Jornalistas&Cia 1404

Edição 1.404 página 31 Últimas n Esta semana, deixaram a TV Globo os repórteres Eduardo Tchao, detentor de um Prêmio Esso; Mônica Sanches, com 30 anos de casa; e Luciana Osório. Também Flávia Jannuzzi, que além dos telejornais, apresentou programas no interior, nas EPTV de Campinas, TV Rio Sul e em Resende. E o editor do Jornal Nacional Carlos Bauer. u Arthur Guimarães, produtor investigativo responsável pela reportagem sobre as joias de Bolsonaro, foi demitido. E mais o chefe da produção Juarez Passos; a experiente apuradora Elza Gimenez; José Carlos Azevedo, chefe dos cinegrafistas; o produtor investigativo Arthur Guimarães e a produtora Eliane Maria. Do g1, saem o fotógrafo Marcos Serra Lima, e os repórteres Alba Valéria Mendonça e Rodrigo Melo. A editora Eunice Scholze, ao que parece, pediu para ser incluída. u Marcelo Canellas, na Globo desde 1990, autor de reportagens premiadas e repórter especial do Fantástico, soube da dispensa com antecedência e negociou sua saída nos últimos meses. Sai também Jorge Espírito Santo, supervisor do Fantástico e um dos criadores do Caldeirão do Huck. u Marcelo Moreira entrou em 1999. Dez anos depois, já editor-chefe da Rio, esteve à frente da cobertura que deu à Globo o Emmy Internacional. Mais dez anos e tornou-se diretor de Jornalismo da Globo em Minas Gerais, de onde sai agora. Do Recife sai a diretora Jo Mazzarolo. u Cléber Machado, com 35 anos no esporte da casa, deixou a emissora recentemente e fez um contrato temporário com a Record para narrações no Campeonato Paulista, que vai até o próximo domingo (9/4). Depois disso, já acertou com a plataforma de streaming Amazon Prime Video para narrar a Copa do Brasil 2023 e começa na próxima semana (11/4). u O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio participou, na semana passada (31/3), de uma Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro TV Globo demite no Rio e Sindicato reage reunião com o RH da TV Globo. Pelo Sindicato, lá estavam Carmen Pereira, Virgínia Berriel e Orlando Lemos. u O representante da empresa, Edmundo Lopes, informou que deve haver dispensas em abril e maio, e que não se trata de demissão em massa, mas cortes que vão atingir os salários mais altos. Ressaltou que a empresa é sólida financeiramente, mas passa por um processo de ajuste para não manter salários que considera incompatíveis com o mercado. u O Sindicato cobrou informações sobre a quantidade e o perfil dos profissionais que serão atingidos. E ressaltou sua preocupação com o fato de a emissora punir trabalhadores que são seu principal patrimônio. u Ao site Metrópoles, a emissora enviou nota em que afirma: “Como parte do processo de transformação pela qual vem passando nos últimos anos e alinhada à sua estratégia, a empresa mantém a disciplina de custos e investimentos em iniciativas importantes de crescimento”. SP e DF n Nesta quarta (5/3), a emissora demitiu pelo menos mais de dez profissionais em São Paulo e em Brasília. As informações são do Notícias da TV. u De São Paulo saíram os repórteres César Galvão e Fabio Turci, Márcia Corrêa, editora-chefe do Bom Dia São Paulo, Emilene Silva, editora do Jornal Hoje, além de Sávio Ladeira, Edmundo Silva, Olivia Henriques e Marta Cavallini, do g1. u Em Brasília, foram desligados Fábio William, âncora do DF1, Lúcia Carneiro, editora da GloboNews, Márcia Witczak, editora local e apresentadora da agenda cultural no DF1, e Anna Karina Bernardoni, chefe de programas e supervisora-executiva de projetos especiais na GloboNews. De um observador externo “Essa mexida tem dois objetivos, pelo que assuntei com colegas de lá, da Infoglobo: 1) diminuir os custos do jornalismo da emissora, no caso, das que eles são donos diretos: Rio, São Paulo, Minas, Pernambuco e Brasília; e 2) renovar as abordagens e “atualizar” a linha de reportagem. Veja que eles estão abrindo espaço para negros/ pretos (não sei quando se usa um ou outro), asiáticos, pessoas com deficiência (pelo menos de locomoção) e homossexuais (de ambos os gêneros e até de outros nessa nomenclatura LGBTQIA+ e por aí vai...). Mas, do lado humano e do relacionamento, é um momento de decepção, de ficar fora do jogo no terceiro tempo (depois do Bolsonaro, agora era um tempo de outro jogo editorial) e de desilusão com a Vênus Platinada. Apesar das muitas palavras de reconhecimento do Ali Kamel, e outras loas, cada um deles volta meio que derrotado para casa. Claro que muitos vão reencontrar outros caminhos, outras alegrias e realizações, mas nada será como antes e a dor da nostalgia vai ficar permanentemente presente nas histórias de todos/todas... Como refletir isso, essa crise da demissão na terceira idade para jornalistas, nas conversas/ debates da profissão? Pensemos, pensemos...” n A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançou a edição referente a 2022 de seu Monitoramento de ataques a jornalistas no Brasil. O relatório, divulgado anualmente, registrou 557 casos de violência contra jornalistas no ano passado, o que representa um aumento de 23% em relação a 2021. u Um dos destaques negativos apontados foi o aumento dos casos graves, como agressões físicas, intimidação, ameaças e/ ou destruição de equipamentos, que representaram cerca de 31% do total de ataques registrados no ano passado. Esses números representam um aumento de 102,3% no número de casos graves em relação a 2021. u Sobre violência de gênero, o relatório mostra que, em 2022, 145 casos de agressão tiveram como alvo mulheres jornalistas, sendo os discursos estigmatizantes a forma de ataque mais comum, registrados em 61,2% dos registros. u Do número total de casos de agressões gerais, mais da metade (cerca de 56%) tiveram como agressores agentes estatais, políticos e/ou funcionários públicos. Quase 32% dos ataques estão ligados à cobertura eleitoral e quase 42% envolveram ao menos um membro da família Bolsonaro. A Abraji chama atenção também para o número de ataques que tiveram origem ou viralizaram na internet − quase dois terços do total, cerca de 63% do total. u Confira o relatório na íntegra. Ataques graves a jornalistas dobraram em 2022, diz monitoramento da Abraji

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