Edição 1.396 página 15 músicas dele. Isso em1959. Nesse ano, o radialista Cezar Ladeira fez um radioteatro abordando a vida de Carmélia e Jimmy. Título: Amor de sua Vida. O único registro desse programa está no acervo do Instituto Memória Brasil (IMB), num disco nunca levado comercialmente à praça. O Brasil precisa dar mais atenção aos seus artistas, não é mesmo? Carmélia Alves Curvellomorreu no Retiro dos Artistas, no Rio, abandonada, no dia 3 de novembro de 2012. Jimmy Lester morreu no dia 13 de novembro de 1998. Viva a rainha de todos os baiões, do samba ao frevo! LEIAMAIS: FESTA NOCÉUCOMOREI E RAINHA DOBAIÃO • CARMÉLIA DE BAIÃO TAMBÉM ERA DO FREVO • REIS DA MÚSICA CANTAM SÃO PAULO • AINDA CARMÉLIA ALVES Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora Amor de sua Vida PRECIO SIDADES do Acervo ASSIS ÂNGELO Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333 100 ANOS DE RÁDIO NO BRASIL Por Álvaro Bufarah (*) O conceito acima é um dos maiores desafios da radiodifusão brasileira, segundo Rodrigo Neves, diretor do Grupo Bandeirantes e presidente da AESP – Associação Paulista de Emissoras de Rádio e Televisão. Com uma trajetória familiar no meio radiofônico, ele se apaixonou pelo rádio ainda criança. Nascido em São Manoel, no interior de São Paulo, cidade adotada pelo pai, que logo que chegou encantou-se com a emissora local. No final dos anos 1950, o patriarca da família já era o gerente da rádio em uma cidade com aproximadamente 20 mil habitantes e sem televisão. Desta forma, o menino Rodrigo, terceiro dos quatro filhos, desde cedo acompanhava os pais na lida radiofônica. Entre as curiosidades ele lembra um momento em que participou meio que sem querer de um dos programas: “Toda sexta-feira tinha um programa. Era um palco, auditório, o antigo Teatro de São Manuel, que se chamava Clube Sexta-Feira. Isso deve ter sido por volta de 1963. Tinha um piano de cauda e um professor, Iris Canela, que tocava para acompanhar todo mundo. Além dos grupos locais e eventualmente regionais que participavam. Meus pais não tinham com quem me deixar em casa e me levaram. Só que, naquela época, a gente saía de casa de pijama, já pronto para dormir. Eu fiquei sentado no piano de cauda com dois amigos. Éramos três crianças, se bemme lembro. Quando o programa estava terminando, um dos apresentadores falou: ’Ah, e hoje a gente teve aqui a presença especial, no nosso palco, do Darlan, do Rodrigo e do Fulano (não lembro quem era o terceiro), mas eles estão todos de pijama!’. Eu quase morri de vergonha”. Rodrigo passou por todos os estágios profissionais dentro das emissoras em que atou, até que nos anos 1990 chegou a executivo. Desde então mantém a paixão pelo meio, pensando no negócio e no mercado. Diante do centenário da primeira transmissão oficial no Brasil, Rodrigo lembra da pujança do rádio, que vem se reinventando e abrindo novas frentes de mercado. Para o executivo, o meio radiofônico beneficiou-se dos avanços da tecnologia para ter uma dupla função de cobertura: local e mundial (pela internet). Outro aspecto que ele lembra é que os meios digitais têmuma vida útil muito curta, comparada aos meios tradicionais. Ele cita o Orkut e as dificuldades de monetização da própria Netflix como exemplos da efemeridade do ambiente digital. Em contrapartida, o rádio vem se mantendo, mesmo com menos recursos, mas ainda atingindo praticamente 90% dos lares brasileiros. “O rádio tem um vigor, um poder de comunicação, uma empatia que nenhum outro meio tem. Eu posso estar falando só com você, mas também posso estar falando para milhares de pessoas. E você, Temos de melhorar a forma de vender o rádio brasileiro Rodrigo Neves
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