Edição 1.396 página 18 Minas Gerais (*) conitnuação - Rio de Janeiro n PaulaPires morreu em1º/2, aos 58 anos, vítima de infarto enquanto dormia, em casa. A cremação ocorreu no dia seguinte (2/2), no Cemitério da Penitência, noCaju. Deixa uma filha. u Carioca, formada pela Uerj, passou pela revista Manchete e pelo Jornal do Commercio. No iníciodos anos 1990, esteve na TV Globo. Em 2016, acompanhou o então marido Paulo Maurício, também jornalista, que se transferiu para Brasília. Lá, Paula trabalhou no Correio Braziliense, e os amigos lembram o esforço que fez para, na cobertura do dia a dia, adaptar-se aos endereços e às siglas da Capital Federal. u Cobriu grandes eventos, como a conferência do clima da Organização das Nações Unidas, a Eco-92, e as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Meio ambiente era um de seus temas preferidos, como escreveu numa postagem: “O planeta está ficando pequeno para nós. Nossos recursos físicos estão se esgotando a uma velocidade alarmante. A mudança climática foi uma trágica experiência humana para o planeta”. u No ano seguinte, de volta ao Rio, passou a trabalhar como assessora de imprensa e repórter freelancer. Comentou com amigos que planejava abrir uma assessoria de comunicação, mas não teve tempo. n Luiz Augusto Gollo morreu na quinta-feira (2/2), no Rio, aos 72 anos. Há um ano ele mantinha no Youtube o canal Tema Livre, com programação voltada para política nacional e internacional. u Residiu em Brasília por mais de 20 anos, e começou como redator publicitário nas agências DPZ, Adag (especializada no setor público) e Propeg. Ainda em Brasília, passou sete anos na TV Câmara, como editor de texto, e foi depois apresentador do programa Câmara Entrevista e âncora do Visão Crítica. u Na EBC, foramoito anos, de início emBrasília, como repórter da Agência Brasil. Mais tarde, de volta ao Rio, foi criador e apresentador de programas na rádio Nacional. Como editor da Agência de Notícias das Favelas − ANF, também formou repórteres. Registros-RJ O adeus a Paula Pires e Luiz Augusto Gollo Paula Pires Luiz Augusto Gollo n Cláudia Antunes estreia em Sumaúma – Jornalismo do Centro do Mundo, com artigo sobre a possibilidade iminente de se explorar petróleo na foz do rio Amazonas, área considerada ecologicamente frágil. Umgrande teste do novo governo com o compromisso ambiental, e o possível primeiro grande impasse entre a área de Marina Silva e a Petrobras. u Sumaúma é uma das maiores árvores da floresta amazônica e deu nome à plataforma de jornalismo inaugurada em setembro do ano passado por Eliane Brum, JonathanWatts, Verónica Goyzueta e Talita Bedinelli. O grupo entende que ativismo socioambiental perpassa todos os temas, e assim deve ser tratado pelo jornalismo. Da mesma forma que existe o jornalismo que vem dos centros políticos e econômicos, o portal propõe uma cobertura do centro da vida – humana, animal e vegetal. Quem recomenda é Sônia Araripe. Cláudia Antunes escreve para a Sumaúma Cláudia Antunes n Marco Nascimento, diretor de Jornalismo da Record TV Minas, lançou A Notícia na Era da Devoração da Imagem, seu livro de estreia. Ele explica que o título está muito identificado com o conteúdo do livro, decorrente de três anos e meio de estudos, quando se aprofundou na pesquisa de autores dedicados a decifrar a cultura das imagens. u Segundo Nascimento, quando fala em devorar, o subtexto é a aceleração da velocidade de consumo para dar conta da grande profusão de imagens disseminadas nas redes. “Algo que chega a ficar fora de controle e nós mesmos acabamos também devorados por essas tantas imagens”, detalha. u A publicação é resultado da dissertação de mestrado pelo programa de Semiótica e Comunicação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ele fez uma análise sobre os meios de comunicação na era digital, com o advento da internet e das redes sociais. “Originalmente, a proposta era fazer um manual de telejornalismo nesses novos tempos, dessa transformação da forma de se comunicar e de consumir informação. Mas esse projeto foi se modificando, à medida que fui avançando com a pesquisa. O livro começa no fim do século XIX, com a visita de Aby Warburg, um importante pensador da comunicação de origem alemã, à aldeia Hopi (uma nação indígena localizada no sudoeste dos Estados Unidos). Também passo em revista toda a linha do tempo da história da televisão no Brasil, da sua inauguração até hoje, citando que, em paralelo aos fatos históricos narrados, apresento uma série de reflexões e proposições de Warburg”. u Segundo ele, o livro aborda o poder da imagem sobre os nossos desejos e emoções, informando muito em relação aos impactos positivos da tecnologia para a difusão da informação e de como ajuda a sociedade, mas também alertando sobre como essas ferramentas podem ser nocivas. Diretor da Record Minas lança livro sobre jornalismo Marco Nascimento
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