Edição 1.403 página 4 conitnuação - Últimas Nacionais n A Justiça do Paraguai anulou a absolvição de Waldemar Pereira Rivas, conhecido como Cachorrão, principal suspeito de matar o jornalista Léo Veras, em 2020. Em novembro do ano passado, Rivas foi considerado inocente pelo Tribunal de Sentença de Pedro Juan Caballero, sob a alegação de falta de provas. Acusado de homicídio doloso e associação criminosa, ele era proprietário do Jeep Renegade branco que teria sido usado para transportar os três homens que executaram Veras. u A apelação que levou à anulação foi apresentada pelo procurador Andrés Arriola, da Unidade Especializada de Crime Organizado. Ele criticou a conduta dos membros do Tribunal na resolução do caso, e declarou que os juízes não fizeram uma avaliação adequada. Arriola destacou também que o tribunal “cerceou o direito do Ministério Público, violando gravemente a liberdade de prova para a descoberta da verdade real, favorecendo assim a defesa do acusado”. u Léo Veras foi executado com 12 tiros enquanto jantava com sua família em fevereiro de 2020, em Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Com frequência ele noticiava a disputa do narcotráfico na fronteira e os crimes ligados ao PCC na região. n O narrador Cléber Machado deixou a Rede Globo após 35 anos de casa, em decorrência de um processo de renovação no setor de Esportes que a emissora está promovendo. Segundo o Notícias da TV, a demissão ocorre após uma perda de espaço nas narrações. Nos últimos anos, a Globo optou por escalar Luís Roberto para comandar as transmissões dos principais torneios esportivos, enquanto Cléber ficou mais restrito a jogos dos times paulistas de futebol. u Uma das principais vozes do Esporte da Globo, Cléber chegou à emissora em 1988. Narrou diversos eventos esportivos, como nove Copas do Mundo, Olimpíadas, Fórmula 1, Campeonato Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil e outros torneios de futebol. Antes, trabalhou em Rádio Tupi, TV Gazeta de SP e Bandeirantes. u Cléber Machado é mais um dos profissionais demitidos no processo de reformulação do departamento de Esportes da Globo. Na semana retrasada, a emissora anunciou a saída do também narrador esportivo Jota Júnior. E no começo da última semana, a apresentadora Fernanda Gentil deixou o canal. Cléber Machado deixa a Globo depois de 35 anos Cléber Machado Justiça do Paraguai anula absolvição de suspeito de matar Léo Veras Waldemar Pereira Rivas n O Intercept Brasil publicou na semana passada que está sendo alvo de mentiras e difamação, que o associam à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Marc Sousa, coordenador de Jornalismo da Jovem Pan no Paraná e afiliado do R7, publicou em um site parceiro do portal R7 que o Intercept teria recebido doações do PCC, segundo relatório interceptado pela Polícia Federal. O veículo reiterou que a informação é caluniosa e trata-se de “jogo sujo”. u Na noite da sexta-feira passada (24/3), a equipe do Intercept recebeu um e-mail de Sousa com perguntas sobre os supostos pagamentos do PCC. Ele deu um prazo de menos de 12 horas para as respostas. O Intercept buscou e analisou os 17 nomes das pessoas ligadas ao PCC mencionadas no relatório, e detectou que nenhum deles consta na lista de doadores. O Intercept destaca também que, curiosamente, não há nesse relatório da PF menção ao nome da pessoa que teria escrito tal documento. u A matéria, porém, foi publicada por Sousa sem qualquer posicionamento do Intercept, enviado cerca de 40 minutos antes da publicação da nota. Apenas depois de horas de exigências do Intercept o texto foi atualizado com o posicionamento do veículo. “Uma mentira intencional ou uma falha grosseira dos padrões jornalísticos, se não ambos”, declarou o Intercept. u Em nota, o veículo declarou que não aceitará “tentativas maliciosas de manchar não apenas a nossa reputação, mas também a da nossa comunidade. Fazemos um jornalismo sério, baseado em evidências e não daremos nenhum passo atrás”. O site destacou que não é a primeira vez que sofre ataques do tipo: “Já fomos investigados em CPIs, ameaçados de prisão, gravados clandestinamente e tivemos nosso endereço espalhado nas redes, entre outros absurdos – apenas por fazer nosso trabalho sério, que pisa no calo de muita gente”. Adulteração digital? n Segundo matéria publicada na Revista Fórum, o relatório citado tem grandes chances de ter sido adulterado. A revista conversou com Mario Gazziro, professor de computação forense da Universidade Federal do ABC e no MBA na USP, que analisou o documento. Segundo ele, “há 95% de chances de que houve adulteração digital”. u O professor destaca que pelo menos três linhas do relatório foram adulteradas. Nessas linhas estão justamente as supostas doações do PCC ao Intercept Brasil. Gazziro e sua equipe fizeram uma análise digital da imagem publicada no R7, e encontraram “grave indício de manipulação digital pela técnica ELA (error level analysis), usando o software forense chamado Sherloq”. u Leia mais aqui. Intercept Brasil é alvo de mentiras e difamação sobre doações ao PCC
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