Jornalistas&Cia 1404

Edição 1.404 página 26 DIA DO JORNALISTA Centenário de Claudio Abramo Khartoum e Claudio Fernando Morgado, jornalista Nossa história, baseada em fatos, começa com um filme, o belo Khartoum. Eu o recomendara, no dia anterior, aos leitores da coluna Filmes na TV, que escrevia na Folha. Era sobre um confronto sangrento entre ingleses e muçulmanos no século 19, representados pelo general vivido por Charlton Heston e o rebelde Mahdi, autoproclamado “Messias do Islão”, numa brilhante criação de Laurence Olivier. Eu acabara de terminar a coluna do dia quando o contínuo me disse que o Claudio Abramo queria me falar. Ele foi logo explicando que o tal Mahdi não era um rebelde, mas um patriota. Argumentei que os livros contavam outra versão. Não adiantou. Eu lhe disse então, a título de verdade e ironia, que agradecia ter um leitor de tal nível. Fator de aprendizado Janio de Freitas, colunista do Poder360 Foram várias e muito fecundas as contribuições de Claudio Abramo ao jornalismo brasileiro, em especial ao paulista. Quero destacar as duas que me parecem as mais importantes, no entanto menos ou nada citadas. A primeira é o rigor ético que difundiu e exigiu das gerações de jovens jornalistas com que conviveu. E não só quando as chefiou, sendo a simples convivência com ele, em suas fases de apenas colunista ou consultor, um fator de aprendizado para os novatos − e até para muitos (mal) calejados. A outra contribuição é o que transmitiu a alguns dos seus patrões como visão e compreensão do jornalismo. Essa transmissão de concepções encontrou em Octavio Frias de Oliveira a audição decisiva para o êxito a que levou seu jornal, em período hoje saudoso como esses dois personagens da história veraz e não escrita deste país. Feliz Dia do Jornalista! 07 04 JORNALISMO. SEMPRE RELEVANTE.

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