Jornalistas&Cia 1416

Edição 1.416 página 46 Curtas n A Énois Conteúdo acaba de lançar dois novos guias voltados para jornalistas, comunicadores e gestores que atuam na área e querem se aprimorar no tema da diversidade e sobre como alcançar seus públicos com grandes entregas. São eles o Guia da Diversidade nas Redações e o Guia da Distribuição Jornalística, que estão disponíveis gratuitamente para download. n Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Transparência Internacional Brasil, Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto Ethos e Operação Amazônia Nativa (OPAN) reúnem-se no projeto Defensores Ambientais. A iniciativa visa a promover o aprimoramento de instrumentos e práticas voltadas à garantia dos direitos de acesso à participação, informação, justiça e proteção de defensores ambientais que atuam na Amazônia brasileira. Entre as ações previstas estão o apoio a reportagens que deem visibilidade aos desafios enfrentados pelos defensores ambientais e a influência positiva de suas ações no contexto de crimes ambientais e emergências climáticas na região da Amazônia Legal. n O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, foi punido com um jogo de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após ter arrancado o celular da mão do repórter Pedro Spinelli, da Globo Minas, que filmava uma discussão entre o diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, e o quarto árbitro Ronei Cândido Alves. A gravação foi feita na zona mista do estádio Mineirão, local destinado a entrevistas pós-jogo. Abel declarou que não sabia que Pedro era repórter, e pediu desculpas ao jornalista. O técnico foi absolvido do pagamento de multa e pode recorrer da decisão. Marcelo Camargo/Agencia Brasil1 Há 95 anos, no final da tarde de 30 de junho de 1928, um sábado, falecia em Porto Alegre o monsenhor Roberto Landell de Moura. A notícia de sua morte “causou profundo pesar, havendo seus inúmeros amigos se transportado para a câmara ardente, na capelinha da Beneficência (Portuguesa), a fim de velar-lhe o corpo”, como relatou o jornal gaúcho A Federação, no dia 2 de julho. O diário também se referiu ao sacerdote como um “homem de nobres qualidades, dotado de um gênio afável e comunicativo, modesto e caridoso”. Nem uma linha foi escrita sobre a sua grande proeza científica: a invenção do rádio. Fato é que haviam passado 29 anos da sua primeira transmissão de voz e música por ondas de rádio, que foi também a mais antiga da história da humanidade, realizada na capital paulista, em 16 de julho de 1899. Também haviam passado 27 anos da sua patente no Brasil (1901) e 24 do registro de três patentes nos Estados Unidos. Ele patenteou na “meca dos inventores”, em 1904, a transmissão de voz por ondas de rádio e de luz, além de um novo sistema de telegrafia sem fio. Não era comum um brasileiro patentear qualquer coisa nos Estados Unidos, um país que, já naqueles anos, se notabilizava por conceder patentes pioneiras para inventores do quilate de Graham Bell, Nikola Tesla, Thomas Edison, Reginald Fessenden, Lee de Forest... Todos esses e outros grandes inventores escreveram a sua história naquele país e no mundo. O destino do padre Landell poderia ter sido parecido. Mas não foi. As circunstâncias o fizeram retornar ao Brasil, no final de 1904. E ele voltou esperançoso de que a sua pátria o acolheria, lhe daria a oportunidade para desenvolver as suas invenções. Nada de concreto aconteceu por aqui. Um pedido de recursos ao Governo do Estado de São Paulo foi indeferido sem explicações (talvez porque não houvesse argumentos mesmo...). Em um momento em que ele já projetava a televisão e, possivelmente, um sistema de telex – duas novidades mundiais! O tempo, a falta de oportunidades e de dinheiro acabariam sepultando os seus sonhos científicos, as suas maravilhosas invenções que acabariam sendo inventadas por outros cientistas, tempos depois. Padre Landell amargou, até o último suspiro, abatido pela tuberculose, a incompreensão pela falta de apoio e o não reconhecimento dos seus méritos científicos. Com o passar do tempo, a sua obra científica foi ficando injustamente esquecida dos seus contemporâneos e até hoje ele ainda não é reconhecido como deveria ser: tornar-se material de ensino nas escolas Brasil afora. Movimento Landell de Moura Por Hamilton Almeida, especial para J&Cia Há 95 anos morria Roberto Landell de Moura, inventor do rádio Padre Landell e uma de suas patentes nos EUA

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