento dos profissionais em torno dessa agenda. Participarão as professoras Claudia Coser e Shirley Camargo, da Nobis, e Silvana Piñeiro, CEO da Smartcom. Pelo mercado Inscrições com desconto ao Prêmio Jatobá PR vão até 31 de julho Bill Hinchberger Por dentro da Comunicação Pública Aprenda a desenvolver habilidades de comunicar o valor potencial do seu trabalho de maneira clara e objetiva. O curso de comunicação para pesquisas em políticas públicas pode te ajudar a ser estratégico com audiências não acadêmicas, particularmente para agentes políticos e sociais. Em quatro módulos, com duração total de 12 horas, os participantes aprenderão a evitar o “academês” ao contar suas histórias, a engajar com políticas públicas em diversos ambientes e um pouco mais sobre policy briefs e briefing papers. E tudo isso será ministrado pelo docente Miguel Loureiro, do Institute of Development Studies (IDS), na Inglaterra. Inscreva-se até 24/7. (Com informações de @enapgovbr) O conteúdo mais recente do podcast produzido por Aline Castro, do Conselho Consultivo da ABCPública, traz a experiência da própria profissional. Neste episódio especial, a Aline Castro compartilha com os ouvintes o que aprendeu ao longo de 14 anos como gestora de comunicação em um órgão público. São 14 dicas sobre métodos de trabalho, condução de projetos e de equipes, táticas, instrumentos e práticas que a ajudaram a estruturar as atividades de comunicação ao longo dos anos. Vale a pena conferir. Clique aqui para ouvir o podcast. São cinco vagas presenciais, todas destinadas a ocupantes de cargo efetivo em exercício em órgão ou entidade das administrações públicas federal, estadual ou municipal, além de empregados públicos federais, estaduais ou municipais concursados, efetivos e em exercício. O quadro de vagas está distribuído da seguinte forma: 20 vagas de ampla concorrência; quatro vagas destinadas a pessoas autodeclaradas negras (pretas, pardas) ou indígenas, e uma vaga destinada a pessoas com deficiência. Inscreva-se até o dia 18 de agosto. Saiba mais aqui. (Com informações de @ipeaoficial) Inscreva-se no curso Estratégias de Comunicação para Pesquisas em Políticas Públicas da Enap Confira o último episódio do podcast Comunicação Pública: Guia de Sobrevivência Estão abertas as inscrições para a 6ª turma do Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Desenvolvimento do Ipea
Edição 1.419 página 11 Cerca de 20 mil pessoas participaram das visitas guiadas à Câmara dos Deputados e ao Senado entre abril e junho deste ano, em um ritmo parecido com o registrado antes da pandemia de Covid-19. A reabertura dos prédios para turistas ocorreu em 21 de abril, aniversário de Brasília. Durante o recesso parlamentar, a visitação ocorrerá todos os dias, até 30 de julho. Como funciona A visitação é gratuita e acontece de forma integrada entre o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Mediadores de ambas as Casas revezam-se na condução dos grupos. A duração do percurso da visita é de cerca de 50 minutos. Durante o recesso, as visitas ao Congresso Nacional são realizadas todos os dias da semana (incluindo finais de semana), não havendo necessidade de realizar agendamento. Horário: das 9h às 17h Grupos: A cada 30 minutos é iniciado um tour com no máximo 60 visitantes Acesso: rampa de acesso ao Salão Negro Endereço: Palácio do Congresso Nacional − Praça dos 3 Poderes, Brasília − DF, 70160-900 Saiba mais aqui Aproveitamos para deixar como sugestão de leitura alguns artigos disponíveis na Biblioteca Digital da ABCPública que abordam o programa de visitação das casas do Congresso. Confira: O cidadão vai ao parlamento: etnografia de visitas cívicas ao Congresso Nacional PROGRAMA DE VISITAÇÃO INSTITUCIONAL AO CONGRESSO NACIONAL: Uma experiência de educação para a democracia O programa de visitação da Câmara dos Deputados sob o foco da comunicação pública (Fonte: Agência Câmara de Notícias e portal do Congresso Nacional) As Nações Unidas lançaram uma campanha de comunicação para defender os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o roteiro para as pessoas e o planeta adotado pelos líderes mundiais em 2015. Antecedendo a Cúpula das Nações Unidas sobre os ODS em setembro, a campanha quer amplificar um apelo urgente para uma nova ação ambiciosa, mostrar os Objetivos como um modelo para o progresso sustentável em nível global e incentivar o público em torno dessa agenda compartilhada para o futuro comum. A Cúpula dos ODS de 2023 reunirá líderes mundiais na sede das Nações Unidas em Nova York nos dias 18 e 19 de setembro. A ideia é reafirmar os compromissos coletivos com os Objetivos e com a promessa de não deixar ninguém para trás. Esta Cúpula é um momento decisivo para colocar urgentemente o mundo de volta no caminho certo para alcançar os ODS. A partir de agora, a campanha da ONU pretende revitalizar a conversa sobre os Objetivos com uma grande ativação digital em plataformas e países de todo o mundo. Com base na marca que tem a roda de cores dos ODS, a campanha utiliza um novo sistema visual dinâmico para as mensagens, a fim de criar impulso, aumentar a sensibilização e mobilizar uma ação acelerada para os ODS. Clique e saiba mais. (Com informações do site ONU Mulheres Brasil) Campanha da ONU pede ambição para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Você já visitou o Congresso Nacional? As Casas Legislativas federais estão abertas ao público Por dentro da Comunicação Pública 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) A história da RNC, o canal de comunicação dos dissidentes latinos nos anos 1970 A América Latina tem uma história de lutas sociais, políticas e tristezas, com uma diversidade de culturas e realidades sociais em seus países. Em muitos desses contextos, a mídia tradicional pode ser controlada por poucos grupos ou refletir interesses particulares, o que limita a diversidade de vozes e perspectivas disponíveis para o público. Nesse cenário, a comunicação alternativa tem desempenhado um papel crucial. As emissoras comunitárias foram importantes ferramentas de comunicação contra os regimes militares instalados na América Latina, especialmente nos anos 1970. Entre as várias histórias, gostaria de contar a da Rádio Notícias do Continente (RNC), emissora de ondas curtas da Costa Rica, criada legalmente, com o apoio de vários dissidentes (membros da guerrilha urbana argentina Montoneros), que fugiram da Argentina, diante das ameaças da ditadura de Videla, em 1976. O curioso é que a emissora foi projetada para ter grande alcance em ondas curtas, utilizando um transmissor e uma antena especialmente projetados para melhorar o sinal. Este tipo de onda permite que o sinal possa dar a volta ao globo terrestre; desta forma, a programação
Edição 1.419 página 12 (*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo. servia a diferentes grupos independentes em diferentes países latinos. Outro item diferente para os padrões da época é que a direção do projeto ficou a cargo de Ana Lorena Cartín Leiva, que era química de formação, mas desde jovem interessada em política e na formação da população para que se engajasse em projetos contrários às ditaduras. Aos 31 anos, em 1979, ela foi eleita pelos colegas para dirigir a emissora, dando um susto na própria, que nunca esperou ser a coordenadora do projeto. Ana Lorena Cartín Leiva em 1979, ano em que foi eleita para dirigir a RNC Com uma experiência anterior em rádio, ela tinha feito um programa para democratizar as informações e a cultura para as camadas mais baixas da população. Com isso, acabou credenciada a realizar a organização e a produção de conteúdos na emissora. Mas o momento político não era favorável a qualquer grupo que se opusesse às ditaduras. Com isso, os governos dos Estados Unidos e dos países latinos controlados por militares passaram a pressionar o governo costa-riquenho e a própria emissora. A pressão chegou a vários atentados à sede da rádio e a ameaças diretas a seus dirigentes. Mesmo nesse contexto perigoso, Ana Lorena conduziu a emissora a ser o espaço de comunicação dos grupos dissidentes latinos, como a Frente Sandinista de Libertação Nacional, de El Salvador, a Resistência Nicaraguense, guatemaltecos fugitivos, panamenhos descontentes com o controle do Canal do Panamá − enfim, todos os grupos que procuravam um canal para expressar suas mensagens e denúncias. Com isso, Lorena foi levada aos tribunais como uma terrorista que apoiava a guerrilha urbana na América Latina, mesmo estando grávida. O julgamento durou oito meses, com cobertura dos meios de comunicação alinhados à direita e à esquerda em vários países latinos, especialmente na Costa Rica. Apenas em março de 1982 o caso avançou e o juiz absolveu Ana Lorena, mas determinou que ela não poderia mais usar qualquer canal de comunicação por ondas de rádio e portar armas de fogo. Os registros de terrorismo foram retirados de sua ficha e ela deixou a direção da rádio. Mas, com a certeza de ter cumprido os objetivos do projeto de comunicação da emissora, durante o período em que foi gestora da rádio. As rádios comunitárias e independentes têm sido importantes meios de comunicação alternativa na América Latina, permitindo que as comunidades locais expressem suas preocupações, divulguem informações relevantes, promovam a cultura local e participem ativamente do debate público. É importante reconhecer o valor dessas emissoras na América Latina e apoiar seu papel fundamental na promoção da liberdade de expressão, da diversidade cultural e da inclusão social. Essas emissoras podem desempenhar um papel fundamental na criação de sociedades mais resistentes, empoderadas e conectadas. Vale lembrar que, atualmente, as discussões sobre a legalidade dessas emissoras por transmissões em ondas ficaram um pouco sem sentido, já que muitas delas têm mais ouvintes via web do que sintonizados no dial. Porém, ainda temos muitas emissoras clandestinas espalhadas pelo Brasil e pela América Latina, sendo que poucas realmente têm foco no conteúdo para as comunidades em que estão instaladas. Por outro lado, é importante discutirmos a democratização dos meios de comunicação, incluindo o rádio. Pois em muitos pontos do Brasil é o único meio que conecta a população a cidades e ao que se passa fora das comunidades. Também o contexto político-ideológico mudou bastante desde os anos 1970, mas temos outros canais de comunicação, talvez até mais rápidos e abrangentes que as emissoras clandestinas: as redes sociais, com cujos efeitos nos defrontamos todos os dias. Fonte: boa parte dessa história pode ser lida no texto Rompiendo el cerco. La experiencia de Radio Noticias del Continente en Costa Rica (1979-1981), de Aníbal García Fernández, de 2018. Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link. Pingos nos is − na edição passada, no texto “O Rádio, o Samba e o Carnaval”, usei partes das entrevistas dadas ao site O Carnavalesco. Por erro meu, não foi publicada a origem das informações. Peço desculpas e informo aqui a fonte dos dados. Ana Lorena Cartín Leiva
Edição 1.419 página 13 Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Por Assis Ângelo Licenciosidade é o mesmo que putaria; e, numa expressão mais leve, erotismo. O erótico está em tudo quanto é canto da vida. Está na boca do povo, através da literatura popular, até na arte erudita, que ocupa espaço no balé, no teatro, no cinema, na ópera − desde que ópera é ópera, cujo marco se acha na Alemanha e na Itália. E nunca é tarde para lembrar que o velho teatro de revista, há muito fora de pauta, abordava com alguma ingenuidade as questões referentes a sexo e fantasia. Nesse tipo de teatro destacou-se, entre outras atrizes, Aracy Cortes. Em 1923, Aracy Cortes já era nome consagrado. De certo modo, foi o teatro de revista que inspirou a indústria de filmes pornôs. O duplo sentido no campo erótico é algo que vem de tempos imemoriais. Em tempos mais recentes, quando ainda havia bancas de revistas em tudo quanto é esquina, era fácil comprar revistas do tipo Ele e Ela e Status. Na Ele e Ela havia um encarte mensal intitulado Fórum, onde os leitores contavam seus sonhos e aventuras na cama. A revista Status chegou a promover concursos de contos eróticos. Fez sucesso. E a Playboy, hein? Foi na revista Playboy que o Brasil tomou conhecimento da existência do criador dos “catecismos” que faziam a alegria da molecada, entre os anos 1950 e 60. Seu autor: Carlos Zéfiro, na realidade, Alcides Aguiar Caminha. E na TV, hein? Muitas cantoras brasileiras − e Anitta não foi a primeira – apresentaram-se em público de modo insinuante, provocativo, seminuas. Muitas vezes, ao cantarem, insinuaram uma relação sexual. Isso aconteceu nas apresentações de Sol, Gretchen, Sharon, Tiazinha, Rita Cadillac. Sol, pela mídia sensacionalista, era chamada de “sex symbol”. Deixou o Brasil e foi buscar fama no Japão, onde conquistou um público que a chamava com entusiasmo de Musa do Imperador. Lá, no Japão, ela cantava em inglês, francês, espanhol, italiano, alemão e japonês. Nome de batismo: Sandra do Valle Reis. Outro nome marcante no campo da música sensual e de duplo sentido foi Gretchen, de batismo Maria Odete Brito de Miranda de Licenciosidade na cultura popular (XVIII) Souza. Apresentava-se cantando igual a Sol. É de se perguntar: “Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?”. Gretchen, que era chamada de Rainha do Rebolado, e Sol apresentavam-se de modo praticamente idêntico, mas chegaram a brigar no campo jurídico. Sol processou Gretchen por ser citada no livro Gretchen: Uma Biografia Quase Não Autorizada (Ed. Ilelis Letraria, 2015) como Barbie P… Sharon e Tiazinha foram outros dois nomes bastante frequentes nas telinhas de TV. Sharon era dançarina do SBT e Tiazinha, da Bandeirantes; esta fazia um sucesso danado com uma máscara cobrindo parte da cara. Sensualíssima. Uma festa e tanto para os onanistas de plantão. E Rita Cadillac, hein? Rita Cadillac, no RG Rita de Cássia Coutinho, integrava o corpo de dançarinas do “velho guerreiro” Chacrinha. Depois da morte de Chacrinha, Rita passou a fazer apresentações nos palcos da vida, cantando, inclusive. Depois, virou atriz pornô. Em 2023, a apresentadora de TV Xuxa Meneghel abre a mente e o coração no podcast Quem Pode, Pod para lembrar suas aventuras sexuais com alguns de seus ex-namorados. A respeito de Pelé, diz que ele se dividia em três personagens: Edson, Dico e Pelé, que ao final lhe deixou traumas. Depois disso, ela tece loas a Ayrton Senna, que correspondeu a todas as suas fantasias e ainda tirou-lhe os traumas deixados pelo Rei do Futebol. Anos antes do advento da TV no Brasil, em 1950, a bailarina capixaba Dora Vivacqua marcou época. Apresentava-se em circos e em ambientes impróprios para menores de 18 anos dançando de modo sensual, deixando a plateia masculina ouriçada. Detalhe: ela ocupava o palco “brincando” completamente nua com duas jiboias chamadas de Cornélio e Castorina. Isso a partir de 1944, no Rio. Em 1947, Dora adotou o pseudônimo de Luz Del Fuego. Foi presa diversas vezes. Em 1949, Del Fuego lançou o livro A Verdade Nua enquanto formava o Partido Naturalista Brasileiro. Dora/Del Fuego nasceu em 1917 e morreu em 1967, assassinada. Reproduções por Flor Maria e Anna da Hora Luz Del Fuego
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