Edição 1.403 - 29 de março a 4 de abril de 2023 n Daniel Nardin, que deixou em dezembro a Diretoria de Conteúdo do portal oliberal.com, anunciou em 23/3 o projeto no qual passa a atuar: o site provisório da plataforma Amazônia Vox, iniciativa do Instituto Bem da Amazônia – IBA que vai conectar jornalistas e instituições de todo o mundo a fontes de conhecimento da Amazônia e a profissionais da área da comunicação com atuação na região, uma rede de freelancers voltada para a Amazônia. u A plataforma é um banco de fontes sobre a Amazônia e um cadastro gratuito desses profissionais que estará disponível para quem precisar contratar pessoal da área de comunicação − como institutos, veículos de imprensa e outros. A plataforma é um meio de aproximar esses dois públicos e facilitar o trabalho dos profissionais da Amazônia. O site para acesso ao cadastro é http:// amazoniavox.com/. u O projeto conta com o apoio institucional do International Center for Journalists – ICFJ e do Fórum Pamela Howard para Cobertura de Crises Globais, e tem apoio da Associação Brasileira de Comunicação Pública – ABCPública. (Veja+ na pág. 12) u A iniciativa Rede de Freelancers da Amazônia vai permitir que profissionais que atuam e são prestadores de serviço da área da comunicação no território amazônico sejam acessados diretamente por veículos de imprensa, empresas, instituições e governos de qualquer lugar do mundo. Com isso, a iniciativa promove geração de renda e fortalece a economia criativa na região. u A plataforma Amazônia Vox também já abriu a área de cadastro colaborativo para fontes de conhecimento da Amazônia, de qualquer área de atuação. Os dados serão acessados posteriormente com a plataforma completa no ar, por meio do Banco de Fontes da Amazônia, que tem como objetivo reunir as fontes de conhecimento local e colocá-las em contato direto com jornalistas de todo o mundo, fortalecendo assim maior protagonismo amazônico nas narrativas da imprensa sobre a região. n Vai circular nesta quinta-feira (30/3) o especial de MediaTalks by J&Cia sobre Representação de Gênero na Mídia, trabalho liderado de Londres por Luciana Gurgel e Aldo De Luca, com a participação de jornalistas brasileiras em Alemanha, Argentina, Austrália, EUA e Suécia. u O tema é hoje um dos pilares da comunicação das organizações. A edição inclui depoimentos, entrevistas com especialistas em diversidade de organizações como a Rede Latino-Americana de Diversidade em Jornalismo e o King’s College de Londres, além de artigos de opinião de importantes executivas brasileiras com atuação e responsabilidade sobre o tema. u Segundo Eduardo Ribeiro, publisher do MediaTalks e diretor deste J&Cia, “o que fica claro da leitura da edição com quase 40 páginas é que o caminho está aberto, mas é longo e repleto de curvas. O desafio, sintetizado no projeto da BBC 50:50, vem sendo enfrentado e já dá sinais de avanço em alguns mercados. Já em outros, como no Brasil, estamos ainda distantes do ideal”. u O especial conta com o apoio de B3, Energisa, GM, GPA, Hydro, Itaú, Pfizer, Sodexo, Uber e Vale, que também mostram seus trabalhos e visão nesse campo. Confira aqui um resumo da edição e o link para a revista. (Veja também a coluna de Luciana Gurgel na pág. 6) Por Dedé Mesquita, correspondente de J&Cia em Belém Amazônia Vox vai conectar o mundo a fontes e profissionais da região MediaTalks faz especial sobre representação de gênero na mídia APOIO INSTITUCIONAL PARCERIAS EDITORIAIS PARCEIRO DE CONTEÚDO O desafio da representação de gênero na mídia e soluções para transformar a realidade elas contra-atacam Março 2023 Daniel Nardin
Edição 1.403 página 2 Últimas n Prestes a embarcar para Londres, onde será diretor de Jornalismo Internacional da TV Cultura e correspondente local, Leão Serva, que deixou na última semana a Diretoria de Jornalismo da emissora, enviou a J&Cia o seguinte complemento às informações que publicamos: “É minha terceira passagem por Londres: entre 1992 e 1993 fui correspondente da Folha; em 2017, fui pesquisador no Instituto Warburg, da Universidade de Londres, com bolsa da Capes, e fiz colunas para Folha e CBN; e agora volto pela TV Cultura. Tem um pensador alemão (Dietmar Kamper) que diz que a história não se repete mas vive uma ‘repetição paradoxal’, como uma espécie de espiral... Entre 1992/93, cobri guerras na Bósnia e na África e boa parte dos escândalos da família real que fizeram a rainha Elizabeth chamar o ano de 1992 de ‘annus horribilis’. Fui autor da matéria que noticiou, simultaneamente com o popular The Sun (autor do furo), um dos mais desconfortáveis desses escândalos, aquele sobre a gravação em que o príncipe Charles dizia querer ser o tampão de Camila Parker Bowles. Na época, Nizan Guanaes (então na DM9) fez um anúncio na Folha para seu cliente Tampax usando minha notícia... A repercussão foi tanta que a revista Time Out reproduziu o anúncio que reproduzia minha matéria... E assim, fui parar com Charles e Camila nas páginas da Time Out... E agora, devo estrear com a cobertura da coroação de Charles e Camila...” n Leão, vale lembrar, fez parte do Conselho Consultivo de J&Cia para o Ranking dos +Premiados da Imprensa. De malas prontas... Leão Serva
Edição 1.403 página 3 conitnuação - Últimas n O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra a Record TV por causa do programa Balanço Geral Pará, que exibiu cadáveres em pleno horário de almoço e entrevistou presos de forma humilhante, sem direito de defesa. O programa é acusado de desrespeitar direitos humanos. u Segundo informações do Notícias da TV, o MPF monitorou por três meses as edições do Balanço Geral no Pará, após denúncia da Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos do Município de Belém, em fevereiro de 2020, que se incomodou com reportagens do programa. O MPF argumentou que encontrou diversas violações de direitos humanos no Balanço Geral Pará, apresentado desde 2017 por Marcus Pimenta. A ação também tem como réus a União e o judiciário do Pará, por falta de fiscalização. u A ação diz que repórteres da Record entrevistam suspeitos de crimes em delegacias sem qualquer direito de resposta, defesa ou advogado, confrontando-os por seus supostos crimes sem terem como se defender. O MPF destaca ainda que a maioria desses entrevistados é negra, o que denotaria racismo por parte da linha editorial do programa. Sobre a exibição de cadáveres no programa, para o MPF o conteúdo é “chocante e inadequado para a televisão, além de expor vítimas de violência extrema sem necessidade”. u O MPF pede que a Record assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para se comprometer a não exibir mais cadáveres no programa e não entrevistar suspeitos de forma humilhante e sem antes consultar seus advogados. A emissora pagará uma multa de R$ 10 mil para cada termo não atendido. MPF processa Record por desrespeito aos direitos humanos Marcus Pimenta OS +ADMIRADOS JORNALISTAS DO BRASIL PASSAM POR AQUI SÉRIE: +ADMIRADOS DA IMPRENSA BRASILEIRA FEVEREIRO A ABRIL ABRIL A JUNHO JUNHO A AGOSTO JULHO A SETEMBRO SETEMBRO A NOVEMBRO CALENDÁRIO 2023 Informações: [email protected] e 11-99244-6655
Edição 1.403 página 4 conitnuação - Últimas Nacionais n A Justiça do Paraguai anulou a absolvição de Waldemar Pereira Rivas, conhecido como Cachorrão, principal suspeito de matar o jornalista Léo Veras, em 2020. Em novembro do ano passado, Rivas foi considerado inocente pelo Tribunal de Sentença de Pedro Juan Caballero, sob a alegação de falta de provas. Acusado de homicídio doloso e associação criminosa, ele era proprietário do Jeep Renegade branco que teria sido usado para transportar os três homens que executaram Veras. u A apelação que levou à anulação foi apresentada pelo procurador Andrés Arriola, da Unidade Especializada de Crime Organizado. Ele criticou a conduta dos membros do Tribunal na resolução do caso, e declarou que os juízes não fizeram uma avaliação adequada. Arriola destacou também que o tribunal “cerceou o direito do Ministério Público, violando gravemente a liberdade de prova para a descoberta da verdade real, favorecendo assim a defesa do acusado”. u Léo Veras foi executado com 12 tiros enquanto jantava com sua família em fevereiro de 2020, em Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Com frequência ele noticiava a disputa do narcotráfico na fronteira e os crimes ligados ao PCC na região. n O narrador Cléber Machado deixou a Rede Globo após 35 anos de casa, em decorrência de um processo de renovação no setor de Esportes que a emissora está promovendo. Segundo o Notícias da TV, a demissão ocorre após uma perda de espaço nas narrações. Nos últimos anos, a Globo optou por escalar Luís Roberto para comandar as transmissões dos principais torneios esportivos, enquanto Cléber ficou mais restrito a jogos dos times paulistas de futebol. u Uma das principais vozes do Esporte da Globo, Cléber chegou à emissora em 1988. Narrou diversos eventos esportivos, como nove Copas do Mundo, Olimpíadas, Fórmula 1, Campeonato Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil e outros torneios de futebol. Antes, trabalhou em Rádio Tupi, TV Gazeta de SP e Bandeirantes. u Cléber Machado é mais um dos profissionais demitidos no processo de reformulação do departamento de Esportes da Globo. Na semana retrasada, a emissora anunciou a saída do também narrador esportivo Jota Júnior. E no começo da última semana, a apresentadora Fernanda Gentil deixou o canal. Cléber Machado deixa a Globo depois de 35 anos Cléber Machado Justiça do Paraguai anula absolvição de suspeito de matar Léo Veras Waldemar Pereira Rivas n O Intercept Brasil publicou na semana passada que está sendo alvo de mentiras e difamação, que o associam à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Marc Sousa, coordenador de Jornalismo da Jovem Pan no Paraná e afiliado do R7, publicou em um site parceiro do portal R7 que o Intercept teria recebido doações do PCC, segundo relatório interceptado pela Polícia Federal. O veículo reiterou que a informação é caluniosa e trata-se de “jogo sujo”. u Na noite da sexta-feira passada (24/3), a equipe do Intercept recebeu um e-mail de Sousa com perguntas sobre os supostos pagamentos do PCC. Ele deu um prazo de menos de 12 horas para as respostas. O Intercept buscou e analisou os 17 nomes das pessoas ligadas ao PCC mencionadas no relatório, e detectou que nenhum deles consta na lista de doadores. O Intercept destaca também que, curiosamente, não há nesse relatório da PF menção ao nome da pessoa que teria escrito tal documento. u A matéria, porém, foi publicada por Sousa sem qualquer posicionamento do Intercept, enviado cerca de 40 minutos antes da publicação da nota. Apenas depois de horas de exigências do Intercept o texto foi atualizado com o posicionamento do veículo. “Uma mentira intencional ou uma falha grosseira dos padrões jornalísticos, se não ambos”, declarou o Intercept. u Em nota, o veículo declarou que não aceitará “tentativas maliciosas de manchar não apenas a nossa reputação, mas também a da nossa comunidade. Fazemos um jornalismo sério, baseado em evidências e não daremos nenhum passo atrás”. O site destacou que não é a primeira vez que sofre ataques do tipo: “Já fomos investigados em CPIs, ameaçados de prisão, gravados clandestinamente e tivemos nosso endereço espalhado nas redes, entre outros absurdos – apenas por fazer nosso trabalho sério, que pisa no calo de muita gente”. Adulteração digital? n Segundo matéria publicada na Revista Fórum, o relatório citado tem grandes chances de ter sido adulterado. A revista conversou com Mario Gazziro, professor de computação forense da Universidade Federal do ABC e no MBA na USP, que analisou o documento. Segundo ele, “há 95% de chances de que houve adulteração digital”. u O professor destaca que pelo menos três linhas do relatório foram adulteradas. Nessas linhas estão justamente as supostas doações do PCC ao Intercept Brasil. Gazziro e sua equipe fizeram uma análise digital da imagem publicada no R7, e encontraram “grave indício de manipulação digital pela técnica ELA (error level analysis), usando o software forense chamado Sherloq”. u Leia mais aqui. Intercept Brasil é alvo de mentiras e difamação sobre doações ao PCC
Edição 1.403 página 5 conitnuação - Nacionais EM AÇÃO A Rede JP é uma rede de jornalistas negros, indígenas e periféricos do Brasil e do exterior focados em tornar a comunicação social mais diversa e representativa em toda a sua estrutura. Atuamos com os pilares de representatividade, educação e oportunidade. Conheça o nosso banco de talentos e acesse as nossas redes: @RedeJP | Linktree. Construir vínculos e inspirar as pessoas: é para isso que existimos. Faça parte da nossa rede: [email protected] R E D E Está procurando emprego e ainda não sabe como preencher o seu currículo na plataforma Vagas.com? Ou quer atualizar o seu currículo por lá e avançar nos processos seletivos? Então, vem para o workshop gratuito Top dicas para um currículo de sucesso no Vagas.com! Realizada pela Rede de Jornalistas Pretos pela Diversidade na Comunicação (Rede JP), em parceria com o Colettivo (do Vagas.Com), a iniciativa é para aprender: • O passo a passo para a criação de um perfil; • A importância de ter um perfil atualizado; • Como buscar oportunidades na plataforma; • Principais dicas para inserção de palavras-chave no perfil; • Como funciona o Vagas.com; • Conteúdos extras disponibilizados no site do Vagas sobre processo seletivo, currículo, carta de apresentação, entrevistas e muito mais. Workshop Top dicas para um currículo de sucesso no Vagas.com em parceria com a Rede JP Se interessou? Faça o seu cadastro abaixo, anote na agenda e vem conosco: Data: 3/4/23 (segunda-feira) Horário: 19h às 20h Local: evento online com transmissão ao vivo no YouTube do Colettivo. Modalidade: Gratuito Público: Integrantes da Rede JP Instrutor: Renan Batistela − especialista em Diversidade, Equidade e Inclusão do Vagas.com. Link formulário: https://forms. gle/s9ZFJBp2b1JULSqg7 Equipe Rede JP e Colettivo − Vagas.Com Sobre a Rede JP Organização sem fins lucrativos composta por mais de 200 profissionais de todo Brasil. Saiba mais em: https://linktr.ee/RedeJP Sobre o Colettivo Iniciativa do Vagas.com criada para ser o primeiro hub de conhecimento focado na formação de RHs mais justos e inclusivos. Saiba mais em https://www. vagas.com.br/institucional/diversidade Sobre o Vagas.com Plataforma de empregos 100% gratuita para profissionais, que divulga oportunidades publicadas por mais de 2 mil empresas, de todo o Brasil, por meio da plataforma de recrutamento e seleção Vagas For Business. Saiba mais em www.vagas.com n Basilia Rodrigues, comentarista política da CNN Brasil, foi vítima de racismo por parte de um apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). “Não presta nem pra dar faxina”, comentou o internauta. u No quadro Dois Lados exibido em 14/3 pela CNN, Basilia entrevistou o parlamentar e a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS). Na ocasião, os deputados debateram a possível cassação do mandato de Nikolas por fala transfóbica no plenário da Câmara, e ele quis fazer questionamentos sobre o conceito de “ser mulher”, mas Basilia ressaltou que quem fazia as perguntas era ela, não ele. u Em seu perfil no Twitter, Basilia compartilhou o print de uma mensagem racista publicada por um entusiasta de Nikolas na caixa de comentários do canal da emissora no YouTube. “Parabéns, Nikolas. E essa repórter???? Presta nem pra dar faxina”, escreveu o racista. Na legenda, a jornalista escreveu de forma sucinta: “Isso tem nome”, em referência ao racismo sofrido. Basilia Rodrigues sofre racismo por apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira Basilia Rodrigues
Edição 1.403 página 6 De Londres, Luciana Gurgel Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mail para incluir ou reativar seu endereço. À primeira vista, os números de representação de gênero na mídia não animam. No ritmo atual, faltam mais de 60 anos para atingirmos equidade na cobertura, com espaços iguais para homens e mulheres, segundo o último levantamento do Global Media Monitoring Project. Dados como esses estão na nova edição especial do MediaTalks, que começa a circular nesta quinta-feira (30/3), fechando o mês do Dia Internacional da Mulher. Trata-se de um mergulho profundo na desigualdade de gênero na mídia, suas causas e suas consequências. Mas o mais importante de tudo é o levantamento de diversas iniciativas que estão sendo implantadas para mudar o cenário, que não é exclusivo do Brasil ou de alguns países. Correspondentes mulheres mostram casos e estatísticas impressionantes de países tão diversos como Argentina (Márcia Carmo), Austrália (Liz Lacerda), Estados Unidos (Eloá Orazem), Suécia (Cláudia Wallin), Alemanha (Marina Azaredo) − e eu no Reino Unido. Mas também falamos das ações bem-sucedidas já implantadas por alguns veículos, como o uso da contabilidade de gênero para contar a quantidade de homens e mulheres ouvidos e premiar as equipes que atingem o equilíbrio. Destacamos o programa de inclusão de gênero BBC 50:50 e um portal na Austrália que oferece fontes femininas alternativas aos homens que são os entrevistados de sempre. Na Alemanha, a linguagem de gênero virou polêmica, mas segue ganhando espaço no jornalismo. Há até iniciativas pouco coUm mergulho na (des) igualdade de gênero na mídia muns, como um uma rede de mídia na Finlândia que está oferecendo media training a fontes mulheres. Há muito ainda a caminhar. O último levantamento do Instituto Reuters sobre gênero nas redações mostra que nos 12 países analisados os homens ocupam a maioria dos cargos de liderança editorial, mesmo naqueles onde as mulheres são maioria na profissão. Considerando os editores principais dos dez principais veículos online e dos dez off-line, o Brasil ficou em penúltimo lugar no número de mulheres na chefia. Certamente vai ser preciso um esforço por parte dos veículos brasileiros para melhorar a representação das mulheres – e de outros grupos minoritários, como os negros – na liderança das suas redações. Olhares mais diversos têm um melhor entendimento do contexto e contribuem com melhores soluções para transformar a realidade. Um bom exemplo disso é mencionado no especial: o da cobertura de um estupro feita pelo New York Times, inicialmente por um jornalista e sua visão de mundo, cuja narrativa muda completamente após a entrada de uma jornalista no caso. A revitimização das mulheres agredidas é outra face obscura do desequilíbrio de gênero na mídia. Isso porque não é raro que elas voltem a ser vitimadas com a exposição de seus nomes, e até com a imputação de culpa pelo que sofreram. Aliás, a violência é o único tema em que o número de matérias sobre as mulheres é maior do que dos homens. O triplo. Outra preocupação é o assédio online. O chilling effect congela as mulheres jornalistas que são vítimas de assédio e atrapalha sua vida pessoal e sua carreira. Mas o equilíbrio da cobertura e uma representação sem rótulos não passam só pelo esforço dos veículos de notícias e das plataformas. O crescimento da liderança feminina corporativa e o aumento do número de mulheres porta-vozes é essencial para mudar o quadro. Nessa área, o especial traz depoimentos inspiradores de executivas de sete empresas. Elas falam do esforço necessário para quebrar as barreiras ao crescimento. Dizem que a discussão sobre as mulheres no mercado de trabalho já não cabe mais e que a mudança pode não ser linear, mas que é irreversível. E já pensam nos próximos passos: em como reter as mulheres no topo e abrir espaço na liderança para mulheres negras. O jogo está longe do fim. Mas alguns gols já foram marcados, demonstrando que é possível, sim, virar o placar da representação, desde que cada integrante do time faça a sua parte. Leia aqui a revista. John Hain / Pixabay
Edição 1.403 página 7 conitnuação - MediaTalks Acusado de terrorismo − O jornalista Ifran Mehraj, da Índia, vive uma situação que a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) descreve como “kafkiana”: chamado em seu celular pela polícia da região da Caxemira, onde vive, para passar na delegacia “por cinco minutos”, ele foi preso, transferido no dia seguinte para Nova Déli e enfrenta risco de prisão perpétua. Merhaj é um profissional reconhecido no país e no exterior. Ele dirige a revista Wande Magazine, publicação online especializada em análises e reportagens em profundidade, colabora para meios nacionais como The Indian Express e The Caravan, e já produziu conteúdo para veículos internacionais como Al Jazeera, TRT World e Deutsche Welle. Mehraj foi preso pela Agência Nacional de Investigação (NIA, na sigla em inglês), principal agência antiterrorista da Índia, em uma operação contra ONGs da Caxemira acusadas de atividades “prejudiciais à unidade, integridade, soberania e segurança da Índia”. Famosos vão à Corte − O príncipe Harry surpreendeu fotógrafos e jornalistas especializados em cobrir assuntos da família real ao chegar de táxi na segunda-feira (28/3) ao prédio da Royal Court of Justice de Londres para participar de uma audiência do processo movido por ele e outras celebridades contra o jornal tabloide Daily Mail. Harry e sua mulher, Meghan, abriram uma guerra contra a imprensa desde que se desligaram das atividades oficiais da família real, em 2020 – mas nesse caso o príncipe não está sozinho, em uma ação pedindo punição pelo uso de escutas telefônicas para ouvir conversas de famosos com amigos, parentes e companheiros. As audiências dessa etapa do processo, que se estenderão até quinta-feira (30), definem se a justiça seguirá com a ação ou se a rejeitará, como pedem os advogados da Associated Newspapers. Wiki Loves Folklore − Tornar acessíveis imagens da cultura popular dos países é o objetivo do concurso internacional Wiki Loves Folklore, feito pela Wikipedia, que pela primeira vez tem uma etapa brasileira. As inscrições são gratuitas, abertas a profissionais e amadores e vão até esta sexta-feira (31/). O prêmio principal é de R$ 2,5 mil. Podem ser inscritos registros visuais e sonoros de manifestações culturais brasileiras como danças folclóricas, festivais, músicas, culinária, tradições, rituais, artes, pessoas, trajes típicos e fantasias. Presos e agredidos − Os jornalistas também estão no alvo dos manifestantes que participam de protestos na França contra as reformas na previdência impostas pelo governo do presidente Emmanuel Macron. Segundo a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, na sigla em inglês) mais de dez casos de ataques a jornalistas foram registrados e compartilhados na plataforma Mapping Media Freedom, bem como na plataforma do Conselho da Europa para a segurança dos jornalistas. Em nota à imprensa, a Comissão Consultiva Nacional de Direitos Humanos (CNCDH) também declarou estar “preocupada com algumas ações das forças de segurança observadas em particular desde quinta-feira, 16 de março”. Guerra sem jornalistas − Novas regras impostas pelas forças armadas da Ucrânia para limitar a presença de jornalistas em áreas de guerra despertaram protestos de associações locais e internacionais de imprensa, que enxergam nas medidas mais um obstáculo para o trabalho da mídia no país invadido pela Rússia. As regras proíbem os jornalistas de trabalharem nas chamadas “zonas vermelhas”, supostamente por serem mais perigosas, e exigem escolta de um assessor de imprensa militar para trabalhar em áreas classificadas como zonas amarelas. Os jornalistas podem trabalhar livremente nas zonas verdes. Entre as zonas proibidas, que seriam mais de 50, estão as cidades de Novovolynsk e Bakhmut, palco de batalhas importantes na guerra com a Rússia. O presidente Volodymyr Zelensky esteve em Bakhmut no em 22/3 e o governo divulgou imagens da visita. Francisco Pajares Jr. Esta semana em MediaTalks Festival Pintaflores, Filipinas Confira os episódios da 1ª temporada em: Jairo Marques (Folha de S.Paulo) Caê Vasconcelos (UOL) Luciana Barreto (CNN Brasil) Nayara Felizardo (The Intercept BR) Luciene Kaxinawá (Amazônia Real) Erick Mota (Regra dos Terços)
Edição 1.403 página 8 Comunicação Corporativa n O Grupo FSB completou a compra da Giusti Creative PR, iniciada há dois anos, e assumiu 100% do controle da agência. u Com isso, o fundador Edson Giusti deixa o comando da agência, entra para o grupo de sócios-controladores e passa a se concentrar nas contas públicas da companhia, trabalhando em parceria com os sócios Renato Salles e Gabriela Wolthers. u O novo CEO da Giusti é Rodrigo Pinotti, que chegou à FSB há três anos e vinha atuando como sócio-diretor da agência em São Paulo. Antes da FSB, foi diretor de Imagem Corporativa e Ideal H+K Strategies e liderou a JeffreyGroup no Brasil por três anos. Marcelo Montenegro e Paula Barcellos e demais sócios- -diretores da agência assumem a carteira remanescente de Pinotti na FSB. u A Giusti, com sede em Pinheiros (São Paulo), conta hoje com cerca de 100 pessoas no time e uma carteira de aproximadamente 40 clientes, entre eles Grupo SBF, Alpargatas, Positivo Tecnologia, Syngenta, Playstation, Centro Paula Souza, Protege e LaLiga. u Ainda no ecossistema do Grupo FSB estão a própria FSB Comunicação, a Loures, a F5 (focada em startups), a consultoria de ESG Beon, o Instituto FSB Pesquisa, a plataforma de conteúdo Bússola, a consultoria de relações governamentais Seta e a Jotacom, agência de mídia e criação. Grupo FSB finaliza aquisição da Giusti, passa Edson Giusti para o board e nomeia Rodrigo Pinotti CEO da agência Edson Giusti (esq.) e Rodrigo Pinotti n O Prêmio Jatobá PR 2023 já tem data de lançamento marcada: 26 de abril, pelo YouTube, quando serão apresentados ao mercado os detalhes e novidades da nova edição. As inscrições serão abertas em 2 de maio e irão até 30 de setembro, podendo concorrer cases produzidos entre 1º/1/2022 e 30/9/2023. u O certame colocará em disputa 31 categorias, dez delas exclusivas para organizações públicas e privadas, dez para agências-butique, dez para grandes agências e uma internacional, aberta a todo o mercado. E, pela primeira vez, vai premiar também cinco categorias regionais, que distinguirão os melhores cases de Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. u A premiação conta ainda com seis categorias especiais, três delas destacando as organizações do ano e outras três, os cases do ano, considerando as três verticais existentes. Experiência de marca, a nova categoria n Entre as novidades da edição 2023 está a inclusão da categoria Experiência de Marca, a ser disputada pelas organizações empresariais e públicas que a cada dia ampliam os investimentos em um corpo a corpo com os consumidores. Mais de 1.000 cases n Já com seis edições realizadas, o concurso apresenta números expressivos: foram 1.086 cases participantes; cerca de 200 troféus entregues; quase 1.000 certificados de finalistas; cerca de 240 jurados; e a média de 67 organizações participantes por ano, sendo que nos dois últimos anos esse número foi, respectivamente, de 98 e 99. u Abaixo, o gráfico mostra a evolução da premiação em suas seis primeiras edições: Edição 2023 do Prêmio Jatobá PR será lançada em 26 de abril Certame, que contará com seis premiações especiais e 31 categorias, entre elas a inédita Experiência de Marca, estreará premiações regionais u Outras informações no www.jatobapr.com.br/jatoba-2022 e na Secretaria Executiva, com Clara Francisco ([email protected]) ou Bruna Valim (brunavalim@). O Jatobá em números Organizações participantes Ano Butique Grandes Agências Organizações Empresariais e Públicas Total 2017 23 15 2 40 2018 35 19 0 54 2019 29 14 0 43 2020 34 15 19 68 2021 47 21 30 98 2022 37 25 37 99 Cases Ano Butique Grandes Agências Organizações Empresariais e Públicas Total 2017 60 43 2 105 2018 79 720 0 151 2019 77 68 0 145 2020 102 61 24 187 2021 112 67 46 225 2022 105 107 61 273
Edição 1.403 página 9 n Olivia Tanahara, ex-G&A, Interpublic Group e Basf, e que esteve por pouco mais de um ano como head de marketing, comunicação e experiência do cliente na Tendências Consultoria Integrada, até fevereiro, assumiu na sequência a superintendência de comunicação corporativa da Iguá Saneamento. E mais n Alexandre Augusto, ex-coordenador de atendimento na CDI, agência em que atuou por um ano, está atualmente na In Press Porter Novelli, como especialista em ESG para o atendimento ao iFood. n Antonio Júnior, analista sênior, deixou a Imagem Corporativa em março, após um ano e meio de casa (estava em sua segunda passagem por lá e atendeu, no período, a Kavak e Grupo Porto), e começou no Grupo Fala, como executivo sênior para o atendimento à MAG. n Bruno Machado é agora do time da Agência Fato Relevante. Chegou neste mês de março na função de executivo sênior, para o atendimento ao Grupo Simpar. Antes, esteve por pouco mais de cinco anos e meio como redator na Sobreviva São Paulo. n Ellen Kotai Costa, ex-Máquina CW, onde esteve por um ano e quatro meses, hoje faz parte do time da FleishmanHillard, contratada como consultora sênior exclusiva do cliente Accor Hotel´s Chain. n Fernanda Klüppel, ex-executiva da Smart PR, onde esteve por quatro anos, até maio do ano passado, e que havia feito uma pausa na carreira, retornou ao mercado, contratada como head de PR na FSB. conitnuação - Comunicação Corporativa Camila Tsubauchi Luiz Fernando Nery Fabrícia Rosa Deise Schmitt Paraná n Camila Tsubauchi, ex-Excom, que estava no Grupo Marista há um ano e nove meses, ultimamente como assistente de marketing sênior, saiu em janeiro e em março começou como analista sênior na área de comunicação institucional da Loures Consultoria. Rio de Janeiro n Luiz Fernando Maia Nery deve ser o próximo gerente executivo de Comunicação da Petrobras, no lugar de Fernanda Bianchini. Ele já ocupou esse cargo e deve realizar mudanças na área da companhia. A notícia é de Lauro Jardim, de O Globo. n Fabrícia Rosa, que acumulou quase 17 anos e meio na Máquina CW, de lá tendo saído em setembro passado, ingressou agora em março na Danthi Comunicação, no cargo de gerente de atendimento. Santa Catarina n Deise Bibiane Schmitt, head de marketing e comunicação, deixou a Karsten, em Blumenau, após nove anos de casa. Ela também foi por 14 anos e meio do marketing da Dudalina, na mesma cidade. São Paulo Olivia Tanahara deixou a Tendências e assumiu a comunicação da Iguá Saneamento Olivia Tanahara Alexandre Augusto Antonio Júnior Bruno Machado Ellen Kotai Costa Fernanda Klüppel
Edição 1.403 página 10 conitnuação - Comunicação Corporativa n Gustavo Neubauer começou em fevereiro como executivo pleno na CDI Comunicação. Ali chegou após jornada de um ano e três meses na Ideal. Ele também já foi de RPMA e JeffreyGroup. n Karina Rossi despediu-se da VCRP Brasil, onde era team líder e esteve por três anos e meio, e começou em janeiro como assessora de imprensa e relações públicas na SMU Investimentos. Ela também já foi de NR-7 e Vira Comunicação. n Leticia Caetano Damasceno, ex-secretária parlamentar na Câmara dos Deputados, que passou por TAG e aboutCOM, nesta por sete meses, até março, integrou- -se ao time de atendimento da Nobre Press Comunicação & Propósito. n Mariana Caetano, que esteve na Bayer por seis anos e meio, por último como gerente de engajamento de stakeholders – Ciência Ambiental Latam, até março, já está de trabalho novo na Envu, em função semelhante. No período em que esteve nas redações, foi repórter de agronegócios no Valor Econômico e editora assistente da mesma editoria na Editora Globo. n Neila Carvalho, consultora sênior, deixou a Nova PR, onde esteve por dez meses, até dezembro, e integrou-se ao time de atendimento sênior da FSB. Já esteve também em Weber Shandwick e Fato Relevante. n No caminho inverso, Regina Fiore Ribeiro começou em dezembro como consultora sênior na Nova PR, após um ano na FSB, onde ocupou a mesma função. n Rosane Serro é a nova coordenadora de Comunicação do Instituto Unibanco. Foi editora executiva do jornal Computerworld e da revista PC World, e editora de Economia do Jornal do Brasil. Na Comunicação Corporativa, teve experiência como gerente de Comunicação na Diretoria de Gás e Energia da Petrobras e como assistente da diretoria da Petrobras Distribuidora. Ultimamente vinha atuando como editora do hub tecnológico The Shift.info. n Thomas Tjabbes começou em março, em atuação remota, como gerente regional de PR e comunicação Latam na Atlas. Até novembro e por quase três anos ele atuou como especialista sênior na Zendesk. Antes esteve em RPMA, Smart PR e CDI. Entrou em licençamaternidade n Ana Paula Rachid, consultora sênior na In Press Porter Novelli, em Belo Horizonte, na agência desde abril de 2022. Gustavo Neubauer Karina Rossi Leticia Caetano Damasceno Mariana Caetano Neila Carvalho Regina Fiore Ribeiro Rosane Serro Thomas Tjabbes Ana Paula Rachid n A CDN está assumindo a divulgação do Festival Mundial da Criatividade, programado para os dias 20, 21 e 22/4, em São Paulo. O evento dá início ao Dia Mundial da Criatividade, com atividades simultâneas no Brasil, em várias cidades, e exterior (12 países). Idealizada no Brasil por Lucas Foster, a data tornou-se parte do calendário oficial da ONU em abril de 2017. u O movimento é liderado pela World Creativity Organization (WCO) e tem como objetivo unir o ecossistema de criatividade e inovação de diversas cidades. A relação da agência com o cliente começou no início do ano, com o trabalho de divulgação do Prêmio Brasil Criativo, que em janeiro premiou empreendedores e projetos de economia criativa das mais variadas regiões do País. u Neste ano, com mais de cem atividades espalhadas por 20 espaços na região do Centro Histórico de São Paulo, o Festival espera mobilizar mais de dez mil pessoas. u Outras informações com Ana Carolina Ruano Toledo, pelos 11-96385-1657 e ana.toledo@ cdn.com.br. Dança das contas CDN cuidará da divulgação do Festival Mundial da Criatividade
Edição 1.403 página 11 conitnuação - Comunicação Corporativa n A Nova PR, dirigida por Claudia Vassallo e Tiago Lethbridge, e a ESPM, presidida por Dalton Pastore, uniram-se para lançar a Nova PR ESPM, agência-laboratório de comunicação, que tem por objetivo preparar alunos para o segmento de comunicação corporativa, o que será feito por meio de um programa de oficinas extracurriculares no Centro Experimental de Jornalismo (CeJor) da ESPM. u Elas serão ministradas semanalmente pela própria equipe da Nova PR, que é a agência da ESPM, e nesta primeira edição já contam com seis alunas do curso de Jornalismo. A abertura foi em 14/3, com a presença da coordenadora do curso, professora Maria Elisabete Antonioli. A condução dos trabalhos é de Claudia Vassallo e conta com as participações de Ana Paula Fonseca, que coordena a equipe de atendimento da ESPM, e Paula Pereira, diretora de contas da agência. E mais... n O Instituto Repartir, criado em agosto de 2021, que tem entre seus fundadores Luciana Alvarez, divulgou na última semana seu primeiro Relatório de Atividades, referente a 2022, detalhando as ações de combate à evasão universitária de estudantes de comunicação e sua inserção no mercado de trabalho. u O Instituto gera renda e trabalho a jovens em situação de vulnerabilidade social, por meio de um contrato de estágio. Os estudantes fazem projetos de comunicação a organizações sociais que não podem pagar. Em 2022, foram sete estudantes beneficiados, que desenvolveram 52 projetos para 13 organizações sociais; quatro deles foram inseridos no mercado de trabalho. u Clique aqui para conhecer a íntegra do Relatório. Livro n Chegou ao mercado esta semana o livro Uma sobe e puxa a outra, da Literare Books, reunindo depoimentos de 44 mulheres que aceitaram compartilhar suas experiências de vida. Entre as autoras, Kiki Moretti, fundadora e CEO do Grupo In Press; Roberta Machado, CEO da In Press Porter Novelli; Patrícia Marins, fundadora e sócia-diretora da Oficina Consultoria; Roberta Lippi, head e partner da Brunswick no Brasil; Eliane Cassandre (ex-Grupo Petrópolis); além da jornalista Christiane Pelajo, uma das organizadoras. n A Mega Brasil já definiu data, local e convidados de seu 13º Seminário de Comunicação Interna: será em 26 de maio, na Unibes Cultural, em São Paulo, e terá a participação de Carol Prado (Intel), Claudia Zanuso (Abracom), Domitila Carbonari (B3), Else Lemos (USP), Renata Rodrigues (GM) e Thiago Massari (Bayer). u O encontro, que conta com o apoio de Abracom, Unibes Cultural, Bayer, GM, Intel e Trama Comunicação, tem como tema central Inovar, atrair e engajar: Os novos parâmetros da Comunicação Interna. u Outras informações com Bruna Valim ou Clara Francisco. n A Lupa Comunicação conquistou as contas de Altafonte Brasil e Pró-Música, empreendimentos do segmento musical com abrangência de América Latina. Renovou também o contrato com o Grammy Latino. u Altafonte, com sede em Madri e 16 escritórios em 13 países, disponibiliza suas músicas em mais de 150 plataformas de streaming e lojas digitais em todo o mundo. Pró-Música Brasil reúne as principais gravadoras e empresas de produção fonográfica em operação no País, representando seus interesses comuns e promovendo o mercado legal da música em meios físicos ou digitais. u O Grammy Latino, com sede em Miami, representa a indústria da música em espanhol e português. A premiação deste ano está programada para novembro, e a agência adianta a criação de novas categorias, incluindo uma dedicada à Melhor interpretação de música urbana em português. E mais... n A Focal3 Comunicação, agência criada por Jô Ristow, Andrew Greenlees e Luiz Antônio Flecha de Lima, chega ao terceiro ano com novidades. A empresa fixa sua sede em um novo escritório, na avenida Paulista 302, em São Paulo, que funcionará como ponto focal para clientes, parceiros e equipe, que segue no modelo híbrido de trabalho. u A agência também anuncia a chegada de dois novos clientes: o Comitê Brasileiro de Arbitragem − CBAr (entidade com 1,3 mil membros e foco no estudo dos métodos não judiciais de solução de conflitos) e o Minuto Escola (projeto audiovisual que leva os vídeos do Festival do Minuto para uso em sala de aula e capacita professores da rede municipal). O atendimento à imprensa é feito por Carlos Gil ([email protected]) e Raquel Brito (raquel@). n A Monster Energy Drink, marca global de energéticos, escolheu a FleishmanHillard para reforçar seu time de parceiros estratégicos de comunicação externa e relações públicas. A agência será responsável pelas ações e ativações das marcas Monster e Reign, realizando todo o relacionamento com imprensa, atletas, embaixadores e criadores de conteúdo. O time de atendimento é formado por Daniela Farina (diretora), Bruna Ballini (gerente), Pamela Lopes e Joyce Oliveira. Lupa amplia atendimentos no segmento musical Pelo mercado 13º Seminário Mega Brasil de Comunicação Interna debaterá Os novos parâmetros da Comunicação Interna Nova PR E ESPM criam agêncialaboratório de comunicação
Edição 1.403 página 12 Por dentro da Comunicação Pública O Instituto Bem da Amazônia disponibilizou nesta semana o site provisório da plataforma Amazônia Vox, que vai conectar jornalistas e instituições de todo o mundo a fontes de conhecimento da Amazônia e profissionais da área da comunicação com atuação na região. O site para acesso ao cadastro é http://amazoniavox. com/. O projeto conta com o apoio institucional do ICFJ (International Center for Journalists), rede global com mais de 130 mil jornalistas cadastrados em 180 países, e do Fórum Pamela Howard para Cobertura de Crises Globais, com apoio da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública). A iniciativa Rede de Freelancers da Amazônia vai permitir que profissionais que atuam e podem ser prestadores de serviço da área da comunicação no território amazônico sejam acessados diretamente por veículos de imprensa, empresas, instituições e governos de qualquer lugar do mundo. Com isso, a iniciativa promove geração de renda e fortalece a economia criativa na região. O cadastro é inteiramente gratuito e, em breve, os profissionais poderão ter acesso a webinars de qualificação, sobre como obter um MEI (cadastro de microempreendedor individual), como precificar seus serviços e como montar um bom portfólio. No cadastro, o profissional colocará área de atuação, idiomas que domina, cidades em que atua e pode subir links e arquivos em PDF com seu portfólio. A plataforma Amazônia Vox também já abriu a área de cadastro colaborativo para fontes de conhecimento da Amazônia, de qualquer área de atuação. Os dados serão acessados posteriormente quando a plataforma completa estiver no ar, através do Banco de Fontes da Amazônia, que tem como objetivo reunir as fontes de conhecimento local e colocá-las em contato direto com jornalistas de todo o mundo, fortalecendo assim maior protagonismo amazônico nas narrativas da imprensa sobre a região. Sobre O Amazônia Vox é uma das frentes de atuação do Instituto Bem da Amazônia (IBA), formado por profissionais amazônicos e nasce num momento em que a Amazônia está no centro da agenda global. O ICFJ (International Center for Journalists) é uma organização sem fins lucrativos, com sede em Washington (EUA) e atuação em mais de 180 países, incluindo o Brasil, e conta com uma rede de mais de 132 mil jornalistas. O ICFJ trabalha na relação entre jornalismo e tecnologia, desenvolvendo a experiência e as habilidades de contar histórias de repórteres em todo o mundo. Já o Fórum Pamela Howard visa a preparar jornalistas com a expertise para prover coberturas significativas de críticos problemas globais de importância local. A iniciativa atua em quatro línguas e os jornalistas compartilham informações em grupos online e colaboram entre si para contar histórias transfronteiriças. Hoje, a comunidade é composta por cerca de 13.000 membros de todo o mundo, pessoas que estão enfrentando a desinformação. A Associação Brasileira de Comunicação Pública reúne e representa os comunicadores da área pública-governamental e do Terceiro Setor. Fundada em 2016 por profissionais de diversos estados e do Distrito Federal, vem se consolidando como um espaço de reflexão, análise e debates sobre os desafios desse campo. Conheça mais da ABCPública em https://abcpublica.org.br/. A ABCPública e a Sociedade Brasileira de Administração Pública (SBAP) fecharam uma parceria institucional, com benefícios para associados. Entre os objetivos, o acordo visa ainda a contribuir para ampliar o debate sobre a centralidade do cidadão na gestão pública. Com pautas em comum, as duas entidades já vinham trabalhando juntas desde 2022, com a criação do Grupo de Trabalho Gestão da Comunicação Pública no Encontro Brasileiro de Administração Pública (Ebap). Também realizaram em parceria o e-book Gestão da Comunicação Pública – Estudos do IX Encontro Brasileiro de Administração Pública. A partir de agora ampliam a atuação, com a previsão de descontos a associados das duas instituições na inscrição dos eventos promovidos por ambas. Clique aqui e saiba mais sobre esta parceria, que tem ações com desconto já para o ano de 2023. Michel Carvalho da Silva é associado desde 2021, e irá atuar ao lado de Kátia Vanzini (nova diretora da Regional SP) como diretor adjunto. Michel é doutor em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC (UFABC), mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), especialista em Comunicação Pública e bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. É chefe dos Serviços de Comunicação Social da Câmara Municipal de Cubatão (SP). Também integra o Grupo de Pesquisa Mediações Educomunicativas (MECOM), vinculado à ECA/USP. Seja um associado(a) da ABCPública você também. Plataforma Amazônia Vox abre cadastro gratuito para freelancers de comunicação na Amazônia Fontes de conhecimento e freelancers para a Amazônia ABCPública e SBAP firmam parceria com descontos para associados Associado da ABCPública assume a Diretoria Adjunta da Regional São Paulo
Edição 1.403 página 13 AUTO Patrocínio n A Toyota do Brasil anunciou nesta semana um novo reforço para seu time de comunicação: Lilian Assis ([email protected]. br), profissional com mais de 15 anos de experiência na indústria de tecnologia, que vai cuidar das áreas de comunicação interna, externa e institucional da marca. u Ela chega em um momento de intensa mudança na área, que desde o começo do ano passou a responder também por ESG. A alteração busca maior sinergia entre as áreas operacionais e corporativas, com a inclusão do departamento de meio ambiente das plantas, responsável pelos controles de KPIs ambientais, como água, CO2, resíduos, energia elétrica e gás, além da certificação ISO 14001 das quatro fábricas. u Formada em Negócios e Marketing pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), com MBA em Comunicação Corporativa na Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e especialização em Comunicação Corporativa e Relações Públicas Internacionais pela Syracuse University, de Nova York, nesse novo desafio Lillian responderá a Otacílio Nascimento, gerente de Comunicação e diretor da Fundação Toyota do Brasil, sob a supervisão de Viviane Mansi, agora diretora de ESG e Comunicação da Toyota para América Latina e Caribe e presidente da Fundação Toyota do Brasil. u “Minha chegada à Toyota reforça ainda mais o compromisso da marca de atingir os mais diferentes públicos, numa ampla integração com os diversos stakeholders”, afirma a executiva. “Além disso, queremos avançar e tornar ainda mais conhecida nossa proposta de mobilidade e nossos compromissos de descarbonização”. E mais... n A GWM Brasil promove nesta quinta-feira (30/11), às 11h, pelo YouTube, uma live para apresentar seu novo modelo de negócio, com foco em estratégia de vendas, digitalização das concessionárias e atendimento de clientes. Mais informações com Zeca Chaves (11-98176-9815 e zeca. [email protected]). n Recém-formado em Jornalismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rodrigo Tavares ([email protected]) entrou para o time de colaboradores do Jornal do Carro, do Estadão. Ele está colaborando principalmente na produção de conteúdos para o site, sob os cuidados do editor de digital Diogo de Oliveira. A equipe segue respondendo ao editor Tião Oliveira. PELO MERCADO Toyota agrega ESG ao Departamento de Comunicação e reforça equipe com a chegada de Lilian Assis PELAS REDAÇÕES Rodrigo Tavares começa no Jornal do Carro Rodrigo Tavares TOME NOTA n A Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) promoverá em 5/4 (quarta-feira) coletiva de imprensa para apresentação dos números de licenciamentos de suas associadas no primeiro trimestre do ano. Em São Paulo, a partir das 11h, no Hotel Renaissance, Piso E2, Sala Yukon (Al. Santos, 2.233). Mais informações com Koichiro Matsuo ([email protected]). HÁ 10 ANOS APERFEIÇOANDO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO VOCÊ TEM QUE ESTAR AQUI! A MAIOR FERRAMENTA DE ENVIO DE RELEASES DO BRASIL! MAIS DE 55 MIL JORNALISTAS NO MAILING DE IMPRENSA! O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO PARA CONTRATAR?
Edição 1.403 página 14 PRECIO SIDADES do Por Assis Ângelo Acervo ASSIS ÂNGELO Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 Muitos cordelistas, também chamados de poetas de bancada, optam pelo anonimato ou pseudônimo ao escreverem histórias nas quais inserem palavras, frases e versos de baixo calão. Mas há também autores que publicam esse tipo de história com nomes que corriqueiramente os identificam perante o seu público. São muitos os casos. Entre esses, Mestre Azulão, Erotildes Miranda dos Santos, Abrão Batista, Cícero Lins de Moura, Manoel Monteiro, Gonçalo Ferreira da Silva, Alípio Bispo dos Santos, Manoel Caboclo e Silva. É vasta a produção de histórias picantes na poética de cordel – e da dita literatura erudita, em que se destacam nomes de brasileiros como Olavo Bilac, Jorge Amado, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, sem falar no primeiro de todos: Gregório de Matos Guerra (1639-1696). O português Bocage, por extenso Manuel Maria de Barbosa du Bocage (17651805), fez piadas e versos picantes. E põe picante nisso! É dele a história A Mulher do Amigo, adaptada para quadrinhos e publicada no formato de folheto. Nessa história rola um triângulo amoroso, do tipo capaz de enrubescer até poste. Curiosidade: Bocage foi preso sob a acusação de, digamos, libertino. Isso em 1797. Os versos que o levaram à cadeia diziam: Pavorosa Ilusão de Eternidade Terror dos vivos, cárcere dos mortos; D’almas vãs sonhos vão, chamado inferno; Sistema de política opressora... Gozador em todos os sentidos, Bocage escreveu um soneto intitulado Epitáfio. Termina assim: … Aqui dorme Bocage, o putanheiro Passou a vida folgada e milagrosa Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro Em 2022 a editora BoiTempo publicou uma antologia do poeta intitulada Da Erótica. A organização da obra é de José Paulo Neto, crítico literário e estudioso dos textos de Marx. Mas voltemos aos nossos compatriotas, que usam a putaria para se expressar. O campo é minado, mas não tem como não reconhecer a graça originária fixada em letras de forma nos folhetos de cordel. Mestre Azulão, ora veja, paraibano, um dos criadores da Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, escreveu e publicou O Poder que a Bunda Tem. Engraçadíssimo. O pernambucano José Francisco Borges, o J. Borges, é cordelista Licenciosidade na cultura popular – II e xilogravador dos mais conhecidos e premiados no Brasil e mundo afora. É dele a bela xilo A Chegada da Prostituta no Céu e o cordel A Filosofia do Peido, cuja primeira estrofe é essa: Vários poetas escreveram O valor que o peido tem Eu achei muito engraçado O peido é feito um trem Tanto apita como ronca Na hora que o peido vem… Seguindo a mesma temática, isto é, a licenciosidade como tema do nosso dia a dia, o poeta repentista Otacílio Batista publicou de sua autoria o cordel em décimas de sete sílabas O Corpo da Mulher Nua. Na penúltima estrofe diz: Sobe tudo neste mundo Sem dó e sem compaixão, O relógio da inflação Nunca atrasou um segundo. É raro um cheque ter fundo Num país malgovernado. A rolinha do passado Abre o bico mas não canta, Mulher pelada levanta Salário de aposentado… O editor e cordelista cearense Klévisson Viana transformou em literatura poética o caso de uma prostituta que providencia um catimbó pra matar um delegado que a humilhou desferindo socos e pontapés. O final é feliz. Começa assim: Leitores, não se enfadam Vou retornar ao passado Para narrar uma história Que passou em nosso Estado O caso de uma puta Que matou, numa disputa, Um temível delegado... Esse folheto, intitulado O Romance da Quenga que Matou o Delegado, foi adaptado para um capítulo da série Brava Gente, da TV Globo. A personagem feminina foi interpretada pela atriz Ana Paula Arósio. Confira: https://youtu.be/L-tX8sy4MKg. Foto e reproduções por Flor Maria
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